domingo, fevereiro 16, 2025
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Termômetro da Inovação Aberta no Agro, do PwC Agtech Innovation, mapeia maturidade da prática no setor

Pesquisa inédita indica que 82% das grandes empresas e cooperativas estão presentes em pelo menos um hub de inovação e 76% praticam a inovação aberta

O agronegócio no Brasil vive um momento de contínuo esforço entre agentes de seu ecossistema em busca das melhores práticas, soluções e evolução na gestão do conhecimento: 82% dos players ouvidos para o Termômetro da Inovação Aberta no Agro, estudo lançado pelo PwC Agtech Innovation, estão presentes em pelo menos um hub de inovação e 54% participam de dois ou mais. O levantamento, em sua primeira edição, mede o grau de maturidade da prática da inovação no setor.

 

“A nossa pesquisa explora a complexidade e a dinâmica do ecossistema de inovação no agronegócio, destacando a necessidade de estratégias integradas que coordenem todos os participantes do ecossistema em torno de uma colaboração mais efetiva”, afirma Maurício Moraes, CEO do PwC Agtech Innovation, sócio da PwC Brasil e líder do setor de agronegócio.

 

Cerca de três quartos das empresas participantes (76%) praticam a inovação aberta, o que demonstra o entendimento de que é valiosa a colaboração citada pelo sócio. “Nesse contexto, os hubs de inovação, a exemplo do PwC Agtech Innovation, emergem como facilitadores que conectam e refinam as interações entre as partes”, complementa.

 

O estudo demonstra que há, também, a necessidade de refinar estratégias para integrar melhor as soluções de inovação às demandas práticas do campo e promover a sustentabilidade agrícola. Atualmente, 82% das organizações gostariam de colaborar com parceiros estratégicos no futuro, mas apenas 38% se sentem preparadas para este tipo de ação.

 

Ainda dentro de uma tendência de que é preciso fortalecer laços para evoluir em conjunto, 80% dos participantes esperam que seus grupos de inovação façam conexões com áreas internas e parceiros externos, mas só 32% afirmam que estão efetivamente conectados. Além disso, apenas 28% conseguem escolher parceiros externos com facilidade, para 68% esta busca é um objetivo futuro.

 

Papéis dos atores

 

Em relação ao envolvimento e ao impacto de diferentes agentes no ecossistema de inovação aberta no agronegócio, os participantes da pesquisa classificaram os hubs de inovação como muito influentes. Na pesquisa, 62% concordam ou concordam totalmente com a afirmação que “os hubs de inovação estão acelerando a adoção de tecnologia dentro e fora da porteira” – o que destaca a importância desses centros.

 

“No PwC Agtech Innovation, criamos o ambiente ideal para a experimentação, conexão e desenvolvimento de soluções, garantindo que os projetos sejam executados com objetivos claros e expectativas alinhadas, apoiando nossos clientes em toda a sua jornada de inovação”, afirma Dirceu Ferreira Júnior, COO do PwC Agtech Innovation e sócio da PwC Brasil.

 

Quase dois terços (60%) dos participantes afirmam que os investidores de risco são parte fundamental do ecossistema de financiamento para soluções agrícolas. Os governos, com 55%, são reconhecidos por oferecerem incentivos à inovação, na forma de subsídios, regulações favoráveis ou apoio direto.

 

Já os produtores rurais parecem ser os menos conectados com as startups: apenas 14% dos participantes indicam que esse grupo está engajado em parcerias, o que aponta para uma oportunidade de aumentar a interação entre esse grupo e os empreendedores, potencialmente acelerando a adoção e o impacto de novas tecnologias no campo. Dos participantes do Termômetro, 46% concordam ou concordam totalmente com a afirmação que os produtores brasileiros estão abertos a testar novas tecnologias – o que reforça o ponto de que o terreno é fértil para cooperação com os produtores, atores que precisam estar no centro do ecossistema de inovação.

 

Com quem colaborar?

 

Todos os entrevistados indicam a intenção de colaborar com startups, o que destaca a importância delas como motores de inovação no agronegócio. Grandes empresas (89%), instituições de pesquisa (89%) e academia (86%) também são vistos como parceiros estratégicos importantes. Esses altos índices são o reconhecimento de que a inovação é impulsionada por uma abordagem colaborativa, com conhecimentos e recursos de diversos campos e setores.

 

Os produtores (79%) constituem uma parcela importante, o que indica uma valorização das contribuições práticas e do feedback direto dos usuários finais das inovações no contexto agrícola.

 

Por quê inovar?

 

Três quartos dos participantes (75%) identificam a vantagem competitiva e a satisfação do cliente como objetivos primordiais das estratégias de inovação, enquanto 74% reconhecem a importância de antecipar tendências para posicionar proativamente a empresa. Menos da metade dos respondentes (47%) acredita ter uma estratégia de inovação bem definida e uma direção estratégica comunicada pela gestão sênior, mas 86% identificam esse como um cenário-alvo em suas organizações.

 

Apenas 26% percebem nas suas organizações um equilíbrio entre os objetivos de crescimento de médio e longo prazo e a necessidade de atingir metas operacionais de curto prazo. Há ainda uma deficiência na definição dos tipos de inovação (modelo de negócios, produto ou serviço) e na proporção de cada horizonte de inovação (incremental, transformacional, radical) necessários para manter a ambidestria organizacional. Por outro lado, o forte apoio da liderança ao time de inovação é reconhecido por 67% dos participantes.

 

Tecnologia

 

A pesquisa revela uma clara tendência de digitalização e aplicação de tecnologias avançadas em todas as etapas do processo agrícola, desde a preparação do solo, plantio até a colheita e distribuição, com crescente preocupação com a sustentabilidade e eficiência operacional entre as empresas e cooperativas.

 

Na categoria “antes da porteira”, os investimentos em tecnologia se concentram em inteligência artificial (61%), digitalização (57%) e automação, aprendizado de máquina e robótica (55%). Esta é a fase em que os dados e a pesquisa agrícola desempenham um papel fundamental para o desempenho das demais atividades da cadeia produtiva.

 

Na sequência, o Termômetro da Inovação avalia os investimentos “dentro da porteira”. Nesta categoria, tecnologias  de agricultura de precisão foram destacadas por 69% dos participantes e, na sequência, as soluções para descarbonização e ESG aparecem como a segunda maior frente de investimento tecnológico, para 55% dos respondentes, mostrando que eficiência operacional e sustentabilidade são as maiores preocupações da cadeia produtiva do agro.

 

Por fim, em “depois da porteira”, armazenamento, infraestrutura e logística lideram os investimentos com 59% das respostas, enquanto a indústria 4.0 está entre os investimentos de 52% dos respondentes. Com relação a aportes em startups, 26% da amostra de corporações e cooperativas investem com venture capitalists, 23% já adquiriram startups e 23% investem por meio de corporate venture capitalists.

 

Outras dimensões

 

Aliada à análise possível que as respostas permitem fazer a respeito do ecossistema do agronegócio, o Termômetro ainda avalia outras quatro dimensões: objetivo, estratégia e liderança; governança e métricas; cultura e talentos, e financiamento e portfólio. Para isso, foi adotada uma abordagem metodológica mista, na qual a pesquisa combina fases quantitativa e qualitativa para oferecer uma visão completa das dinâmicas que impulsionam a inovação no setor.

 

Além da fase quantitativa, com a coleta de respostas objetivas dos 86 participantes, a  qualitativa incluiu entrevistas aprofundadas com startups, grandes empresas, entidades educacionais e de pesquisa, cooperativas e produtores. O objetivo foi conhecer melhor suas visões e experiências sobre a inovação no setor. O relatório não apenas mapeia o estado da inovação nas organizações estudadas, mas também orienta sobre como fortalecer e sustentar a cultura de inovação de forma eficaz.

 

 

Os resultados indicam que os participantes reconhecem as áreas que necessitam de melhoria e que há um caminho importante a ser percorrido para alcançar os estados desejados. Nesse contexto, a participação ativa em hubs de inovação emerge não mais como um diferencial para os players do agronegócio, mas como um requisito essencial para promover a colaboração entre os diversos atores, acelerar o progresso e induzir mudanças significativas no mercado.

Leo Junior
Leo Juniorhttps://viralizabh.com.br
Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.
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