Uma iguaria cujo mérito da invenção é disputado entre países, é tradição em Minas Gerais e pode ser encontrada em bons lugares de BH.
Dia 11 de outubro é o Dia Mundial do Doce de Leite – “Día Internacional del Dulce de Leche” – data criada em 1995 por um centro de promoção do produto na Argentina, país onde ele é considerado “Patrimônio Cultural Alimentar e Gastronômico”. Em Minas Gerais, a iguaria também possui um reconhecimento parecido desde o ano passado, quando o tradicional doce de leite produzido em Viçosa, na Zona da Mata, ganhou o título de Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais. Puro, com queijo, no recheio do bolo, ou como ingrediente de deliciosas sobremesas, fato é que doce de leite é uma paixão mundial.
Presente em várias culturas, a origem exata do doce é uma incógnita. A versão Argentina da história conta que ele foi inventado acidentalmente em 1829, quando uma funcionária do fazendeiro Juan Manuel de Rosa esqueceu leite com açúcar no fogo. Já na França, conta-se que foi um cozinheiro de Napoleão que o inventou. Também há quem diga que começou a ser feito na Sicília, na Itália, ou ainda na Índia, com registros milenares da receita. Mesmo sem o consenso sobre a origem do doce de leite, pode-se dizer que sua popularização está ligada à expansão na produção de açúcar nas ilhas ibéricas atlânticas, no século XV, e no Brasil, América Central e Antilhas, em meados do século XVI.
Minas Gerais, como o maior estado produtor de leite no país, não podia deixar de produzir a sua versão. A iguaria é tradição muito presente nas mesas mineiras em diversos formatos e pontos, do mais cremoso ao de partir. E também figura nos cardápios de vários estabelecimentos. Nesta semana que celebra o prato, há várias sugestões de lugares onde se deliciar com um doce de leite.
A Belô Café, na Savassi, irá comemorar o dia do Doce de Leite a semana toda, servindo uma versão de seu mini crème brûlée de doce de leite como sobremesa no menu executivo da casa; e ainda com um combo especial de sua broa de fubá com calda de doce de leite mais um café coado, por R$14,90; além de um novo bolo fresquinho de churros com calda de doce de leite e canela. “O doce de leite é uma paixão do mineiro, e também nossa na Belô. Nos preocupamos em ir atrás dos melhores produtores do estado para servir os melhores produtos na casa”, afirma a chef e fundadora da Belô, Ju Castro.
No restaurante Dona Lucinha, o doce é um elemento imprescindível na missão de difundir e honrar a arte da culinária de Minas. “O doce de leite está em minha primeira memória de menina, em pé ao lado do fogão, enquanto minha mãe o preparava. E fazemos questão de seguir o mesmo processo para fazer o doce no restaurante. É um conhecimento técnico que pode parecer simples, mas que precisa de cuidado para ficar bem feito”, compartilha Márcia Nunes, chef da segunda geração à frente do Dona Lucinha. A versão da casa tem gostinho de doce caseiro, e é servida com queijo do Serro, e também na versão ambrosia.
“Doce de leite: feito de um dos ingredientes mais sagrados da natureza e resultante de técnicas ancestrais. A experiência de fazê-lo, desde o cuidado em arear o tacho, deixando-o reluzir ‘feito ouro’; o vai e vem leve das mãos conduzindo a colher de pau em sua primeira etapa de fervura, assim como o seu apressar à medida que o doce vai engrossando; achar o ponto certo, apagar o fogo e mexer de roda. Ao fim, a briga pela rapa do tacho. Uma doce magia!”, devaneia Márcia.
BELÔ CAFÉ
BH: Rua Sergipe, 1329 – Savassi
Nova Lima: Alphaville Lagoa dos Ingleses
Funcionamento: Segunda a Sábado, 8h às 23h | Domingo, 8h às 16h
Instagram: @belocafebh
RESTAURANTE DONA LUCINHA
Rua Padre Odorico, 38 – São Pedro
Funcionamento: Segunda a sábado, das 11h às 22h | Domingo, das 11h às 17h
Instagram: @donalucinhamatriz
