sexta-feira, julho 26, 2024
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Filarmônica de Minas Gerais recebe o maestro russo Thomas Sanderling nos dias 19 e 20 de outubro, às 20h30, na Sala Minas Gerais. Ingressos à venda.

Quinze primaveras musicais

 

FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS RECEBE

O MAESTRO RUSSO THOMAS SANDERLING

 

Membro de uma família de importantes regentes, o maestro convidado Thomas Sanderling traz sua experiência e musicalidade para dirigir, junto à Filarmônica de Minas Gerais, um programa totalmente dedicado à música russa. O público ouvirá um poema sinfônico pouco conhecido de RachmaninovA Rocha, a belíssima suíte do balé A bela adormecida, de Tchaikovsky, e a lírica e lúdica Sétima Sinfonia de Prokofiev. As apresentações serão nos dias 19 e 20 de outubro, às 20h30, na Sala Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Instituto Cultural Vale e Banco Inter, com patrocínio da Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Thomas Sanderling, regente convidado

Thomas Sanderling nasceu em São Petersburgo em 1942, durante o período em que seu pai, o famoso maestro Kurt Sanderling, atuava como regente da orquestra filarmônica da cidade. Com apenas 24 anos, foi nomeado diretor musical da Halle Opera. Foi o primeiro a gravar a Suíte sobre versos de Michelangelo Buonarroti, de Shostakovich, trabalho que lhe rendeu a admiração e uma vaga de assistente com Herbert von Karajan e também com Leonard Bernstein. A lista de orquestras que já tocaram sob a batuta de Thomas Sanderling inclui a Orquestra Sinfônica da Rádio Bávara, as sinfônicas de Pittsburgh, de Montreal e as filarmônicas de Londres, Oslo, Tcheca, NDR, Real de Estocolmo e São Petersburgo. Sanderling teve uma longa relação de amizade com Shostakovich. Eles se conheceram na estreia do regente em Moscou, à frente da Orquestra Estatal da Rússia. Impressionado, o compositor confiou a Sanderling a tradução para o alemão dos textos das suas 13ª e 14ª sinfonias, e o maestro conduziu as estreias alemãs de ambas as obras.

Repertório

 

Sergei Prokofiev (Sontsovka, Império Russo, hoje Ucrânia, 1891 – Moscou, Rússia, 1953) e a obra Sinfonia nº 7 em dó sustenido menor, op. 131 (1951/1952)

A Sétima Sinfonia de Prokofiev, composta em 1952, poucos meses antes de sua morte, nasceu de uma encomenda da Seção de Música para a Juventude da Rádio de Moscou. O compositor utilizou uma linguagem simples, destituída de conflitos, de energia positiva e controlada. Tendo em mente uma plateia jovem, evita o tom bombástico ou patético e valoriza a limpidez de extensas linhas melódicas, inspirando-se assumidamente em Tchaikovsky. O poético primeiro movimento utiliza todos os recursos instrumentais da paleta russa tradicional, valorizando a separação dos timbres. O segundo possui caráter otimista, jovial e despreocupado, mostrando a alegria de viver de um compositor que, entretanto, se encontrava doente, amargurado e cético. O terceiro movimento faz uma apologia da valsa, lembrando o Prokofiev dos bailados. O final, simultaneamente lírico e festivo, oferece sonoridades cintilantes obtidas pelo emprego inusitado das campanas.

 

Sergei Rachmaninov (Oneg, Rússia, 1873 – Beverly Hills, Estados Unidos, 1943) e a obra A Rocha (1893)

Finalizado quando Rachmaninov tinha somente vinte anos, o poema sinfônico A Rocha foi escrito no verão de 1893, na tranquilidade de uma casa de campo perto de Carcóvia. Uma nota na partitura declara que a obra foi escrita à luz de um poema de mesmo nome do influente escritor russo Mikhail Lermontov, mas descobriu-se depois que a verdadeira inspiração foi um conto de Tchekov chamado “Na estrada”, que usa versos do poema de Lermontov na epígrafe. O texto conta a história de dois viajantes, uma jovem mulher e um senhor de mais idade, que se encontram em uma pousada isolada na véspera de Natal. Rachmaninov apresenta o trabalho com um tema para violoncelo e contrabaixo, que prepara a entrada do fagote, representando o homem, e da flauta, representando a moça. A Rocha foi estreada em São Petersburgo em 1896, sob a condução de Alexander Glazunov.

Piotr Ilitch Tchaikovsky (Votkinsk, Rússia, 1840 – São Petersburgo, Rússia, 1893) e a obra A bela adormecida: Suíte, op. 66a (1888)

A bela adormecida é um balé que não pode ser criticado; só pode ser redescoberto”, escreveu a crítica Arlene Croce na revista The New Yorker. Originalmente encomendada por Ivan Vsevolozhsky, diretor do Teatro Imperial de São Petersburgo, em 1886, tinha como proposta inicial que Piotr Ilitch Tchaikovsky escrevesse uma obra dedicada à figura mitológica de Ondina; porém, o autor não conseguiu avançar no trabalho e adiou a entrega do manuscrito. Vsevolozhsky entregou a Tchaikovsky um folheto contendo o famoso conto de fadas La Belle au bois dormant, que despertou o imediato interesse do compositor. Influenciado pelas severas críticas recebidas em 1877 por sua criação anterior, O lago dos cisnes, e pela existência de uma primeira versão de Ondina, destruída pelo compositor, o mestre do romantismo russo buscava evitar os problemas enfrentados no passado. Para isso, manteve-se aberto a possíveis modificações e trabalhou em colaboração próxima com o coreógrafo Marius Petipa. Terminada às oito da noite de 26 de maio de 1889, A bela adormecida foi estreada em 15 de janeiro de 1890, obtendo críticas positivas do público e até um “muito bom” – ainda que seco – do Czar Alexander III. A obra é não somente a mais consistente dos três balés de Tchaikovsky, como também aquela que mais perfeitamente define a essência do balé clássico. Como delineou Arlene Croce, “A verdadeira magia de A bela adormecida, até mesmo para dançarinos, é criada pela partitura de Tchaikovsky. A partitura é o balé”.

Serviço:

Filarmônica de Minas Gerais

 

Série Allegro

19 de outubro – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Vivace

20 de outubro – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Thomas Sanderling, regente convidado

PROKOFIEV                Sinfonia nº 7 em dó sustenido menor, op. 131

RACHMANINOV          A Rocha, op. 7

TCHAIKOVSKY           A bela adormecida: Suíte, op. 66a

       

INGRESSOS:

R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos:

  • Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
  • Pix

ORQUESTRA

FILARMÔNICA DE

MINAS GERAIS

 

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, entre eles o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, os Clássicos na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 11 álbuns gravados, entre eles três que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 80 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Os números da Filarmônica (2008 a junho/2023)

 

1.467.778 espectadores

1.161 concertos realizados

1.278 obras interpretadas

119 concertos em turnês estaduais

39 concertos em turnês nacionais

9 concertos em turnê internacional

606 notas de programa publicadas no site

225 webfilmes publicados (20 com audiodescrição)

1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral

4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica

11 CDs lançados

1 Indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado – Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico)

Leo Junior
Leo Juniorhttps://viralizabh.com.br
Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.
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