O presidente da Fundação Renova, Camilo de Lelis Farace, apresentou hoje, em palestra na Fiemg, um balanço das atividades de reparação realizadas pela tragédia ocorrida na Mina de Fundão. O evento foi promovido pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas(ADCE).
A Fundação desenvolve atualmente 219 projetos para indenizações e reparações em aspectos sócio econômicos, já que a tragédia de Fundão afetou centenas de negócios e atividades de subsistência das famílias atingidas. Segundo Camilo Farace foram efetuadas 445 mil indenizações até o momento.
No que se refere às áreas de terra afetadas pela lama despejada pelo rompimento da barragem, a Fundação implantou projetos de apoio aos produtores rurais, possibilitando a retomada de suas atividades e oferecendo apoio técnico.
A Fundação Renova informa que 36.563 hectares de Áreas de Preservação Permanente, em locais não afetados pelo rejeito, estão em processo de restauração. A meta da Fundação Renova é restaurar 40 mil hectares.
A produção dessas mudas envolve uma cadeia de trabalho que conta com 1300 catadores de sementes de plantas nativas das regiões, atividade ssencial para a recuperação ambiental. Outro foco do trabalho é a recuperação de 2600 nascentes destruídas pela lama.
Outro trabalho da Fundação Renova enfatizado por seu presidente é o projeto de reconstrução das comunidades de Bento Gonçalves e Paracatu, que foram praticamente destruídas. Segundo ele, 81% da restituições de imóveis pleiteadas já foram concluídos. ” As vilas já têm escolas, posto de saúde, comércio e a vida social foi retomada”, observou.
A recuperação da qualidade da água do Rio Doce é outra prioridade. Além dos trabalhos de remoção da lama, foram construídas diversas estações de tratamento de água e esgoto, em cidades como Governador Valadares e outras, onde o esgoto era lançado diretamente no rio. “As vidas perdidas não podem ser recuperadas mas a Fundação trabalha intensamente para reparar os danos materiais, ambientais e sociais causados”, afirmou Camilo Farace