segunda-feira, junho 30, 2025
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OSCs sofrem queda de grandes doações em 2023

CRÉDITO: Freepik.

 

Presidente da Cebraf, Tomáz de Aquino sugere criatividade e transparência das organizações da sociedade civil para superar déficit

Matar um leão por dia parece ser mesmo a sina das organizações da sociedade civil (OSCs) no Brasil. E em 2023 a luta pela sobrevivência foi ainda mais difícil do que em anos anteriores. Pelo menos é o que sugere o Monitor de Doações, ferramenta da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) e do Grupo de Institutos e Fundações (Gife).

O monitor registra todas as doações com valores acima de R$ 3 mil, que tenham sido informadas publicamente por pessoas físicas e jurídicas. Em 2022, essa modalidade de doação às OSCs alcançou a cifra de R$ 1,4 bilhão. Porém, no ano passado, o montante sofreu uma forte queda de 67%, parando nos R$ 475 milhões.

O advogado Tomáz de Aquino Rezende avalia que os números foram um golpe duro para as entidades. Especializado em assistência jurídica voltada para entidades sem fins lucrativos e presidente da Confederação Brasileira de Fundações (Cebraf), ele conhece de perto a realidade do Terceiro Setor.

“O monitor de doações não é um parâmetro totalmente certeiro a respeito das arrecadações, mas também não pode ser desprezado. Ele sinaliza que, na melhor das hipóteses, os grandes doadores não se sentiram inclinados a declarar apoio. E isso é muito ruim, porque divulgar suas doações é um estímulo para que outras pessoas tomem a mesma atitude”, lamenta.

O levantamento traz mais um número negativo: o número de doadores. Entre 2022 e o ano passado, a quantidade caiu de 397 para 158 pessoas (entre físicas e jurídicas) – um desmorono de 60%. “Nós poderíamos até acreditar que essa diferença foi de doadores que não quiseram revelar suas contribuições, mas seria tapar o sol com a peneira. A arrecadação das OSCs diminuiu, e isso significou que elas tiveram de encontrar outras formas de sobreviver”, revela Tomáz de Aquino.

Criatividade e transparência
O presidente da Cebraf explica que a situação é menos caótica para quem tem contratos de parceria com o poder público, e, claro, para quem ainda recebe doações mais volumosas. Já as OSCs que não desfrutam de nenhuma das duas situações, ele sugere duas frentes: usar da criatividade e da transparência.

“A criatividade, neste caso, seria buscar caminhos alternativos para alcançar os recursos por meio de doações. Engajar-se com a sociedade ou mesmo com a comunidade ao seu redor e criar campanhas com a participação popular pode ser uma forma eficaz”, recomenda.

“Mas a criatividade tende a ter êxito num médio-longo prazo se a organização agir com transparência, mostrar os números, seu progresso financeiro e a maneira como utilizou sua arrecadação. O negócio é trabalhar para que as pessoas confiem e deem crédito para aquilo que a entidade faz. Se conseguir alcançar isso, as doações tendem a aumentar”, orienta.

Felipe de Jesus
Felipe de Jesus
Biografia: admirador da área acadêmica, Felipe de Jesus é Jornalista formado pela Faculdade Estácio de Sá/MG - Ano: 2008 | Pós-graduado (Lato Sensu) em Relações Públicas - RP & Assessoria de Imprensa pela Faculdade Educa Mundo - Ano: 2023 - e Mestre em Comunicação Social: Jornalismo e Ciências da Informação & RP pela UEMC - Ano: 2015. Advogado formado pela UNIESP S.A./MG - Ano: 2019 - com Pós-Graduação em Direito Empresarial - Direito Público e Licitatório pela Faculdade Focus/PR - Ano: 2022. Tem quatro cursos de "Extensão Universitária": Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios Familiares, Desjudicialização e o Futuro da Advocacia, Responsabilidade Civil e o curso Conceitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) pela Escola Superior de Advocacia Nacional do Conselho Federal da Ordem dos Advogados (ESA/CFOAB) - Ano: 2024. É Perito/Assistente Judicial Trabalhista - Contábil/Imobiliário pela Faculdade Beta Perícias/Pós-Graduação Jurídica - Ano: 2021. Economista formado pela UNP/SP - Ano: 2019 | Teólogo formado pela ESABI/MG - Ano: 2015 | Sociólogo formado pela Faculdade Polis das Artes - FPA/SP - Ano: 2016 | T.Publicidade formado pelo IPED/SP - Ano: 2019 (Registro Profissional no MTE). Cursa o Bacharelado em Farmácia pela UniFECAF e faz o Doutorado (PhD) em Direito Empresarial & Trabalhista pela UNIB/INPI.GOV. É Tutor/Prof.Universitario (ferista/substituição) e tem dois Ebooks (livros): área Sociológica e Econômica: "Sociedade Conectada (2020)" - (ramo da Sociologia)- "10 Passos Para Alcançar a Estabilidade Financeira (2024)" - (ramo da economia).
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