quarta-feira, dezembro 4, 2024
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Crédito consignado: alerta para juros abusivos

Cerca de 623,8 mil contratos entre 2022 e 2023 tinham juros maiores do que o permitido 

O crédito consignado têm atraído muitos consumidores a fazê-lo por suas facilidades e baixos juros. Voltado principalmente para aposentados, pensionistas pelo INSS e servidores públicos, de um total de 3,1 milhões de contratos ativos fechados entre 13 de dezembro de 2022 e 20 de junho de 2023, 623,8 mil (20,1%) tiveram taxa de juros maior do que o permitido.

O limite é imposto pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), os dados mostrados são da Controladoria Geral da União (CGU). O consignado é um crédito com desconto direto no pagamento de aposentados, pensionistas e servidores públicos. A taxa atual de juros é de 1,72% ao mês.

Os resultados do relatório apontam falhas nos controles internos do INSS, relacionadas a informações registradas no e-Consignado, inexistência de acompanhamento da qualidade do serviço prestado, falta de divulgação de informações mínimas e ausência de regras que possam medir custos operacionais.

Para o advogado especialista em direito financeiro, Tallisson Souza, houve um “descontrole” para esta modalidade de crédito: “Hoje em dia é muito fácil encontrar casas de crédito para realizar um empréstimo. Tanto online com anúncios aparecendo na tela a todo tempo, quanto nas ruas e até mesmo, ligações telefônicas. O número cada vez maior de ofertas, carece de mais fiscalização para que golpes, juros abusivos, não aconteçam”, alerta.

Na amostra analisada, também foram encontrados 240 benefícios com descontos referentes a empréstimo sem registro de crédito contratado na Dataprev, que é a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência, vinculada ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. O INSS afirma que a falha ocorreu devido a problemas de processamento das informações.

Tallisson ainda acrescenta que é importante entender se a pessoa realmente precisa de um empréstimo. “Pode ser que principalmente as pessoas idosas não precisem de empréstimo, mas pela facilidade que é colocada, a pessoa acaba aceitando e não analisando bem as condições. Sendo necessário o crédito, é importante levar um acompanhante, como um familiar mais entendido ou até mesmo um profissional do Direito ou Contabilidade para a análise desses contratos para que fique tudo mais claro e sem transtornos” informa o advogado.

Créditos na imagem: Tallisson Souza, advogado de negócios/ divulgação. 
Jornalista & Editor: Felipe de Jesus
Jornalista & Editor: Felipe de Jesus
Apaixonado pela área acadêmica, Felipe de Jesus é Jornalista, graduado em Comunicação Social: Jornalismo, pela Faculdade Estácio de Sá/MG | Pós-Graduado em Jornalismo Digital pela Faculdade São Camilo | Pós-graduado (Lato Sensu) em Relações Públicas - RP & Assessoria de Imprensa e Mestre em Comunicação Social: Jornalismo e Ciências da Informação pela UEMC. Advogado pela UNIESP S.A./MG-SP e Pós-Graduado em Direito Empresarial - Direito Público e Licitatório pela Faculdade Focus/PR. É Economista pela UNP/SP | Teólogo pela ESABI/MG | Sociólogo pela Faculdade Polis das Artes - FPA/SP | Técnico em Publicidade pela IPED/SP | Perito & Assistente Judicial Trabalhista - Contábil/Imobiliário pela Faculdade Beta Perícias & Pós-Graduação Jurídica | Atualmente cursa o Bacharelado em Farmácia (Ciências Farmacêuticas) pela Federal Educacional LTDA - UniFECAF - Centro Universitário. Tem duas obras literárias publicadas, sendo uma da área de Sociologia: Sociedade Conectada (2020) e outro na área Econômica: 10 Passos Para Alcançar a Estabilidade Financeira (2024).
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