domingo, dezembro 22, 2024
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Filarmônica de Minas Gerais recebe o trompetista norueguês Ole Edvard Antonsen, pela primeira vez na Sala Minas Gerais, nos dias 18 e 19 de abril, às 20h30. Regência maestro Fabio Mechetti.

Com regência do maestro Fabio Mechetti e, também, com obras de Haydn e Duke Ellington, Orquestra traz o jazz para a Sala Minas Gerais

O reconhecido trompetista norueguês Ole Edvard Antonsen se apresenta pela primeira vez com a Filarmônica de Minas Gerais nos dias 18 e 19 de abril, às 20h30, na Sala Minas Gerais, com o Concertino para trompete, na celebração dos 50 anos de morte do compositor francês André Jolivet, e o Concerto para trompete, de Hummel. Ainda no programa das duas noites, o humor e perfeição técnica de uma das sinfonias mais maduras de Haydn,  a Sinfonia nº 93, e o brilho orquestral de uma das poucas obras sinfônicas deixadas por Duke Ellington, a obra Preto, Marrom e Bege: Suíte. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, com o patrocínio do Itaú e Redecard, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente titular

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense; dirigiu a Sinfônica Nacional da Colômbia e estreou no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico. Na Argentina, conduziu a Filarmônica do Teatro Colón, com a qual se apresentará novamente em 2024.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros. Fabio Mechetti é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School de Nova York.

Ole Edvard Antonsen

 

Um dos mais aclamados trompetistas do planeta, Ole Edvard Antonsen destaca-se pela técnica brilhante e pela capacidade de transitar com fluidez por entre as linguagens da música sinfônica, do jazz e do pop. Tocou em mais de quarenta países e em alguns dos palcos mais importantes do mundo, incluindo o Carnegie Hall (Nova York), Musikverein (Viena), Suntory Hall (Tóquio), Ópera de Sydney, Barbican Hall (Londres) e grandes estádios em Berlim, Seul e outras cidades. Apresentou-se como solista com a Filarmônica de Berlim, a Sinfônica de Londres, a Filarmônica da BBC e dezenas de outras orquestras renomadas. No âmbito da música pop, colaborou com John Miles, Lisa Stansfield, Ute Lemper e Secret Garden. Nascido no interior da Noruega, Antonsen começou a tocar trompete aos cinco e logo passou a acompanhar a banda de baile do pai. Após concluir os estudos, ingressou na Filarmônica de Oslo, onde permaneceu por sete anos. Em 1989, iniciou sua bem-sucedida carreira solo que, hoje, inclui mais de sessenta discos lançados e estreias de mais de sessenta obras escritas especialmente para ele. Nesta temporada, Antonsen apresenta-se pela primeira vez com a Filarmônica, homenageando conosco os 50 anos de morte de André Jolivet e de Duke Ellington.

 

 

Repertório

 

Franz Joseph Haydn (Rohrau, Áustria, 1732 – Viena, Áustria, 1809) e a obra Sinfonia nº 93 em Ré maior, Hob. I:93 (1791)

 

Joseph Haydn passou quase trinta anos da sua vida trabalhando para uma nobre e influente família húngara, os Esterházy. Em 1790, com a morte do Príncipe Nikolaus Esterházy, seu patrão, Haydn foi autorizado a assumir novos trabalhos fora da corte, caso assim desejasse. Eis que o produtor de concertos Johann Peter Salomon enxergou uma oportunidade de levar o grande compositor, então com 58 anos e famoso em toda a Europa, até Londres para uma estadia criativa. Assim, iniciava-se o ciclo de suas sinfonias londrinas, influenciadas pelo dinamismo da cidade e por sua vida musical rica, variada e cosmopolita. A Sinfonia nº 93 foi a primeira delas, de um total de doze. Escrita em 1791, ano em que Haydn chegou a Londres, a obra funciona como um cartão de visitas dessa nova fase em sua carreira, na qual ele se torna progressivamente mais inventivo e arrojado a cada sinfonia criada. Apesar de ter sido a primeira a ser finalizada, a Sinfonia nº 93 acabou encontrando o grande público apenas no ano seguinte, em fevereiro de 1792, após as estreias da nº 95 e da nº 96. Alavancada pela excelente recepção das que foram lançadas antes, ela também alcançou um sucesso estrondoso e contribuiu para a coroação definitiva de Haydn como o “Pai da Sinfonia”.

André Jolivet (Paris, França, 1905–1974) e a obra Concertino para trompete (1948)

A cena musical francesa do início do século XX foi fundamental para emancipar o trompete como um instrumento de destaque dentro do conjunto sinfônico. Aproveitando o talento de músicos que, geração após geração, elevaram o nível técnico e alargaram as possibilidades sonoras dos naipes de metal, compositores como Dukas, Debussy e Ravel, bem como o russo Stravinsky em seus balés parisienses, passaram a conferir maior relevância ao trompete em suas peças orquestrais. Com isso, abriram caminhos para o surgimento de uma série de concertos importantes a partir da década de 1940. Um deles é o Concertino para trompete de André Jolivet. Escrita em 1948, trata-se de uma obra breve, mas que exige enorme destreza do solista. Combinando elementos modernistas e neoclassicistas, o Concertino possui um único movimento, no qual, de modo similar à forma consagrada do concerto, Jolivet constrói três seções distintas – uma rápida, uma lenta e outra rápida. O tema central, introduzido logo no início, é retrabalhado em cinco variações ao longo da partitura, explorando o domínio da surdina, o frulato (ou flutter tonguing) e outras técnicas. Cabe notar ainda o papel fundamental desempenhado pelo piano, que atua ora como suporte ao trompete, ora em reforço às cordas e, em alguns momentos, até como solista. O Concertino foi estreado no dia 10 de junho de 1950, com Arthur Haneuse como solista e o próprio Jolivet na regência.

 

 

Johann Nepomuk Hummel (Hummel, hoje Bratislava, Império Húngaro, 1778 – Weimar, Alemanha, 1837) e a obra Concerto para trompete em Mi maior (1803)

 

Compositor e pianista brilhante, pupilo de Mozart e amigo pessoal de Beethoven e Schubert, o austríaco Johann Nepomuk Hummel foi um grande nome na música europeia do início do século XIX, ainda que não tenha gozado do mesmo reconhecimento póstumo que os seus colegas. Em 1803, então com 25 anos, Hummel foi indicado por ninguém menos que o próprio Haydn para sucedê-lo como mestre de capela dos Esterházy, uma rica família da nobreza húngara. Em respeito ao seu antecessor, o jovem prodígio foi nomeado spalla e, apesar de realizar todas as funções de um mestre de capela, só recebeu o cargo de fato seis anos depois, com o falecimento de Haydn. O Concerto para trompete foi escrito por Hummel para celebrar a sua chegada à corte dos Esterházy. Tal como o igualmente celebrado Concerto para trompete de Haydn, composto em 1796, a peça de Hummel foi pensada para o recém-inventado trompete de chaves – modelo hoje datado, mas que, na época, ampliou o escopo sonoro do instrumento. Com seu inusitado tom em Mi maior, o Concerto de Hummel adota uma orquestração menos carregada que o de seu mentor, porém explora mais possibilidades do novo instrumento. Isso é perceptível especialmente no segundo movimento, uma ária dramática que demonstra como o trompete podia agora ser usado para executar melodias cheias de vida e ornamentações diversas. A obra foi estreada na festa de 1º de janeiro de 1804 dos Esterházy pelo criador do trompete de chaves, Anton Weidinger. Com o tempo, tornou-se um dos trabalhos mais conhecidos de Hummel (ainda que a versão mais tocada seja a transposta para Mi bemol maior) e um clássico absoluto no repertório do instrumento.

 

 

Duke Ellington (Washington, Estados Unidos, 1899 – Nova York, Estados Unidos, 1974) e a obra Preto, Marrom e Bege: Suíte (1943)

 

À frente de sua lendária big band, Duke Ellington passou os anos 1930 se aperfeiçoando como nenhum outro na arte das composições curtas pensadas para os discos de 78 rotações da época. Todavia, nunca deixou de se aventurar em criações mais longas, que testavam as possibilidades de diálogo entre o jazz e a música de concerto. Preto, Marrom e Bege (“Black, Brown and Beige”, no original), uma brilhante rapsódia sinfônica de quase 50 minutos, foi escrita às pressas para a sua primeira apresentação no Carnegie Hall. Em dezembro de 1942, Ellington aproveitou os intervalos das turnês e virou noites para finalizar a peça a tempo de sua grande estreia em janeiro. No processo, aproveitou ideias de um projeto antigo em gestação, sua ópera Boola, criando um tributo à história da população negra norte-americana em três movimentos. O primeiro, “Preto”, presta homenagem ao trabalho duro e à fé dos homens e mulheres trazidos escravizados da África. “Marrom” contempla os soldados negros que combateram inúmeras guerras em nome dos Estados Unidos, e inclui trechos que depois dariam forma à canção Come Sunday, imortalizada na voz de Mahalia Jackson. “Bege”, por fim, evoca o otimismo de uma nova era de prosperidade e reconhecimento para o povo negro, trazendo a efervescência das noites musicais do Harlem. Por conta de sua duração e da recepção ambígua na estreia, Preto, Marrom e Bege foi executada pouquíssimas vezes na íntegra por Ellington, mas, com o tempo, ganhou reconhecimento como um marco na história do jazz. Sua suíte é uma adaptação realizada por seu próprio criador, que depois recebeu o tratamento orquestral de Maurice Peress.

 

Programa

 

Filarmônica de Minas Gerais

 

Série Presto

18 de abril – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Veloce

19 de abril – 20h30

Sala Minas Gerais

 

 

Fabio Mechetti, regente

Ole Edvard Antonsen, trompete

HAYDN                             Sinfonia nº 93 em Ré maior, Hob. l:93

JOLIVET                           Concertino para trompete

HUMMEL                          Concerto para trompete em Mi maior

ELLINGTON/Peress         Preto, Marrom e Bege: Suíte

 

  

INGRESSOS:

R$ 39,60 (Mezanino), R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 72 (Balcão Palco), R$ 92 (Balcão Lateral), R$ 124 (Plateia Central), R$ 160 (Balcão Principal) e R$ 180 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos:

  • Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
  • Pix

 

 

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

 

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. A Orquestra já havia recebido o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 12 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 80 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Os números da Filarmônica (2008 a dezembro/2023)

 

1.543.738 espectadores
1.231 concertos realizados
1.360 obras interpretadas
126 concertos em turnês estaduais
42 concertos em turnês nacionais
9 concertos em turnê internacional
94 concertos transmitidos ao vivo
606 notas de programa publicadas no site
231 webfilmes publicados
1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral
4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica
12 CDs lançados
1 Indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado – Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico)

Leo Junior
Leo Juniorhttps://viralizabh.com.br
Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.
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