A 8ª edição contempla mais de 175 atrações, em todas as regiões da capital mineira, nas áreas de música, artes cênicas, literatura, cultura popular e, ainda, uma programação especial para o mês da criança, com ações voltadas para as infâncias e juventudes.
Fotos: https://drive.google.com/drive/folders/10dF6K59_DaXP-nYLtWZexGreyHpZalKb
Nos dias 14 e 15 de outubro, sábado e domingo, Belo Horizonte se transforma em um grande palco para abrigar a 8ª edição da Mostra Descontorno Cultural, que há 10 anos vem fortalecendo a atuação de artistas em suas comunidades. São mais de 175 trabalhos, entre apresentações artísticas e oficinas gratuitas, nos segmentos de Música, Artes Cênicas, Artes Visuais e Audiovisual, Promoção da Leitura e Escrita, e Culturas Populares e Tradicionais, que acontecem simultaneamente dentro e no entorno dos 17 Centros Culturais administrados pela PBH, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, localizados em todas as regionais da cidade. Nesta edição, a proposta foi ampliar o olhar para as infâncias e juventudes, com a seleção também de trabalhos artísticos voltados para o público infanto-juvenil. Este projeto é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com a Associação Cultural e Artística Ouro Negro.
Com uma programação apoiada na diversidade de linguagens artísticas, o público belo-horizontino de todas as idades tem acesso a dois dias intensos de programação gratuita com shows, saraus, oficinas, contação de histórias, artesanato, apresentações de dança, performance e teatro.
De acordo com a Secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, a Mostra Descontorno Cultural valoriza a pluralidade dos territórios culturais da cidade, garantindo a participação de artistas em diferentes fases de formação, profissionalização e experimentação. “O grande papel desse encontro é lançar luz sobre a riqueza e a diversidade presentes em todas as regiões da cidade, promovendo um diálogo construtivo entre artistas, comunidades e públicos. O Descontorno Cultural é um convite à força criativa dos nossos artistas, enaltecendo a identidade cultural das regionais de Belo Horizonte”, celebra.
Segundo a presidente da Fundação Municipal de Cultura, Luciana Féres, “realizar mais um Descontorno Cultural, essa mostra expressiva que conecta todas as regionais da cidade e que chega à sua oitava edição, é uma alegria e de uma importância enorme. É fruto de Políticas Públicas fundamentais de descentralização, acesso e formação que são desenvolvidas nos 17 equipamentos públicos municipais ao longo de todo ano e que convergem nesse momento de fruição, celebração e festa”, comemora.
A diretora de Promoção dos Direitos Culturais, da Fundação Municipal de Cultura, Bárbara Bof, ressalta que “o Descontorno é uma grande festa que reúne vozes de todos os cantos de BH e Região Metropolitana, muitas delas já reconhecidas pelos frequentadores dos equipamentos, pois compõe a programação anual dos espaços. Outras chegam para agregar novas expressões no intercâmbio entre os territórios. O objetivo dessa Mostra é chamar a atenção para os movimentos artísticos das pontas da cidade, fortalecendo e protagonizando o trabalho destes agentes culturais que são referência em suas comunidades, assim como daqueles que buscam ampliar seu espaço de atuação para outras regionais”, destaca.
Além dos 63 selecionados por meio de chamamento, como é o caso do espetáculo “Princesa Dandara”, que traz uma viagem pela história de Dandara Zumbi dos Palmares através de jogos, brinquedos e brincadeiras, também foram incorporados à programação, artistas e atividades parceiras ou que pertencem a outras ações da Prefeitura e que, durante o ano, já ocorrem nos Centros Culturais. Dentro do projeto Territórios Criativos, uma das atrações é a Oficina Infantil de bolhas de sabão, que ensina a criançada a produzir bolhas gigantes. Outra atração selecionada para o 8º Descontorno é a banda de rock Four Eyes, finalista da Mostra de Música Periférica.
Também apresentam-se nesta edição, artistas proponentes de projetos de Lei Municipal de Incentivo à Cultura, como o coletivo de Hip Hop Batalha Griot e o consagrado Sérgio Pererê. A Escola Livre de Arte Arena da Cultura vai propor ao público os encontros “Brinquedos e Brincadeiras” e, dentro do Projeto Promoção da Leitura, Rita Aragão traz contação de histórias com a temática afro-brasileira. Este ano, o Descontorno recebe ainda 50 artistas voluntários e parceiros, como é o caso da Dança Cigana com Grupo Flor de Lis, sob coordenação do grupo Maria do Socorro e participação especial do professor Luiz Carlos Farias.
Entre os critérios de seleção das propostas artísticas para o 8º Descontorno Cultural, foram considerados o impacto das ações realizadas pelo artista e/ou grupo em sua comunidade, bem como seu alcance em termos de promoção da cultura e diversidade cultural. Também foram avaliados acesso e protagonismo de grupos artísticos das microrregiões no entorno dos Centros Culturais e a valorização da participação de pessoas negras, indígenas, LGBTQIA +, idosos, ciganos, quilombolas, pessoas com deficiência, mulheres e mães.
DESCONTORNO CULTURAL
A Mostra Descontorno Cultural integra as políticas públicas de acesso, descentralização e formação da Prefeitura de Belo Horizonte e busca fortalecer e dar visibilidade aos trabalhos dos artistas das periferias da cidade, além de celebrar as ações desenvolvidas ao longo de todo o ano nos centros culturais municipais.
Desde 2013, cada edição da mostra reúne atrações gratuitas com diferentes linguagens artísticas, voltadas a públicos diversos – do infantil ao idoso. O Descontorno ocorre nos 17 espaços culturais municipais de Belo Horizonte. São eles: Centro Cultural Alto Vera Cruz (CCAVC), Centro Cultural Bairro das Indústrias (CCBDI), Centro Cultural Jardim Guanabara (CCJG), Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira (CCLAO), Centro Cultural Lindeia Regina (CCLR), Centro Cultural Padre Eustáquio (CCPE), Centro Cultural Pampulha (CCP), Centro Cultural Salgado Filho (CCSF), Centro Cultural São Bernardo (CCSB), Centro Cultural São Geraldo (CCSG), Centro Cultural Urucuia (CCU), Centro Cultural Usina de Cultura (CCUC), Centro Cultural Venda Nova (CCVN), Centro Cultural Vila Fátima (CCVF), Centro Cultural Vila Marçola (CCVM), Centro Cultural Vila Santa Rita (CCVSR) e Centro Cultural Zilah Spósito (CCZS)
SOBRE OS CENTROS CULTURAIS MUNICIPAIS
Os Centros Culturais da Prefeitura de Belo Horizonte, geridos pela Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, são equipamentos públicos destinados ao desenvolvimento e exercício dos direitos culturais e à promoção da cidadania a partir de ações nas áreas de formação, fomento, difusão e promoção da leitura, bem como de reconhecimento e valorização da memória e do patrimônio das identidades locais.
Tais ações são estabelecidas por meio de Programas e Projetos em consonância com as diretrizes da descentralização, sustentabilidade e inclusão sociocultural, constantes dos planos nacional e municipal de cultura.
A maioria dos Centros Culturais de Belo Horizonte é fruto do anseio da comunidade que, por meio do Orçamento Participativo (OP), optou pela garantia de seu direito à cultura. Alguns Centros Culturais, estrategicamente localizados, atendem também à população de algumas cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, por estarem sempre atentos às especificidades, vocações e pluralidades de seus territórios.
