Novo trabalho autoral do cantor e compositor mineiro está disponível nas plataformas digitais
Uma aventura tropical de musicalidade pelo Brasil que começou no verão do Rio de Janeiro, explodiu nas praias da Bahia, passou por Goiás, floresceu em São Paulo e originou o segundo álbum autoral do cantor, compositor e guitarrista mineiro João Paulo Cardoso, conhecido pelo nome artístico JP. “Em busca do veneno da serpente” é um disco indie de guitarra que traz a sinergia dos ritmos brasileiros, como pagode, ciranda, baião, brega e o velho e bom rock’n’roll. O trabalho, que acaba de ser lançado, já está disponível nas plataformas digitais.
“Fiz esse disco para que a gente pudesse acessar esse sentimento maravilhoso de pertencimento a esse país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza, sabe?”, diz o artista.
Diferente do primeiro álbum “Submarine Dreams (2016) – gravado em inglês e que alcançou a marca de mais de um milhão de plays nas plataformas de streaming, como Spotify -, “Em busca do veneno da serpente” traz a versão em português. Idealizado em um cenário tropical, o disco foi gravado de forma itinerante, durante viagens pelo Brasil.
O álbum, feito com algumas parcerias e produzido por Pedro “Cido” Cambraia, colaborador de nomes importantes da atual cena indie do Brasil, como Lamparina e Rosa Neon, é composto por dez canções que exploram diversas sonoridades regionais de todos os cantos do país.
A música “Eu quero perder você” é um indie rock apaixonado, com elementos de dream pop. Já “Essa mulher vai acabar com a minha vida” é um rock setentista com riff marcante de guitarra. A canção “A ferida da saudade” é um estilo brega com onda de Jovem Guarda e refrão super pop. O “arroz de polvo” é um rock com pegada de pagode e que teve a participação da banda paulistana Holger. A “chorei dendê” é um pop tropical dançante com levada de guitarra típica do Pará. “O veneno da serpente” é uma viagem psicodélica e mística da escola Jorge Ben-zística.
A faixa “Ficar na minha” é um boogie de pista com elementos de soul que remetem a um bailinho no porão nos anos 70 ou 80. A “Eu achei o amor da minha vida em São Paulo” é um baião poético sobre os encontros e desencontros do amor contemporâneo. O “Céu” é uma ciranda delicada registrada em Goiás, feita em dueto com a cantora Flávia Carolina. Por fim, a “Entrega” é uma balada existencialista, em voz e violão, gravada no meio do mato, com barulhinhos de grilos e ronronar de gatos.
“As viagens pelo Brasil fortaleceram a minha conexão com a música brasileira e culminaram em um conjunto de canções tropicais e emocionantes que resgatam as minhas raízes na cena independente de Belo Horizonte, das bandas que foram responsáveis pela reconstrução do carnaval de rua de BH, como Dead Lover’s Twisted Hearts, Magalhães, Graveola e Transmissor”, ressalta JP.
Sobre o processo de produção do disco, o músico diz que a composição começou há cinco anos. Inspirado no Tame Impala – grupo de música psicodélica australiano fundado pelo multi-instrumentista Kevin Parker em 2007 -, JP optou pela gravação das músicas em ambientes naturais. “Ao invés de alugar um estúdio tradicional, montamos estúdios temporários em locais significativos para mim, como a casa de um amigo no meio do mato, a casa onde passei minha infância em BH e no litoral de São Paulo, perto do mar. Aproveitamos a acústica desses lugares, o reverb natural das salas, os barulhos dos bichinhos dos arredores. O resultado foi incrível “, salienta.
Sobre o artista
Pé na estrada com a família em direção a Cabo Frio (RJ) e outros lugares, ao som do rock. Assim foi a conexão de JP com a música desde a infância. Belo-horizontino, residente em São Paulo, o artista ingressou no universo musical de forma despretensiosa, em um movimento natural cujo start ocorreu ao ganhar, de seu pai, a sua primeira guitarra, aos 14 anos. Ao longo dos últimos sete anos, houve um grande avanço na carreira por meio do lançamento do primeiro álbum Submarine Dreams (2016) que rendeu uma bem-sucedida turnê por festivais como Bananada (GO) e MECA (Inhotim), em Minas Gerais. Hoje, o músico, que também é DJ e produtor musical, se dedica à divulgação de seu novo disco “Em busca do veneno da serpente” e às apresentações em diversos lugares.
Acompanhe os trabalhos de JP nas plataformas digitais e redes sociais: @jp.cardoso/ (Instagram), jpcardoso (YouTube) e Spotify.
Confira, aqui, o novo álbum “Em busca do veneno da serpente”.