As escolas municipais no Vale do Aço vão receber nos próximos dias o projeto Oficinas do Patrimônio Imaterial Japonês. As crianças terão oficinas de Kirigami e Oshibana, que consistem em transformar papel em arte. É a arte milenar do Japão podendo ser difundida em Minas.
As oficinas tem carga horária de 6h cada e acontecerão em duas cidades: entre os dias 25 a 27 de outubro, na cidade de Santana do Paraíso, para os alunos da Escola Municipal José Dias Bicalho Filho e entre os dias 08 a 10 de novembro para os alunos da Escola Municipal Pedro Fernandes Mafra, em Naque, nos turnos da manhã e tarde de cada escola.
O projeto tem como objetivo implementar a consciência do desenvolvimento humano e cultural, propagada pelos nikkeis, descendentes de japoneses nascidos no Brasil, além da criação de valores humanos, utilizando como instrumentos as artes milenares da arte japonesa, reafirmando a amizade entre Brasil e Japão, por meio do intercâmbio cultural.
Este projeto é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cenibra e Cenibra; Apoio do Centro Cultural Internacional Tikufukai, Gestão da Espaço Ampliar – Assessoria, Projetos e Eventos e Realização da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.
Sobre as oficinas:
OFICINA DE KIRIGAMI
INSTRUTOR: João Satoru Honda
A arte Kirigami pode ser definida basicamente como a arte de recortar papéis. Desde a antiguidade, dobrar e cortar papéis como forma de arte e passatempo estão presentes na cultura japonesa. Kiru, em japonês, significa corte e kami (leitura: gami), papel. Esta arte de recortar papéis, com o complemento de pequenas dobras (origami=dobradura de papel), fez surgir uma nova apresentação artística muito utilizada sob a forma de relevos tridimensionais, onde os recortes do kirigami são ressaltados com as dobras do origami, dando tridimensionalidade e valor às peças.
É interpretada como um Kirigami Tridimensional porque ocorre a transformação do papel da forma bidimensional para o tridimensional. As figuras parecem saltar do papel como num passe de mágica. Isso agrega valor ao trabalho em que se utiliza o papel. Um simples pedaço de papel pode se transformar em objetos artísticos, trabalhando a criatividade, a coordenação motora. São montados a partir de cortes, dobras e encaixes de papel, mantendo a originalidade de um trabalho produzido manualmente e que exige muita precisão. Desenvolvemos as oficinas para atender nosso público de forma natural, agradável e prazerosa onde poderão expandir suas potencialidades cognitivas, organização estética e a coordenação motora.
OFICINA DE OSHIBANA
INSTRUTORA:YoshikoInoue Honda
O significado da palavra Oshibana tem origem na expressão japonesa do verbo Osu, que significa prensar, empurrar e Bana significa flor no vocabulário Japonês, por isso, na Língua Portuguesa, Oshibana quer dizer flores prensadas. Oshibana consiste em uma técnica de desidratar flores, folhas, galhos, frutas e verduras mantendo textura e cor original com o objetivo de transformá-las em trabalhos artísticos. No Japão esta prática artística se popularizou e possibilitou o desenvolvimento de novas técnicas de prensagem e desidratação, com grande contribuição do Mestre NobuoSugino que desenvolveu técnicas que permitissem a preservação das cores originais das flores e das folhas por muito mais tempo. Realizar a técnica com estudantes permite a interdisciplinaridade entre as disciplinas relacionadas na escola, movimentando toda a comunidade escolar, além de trabalhar práticas inerentes a arte, como o inventário e o colecionismo.
Centro Cultural Internacional Tikufukai
Informações: 31 98515-1174 e 31 99851-7315