Acontece na próxima terça-feira, dia 27 de agosto, às 20h, no Clube de Jazz do Café com Letras (Rua Antônio de Albuquerque, 47, Funcionários – BH) a única apresentação do show “Leo Minax & Chico Amaral Quarteto“. Parceiros desde 2006, Leo Minax e Chico Amaral apresentam as principais canções que compuseram juntos, além de valiosas parcerias, com diferentes autores mineiros.
Leo Minax (voz e violão) e Chico Amaral (saxofone e flauta) se apresentam acompanhados por André Limão Queiroz (bateria) e Bruno Vellozo (contrabaixo).
Os ingressos para o show custam a partir de R$20,00 e já estão à venda via Sympla:
O SHOW, por Leo Minax:
“Esse show me traz a alegria de rever amigos e de levar ao público nossas canções. É um grande prazer!
Não fizemos tantas músicas juntos, se pensamos que são quase 20 anos de parceria mas, talvez, também por este motivo, são canções únicas, compostas com muito carinho, feitas sem nenhuma pressa, e sempre com o critério inegociável de tentar agradar aos compositores em primeiro lugar. Em todo caso, uma robusta e suculenta coleção de canções e, a estas alturas, um perfeito argumento para a realização de um show conjunto.
Voltar às canções, e comprovar que elas não envelhecem! Sinto as nossas parcerias como se fossem aqueles sonhos, protagonistas emblemáticos da maravilhosa e reverenciada canção-hino escrita há décadas pelos grandíssimos Milton, Lô e Márcio… Encontro muitas referências musicais comuns entre nós: a inspiradora marca de todas as vertentes do Clube da Esquina e suas reverberações, a grandiosidade e a diversidade do formato canção na MPB, atravessando décadas e geografias e, também, a inesgotável e inspiradora beleza da linguagem do jazz.
Por certo, falando sobre o jazz e da sua importante influência, o Chico é um dos músicos mais virtuosos e estudiosos que conheço! A ideia de um show compartilhado veio depois de assistir muitas performances do parceiro, em diferentes formatos, ao longo de muitos anos, nas minhas viagens a Belo Horizonte. Sempre tive muita vontade de participar ao vivo, também nos palcos, ao lado da musicalidade e do talento do Chico Amaral instrumentista. E, claro, fiquei muito feliz quando ele me disse que gostava da minha proposta!
Também compartilhamos o prazer da leitura, o prazer de conversar, de trocar ideias – o Chico é um desses magníficos conversadores!… Tudo isso também aparece de algum jeito na composição das nossas canções, claro! Algumas vezes de maneira involuntária. Falando sobre o prazer de conversar, fico imaginando as conversas do Amaral com o Milton Nascimento, naquela série de entrevistas que foram a base do belíssimo livro que o Chico escreveu sobre a obra deste artista que é uma das mais importantes referências musicais pra nós, entre tantas referências mundo afora…
E, já que menciono a importância das influências do Milton, a sua forma de compor e interpretar, acho que é o compromisso com um lugar de experimentação, livre, que me conecta ainda mais com o Amaral. É muito bom poder desfrutar este lugar de liberdade e de experiências na atividade de composição de canções. Poder escrever – e também interpretar! – canções, sem saber onde exatamente elas vão nos levar.
Claro que não são somente coincidências entre nós quando escrevemos uma canção… Mas há muito carinho e respeito nos processos de criação, nas diferentes maneiras de colocar lado a lado as nossas sensibilidades. Saber confrontá-las e, quando se afastam, tentar voltar a reuni-las para a criação daquela canção onde ambos nos reconheçamos, no que somos e, também, no que não somos.
Chico e eu escrevemos músicas e letras, algo que nos ajuda muito no trabalho criativo. Ainda que haja mais canções no nosso repertório onde o Amaral é o autor da letra, e eu sou autor da música, há também canções onde estes papéis se invertem. Há muita liberdade também em relação às nossas atribuições, aos nossos papéis nos nossos processos de composição.
Também há muitas formas de começar e desenvolver a composição: às vezes a letra vem primeiro, às vezes a música… Houve uma das nossas canções, “Nave”, por exemplo, que nasceu praticamente inteira durante a primeira vez que li o poema original escrito pelo Chico. Ainda bem que estava com o violão no colo, e que decidi ligar o gravador antes de começar a leitura!…
O show “Parcerias” é um pouco de tudo isso. É o que reunimos até agora dessa nossa viagem criativa, da nossa fantasia. São os frutos do nosso grande prazer de tocar e fazer canções, da importância que isso tem pra nós.” (Leo Minax)
Leo Minax é compositor, cantor, violonista e tem vários discos gravados. É parceiro também de Celso Adolfo, Vander Lee, Affonsinho, Marcelo Sarkis, Estrela Leminski, Jorge Drexler, Vitor Ramil, entre outros. Gravou com Toninho Horta, Joyce, Arnaldo Antunes.
Chico Amaral é letrista, saxofonista e compositor. Seu trabalho com Samuel Rosa e o Skank lhe deu projeção nacional. Fez músicas com Erasmo Carlos, Milton Nascimento, Lô Borges, Ed Motta e muitos outros. Atualmente tem se dedicado à música instrumental.
Anexo útil:
Mais sobre Leo Minax
Se falamos de composição, e se o critério for originalidade e sofisticação, Leo Minax é, sem dúvida, um dos grandes nomes entre os músicos brasileiros de sua geração. Vive há muitos anos em Madrid e já publicou dez álbuns na Espanha, com música original, com diferentes propostas e formações. Quase todas as suas produções foram gravadas ao vivo em estúdio, critério com o qual o artista opta pela liberdade na interpretação e improvisação.
No Brasil, a carreira de Minax está associada aos nomes de Toninho Horta, Vitor Ramil, Arnaldo Antunes, Vander Lee, Ronaldo Bastos e Moska, entre outros grandes artistas, como colaboradores, ou como coautores de suas canções. Na Europa e na América Latina sua música já foi gravada pelo uruguaio Jorge Drexler, pela mexicana Ximena Sariñana, pela brasileira Joyce Moreno e pela espanhola Ana Belén, entre outros. Nos seus concertos já partilhou palco com importantes artistas: o argentino Lisandro Aristimuño, a chilena Francesca Ancarola, o espanhol Miguel Poveda, Iván Ferreiro, Miguel Ríos e Javier Ruibal, entre outros.
Leo Minax já apresentou sua música em diversos países. Compôs com grandes autores espanhóis, como Pablo Guerrero ou Pedro Guerra, entre outros. Atualmente desenvolve um projeto, paralelo à carreira como solista, com o quinteto do músico dinamarquês Steen Rasmussen, com quem já lançou dois discos nos últimos anos. Leo também acaba de começar um projeto de shows – e futura gravação – ao lado do grande compositor e instrumentista mineiro, Chico Amaral. O espanhol Suso Saiz é produtor de quatro dos dez álbuns editados pela Minax na Espanha.