Diante da enorme concorrência e das contratações das mídias sociais profissionalizadas, bons cirurgiões estão sendo obrigados a serem coniventes com procedimentos que trazem um péssimo custo-benefício ou risco-benefício ao paciente, apenas para não “ficarem para trás” nas redes sociais.
O cirurgião plástico Rodrigo Credidio explica que “quando um colega tem um número considerável de curtidas frente a uma pseudo-novidade, todos os contratantes de empresas de marketing orientam os médicos a fazer igual para acompanhar as ‘novidades’.”
Para não ficarem “para trás”, muitos médicos “blogueiros” aderem às “novas técnicas” e as apresentam com propriedade e experiência, mesmo sem garantias de relevância ou segurança. Rodrigo Credidio alerta sobre essa prática: “É praticamente um delírio coletivo e o paciente acaba cobrando do médico tais técnicas, acreditando que são seguras e eficazes apenas porque estão em alta nas redes sociais.”
Segurança em primeiro lugar
A boa cirurgia plástica deve proporcionar bons resultados com um bom custo e risco-benefício. O cirurgião explica que a verdadeira inovação na medicina deve ser baseada em evidências científicas robustas e não em tendências de redes sociais. “É essencial que os pacientes sejam bem informados e não se deixem levar por modismos sem fundamento”, destaca.
Os pacientes precisam estar atentos para não pagar mais e levar menos. Além disso, é crucial que tanto médicos quanto pacientes mantenham um olhar crítico e priorizem a segurança e a eficácia comprovada dos procedimentos. “A ética na medicina não pode ser comprometida pelas demandas de popularidade nas mídias sociais”, conclui Rodrigo Credidio.
Fonte: Rodrigo Credidio, médico cirurgião geral, cirurgião plástico, CEO da Clínica Credidio Cirurgia Plástica e Nutrologia – @drrodrigocredidio.
Foto: Acervo Pessoal | Divulgação