O novo reality show da TV Globo, agora em formato musical, traz uma combinação de desafios, performance ao vivo e estratégias disputadas por cantores iniciantes do Brasil que buscam o prêmio final: R$500 mil e um contrato com a Universal Music. Com transmissões diárias na emissora e cobertura completa 24 horas pelo Globoplay, o reality gerou uma grande expectativa em se tornar o novo entretenimento do público nos próximos meses.
No entanto, ao contrário do esperado, a audiência do programa não tem alcançado uma boa pontuação na emissora, chegando a ser ultrapassada pelo SBT, com 12 pontos contra 10 do reality, na última semana. João Finamor, professor de Marketing Digital da ESPM, acredita que o grande fator para esse fracasso é a escolha dos participantes. “Um reality show precisa ter um formato que chamamos de Jornada do Herói, onde alguém é alavancado ao posto de mocinho e outros de antagonistas.”
Na visão do professor da ESPM, Estrela da Casa uniu personagens lineares e de, certa forma, apáticos, o que dificulta gerar algum tipo de conexão entre eles. “Hoje, cada vez mais é necessário essa conexão emocional, cultural e social. Não há nenhum participante que realmente exerça esse papel e gera esse tipo de conexão.”
Finamor, por fim, analisa que a emissora poderia ter se baseado em outros realities musicais, como o The X Factor, talent show de cantores da televisão britânica, criado pelo produtor Simon Cowell, onde jurados exigentes avaliam futuros astros da música. “Foi um sucesso alguns anos atrás e nas edições sempre era apresentado alguém para ser o mocinho da história e outros para serem, de certa forma, o antagonista e rivalizarem com esse protagonista “do bem” do reality show”, diz.
“Por mais que algumas contas no X (Twitter), por exemplo, comentem sobre o reality show, não vemos o impacto, não vemos isso reverberar para um grande público”, afirma João Finamor.
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