Longe dos palcos de Belo Horizonte desde o início da pandemia, em 2020, a Cia. Luna Lunera tem um reencontro marcado com o público da capital mineira. Nos dias 27, 28 e 29 de janeiro, eles sobem ao palco do Teatro Marília com seu mais recente espetáculo, “E Ainda Assim se Levantar”, dentro da programação da 48ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. Com direção de Isabela Paes, texto de Marcos Coletta e Cia. Luna Lunera e atuação de Anderson Luri, Cláudio Dias e Letícia Castilho, a peça questiona como podemos nos erguer em situações de iminente esgotamento. Essa curta temporada dá início às ações da Cia. no ano de 2023.
Três corpos – um homem jovem, uma mulher e um homem maduro –, histórias múltiplas, rompendo o espaço e recriando mundos ainda que exaustos. Assim acontece a peça, que traz inúmeros questionamentos sem respostas, mas com a certeza de não desistir. O trabalho aposta na reconfiguração da proposta de história, personagens e cenário para dar lugar à potência dos corpos como principal instrumento de criação. “Queremos abdicar da teatralidade para encontrar o que o teatro possui de mais potente: a possibilidade de explorarmos atravessamentos que só acontecem na copresença”, explica a diretora, Isabela Paes.
A musicalidade – executada pelos próprios atores que cantam e tocam instrumentos percussivos – é um dos principais recursos que apontam o caminho. “Buscamos na valorização da alegria, por meio da música e do carnaval, uma forma de respiro potente como maneira de apoiar nosso movimento de sobrevivência”, comenta o ator, Cláudio Dias. O espetáculo estreou em agosto de 2019, e nesse tempo sofreu transformações. “Essa é uma peça na qual a realidade vai modificando o trabalho. Ela é o retrato de um momento. Tivemos mudanças, e com isso o olhar do público se transforma”, destaca o ator.
“E Ainda Assim se Levantar” teve duas indicações ao 6º Prêmio Copasa Sinparc de Artes Cênicas de Minas Gerais nas categorias Trilha Sonora Original (Cia. Luna Lunera) e Criação de Luz (Marina Arthuzzi e Jésus Lataliza).
SINOPSE
Como encontrar forças para seguir em frente? Como manter a esperança e o desejo com todas as ameaças no futuro? Como ainda ajudar e ouvir o outro quando se está prestes a cair? Como continuar quando nossos corpos não aguentam mais? Como fazer teatro quando a palavra se tornou uma ameaça? Não temos respostas, mas sabemos que não vamos desistir.
CIA. LUNA LUNERA
Desde a fundação, em 2001, a premiada Companhia Luna Lunera reúne oito trabalhos no repertório – “Perdoa-me por me traíres” (2001), “Nesta data querida” (2003), “Não Desperdice sua única vida ou…” (2005), “Aqueles dois” (2007), “Cortiços” (2008), “Prazer” (2012), “Urgente” (2016), “E ainda assim se levantar” (2019). A Cia. realizou mais de 1.000 apresentações de seus espetáculos por todo o território nacional e em países como Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, França, México, Panamá, Portugal, Uruguai e Venezuela, atingindo um público aproximado de 200 mil espectadores. O grupo compartilha, permanentemente, seus processos criativos por meio de debates e do Observatório de Criação, ministrando oficinas e o Curso In Cena, atuante na formação de uma diversidade de artistas da nova geração.
SERVIÇO
Espetáculo “E Ainda Assim se Levantar”
Datas: 27, 28 e 29 de janeiro
Horários: Sexta e Sábado: 20h | Domingo: 19h
Local: Teatro Marília (Av. Prof. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia)
Ingressos: R$ 20 (Postos Sinparc) | R$ 42 (Inteira na bilheteria)
https://www.vaaoteatromg.com.br/detalhe-peca/belo-horizonte/e-ainda-assim-se-levantar
Classificação: 16 anos
Duração: 90 min
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