terça-feira, novembro 5, 2024
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Coleção BEĨ abre a exposição “Bancos indígenas do Brasil” na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais

A mostra traz produções de povos do Xingu, Sul da Amazônia, Amazônia Oriental, Calha Norte e Noroeste Amazônico, reunindo 32 etnias, além de fotografias e vídeos de Rafael Costa

A Coleção BEĨ estreia sua próxima exposição na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, dia 22 de novembro (terça-feira), a partir das 19h, no Museu Universitário de Arte (MUnA). A curadoria da mostra, assinada por Marisa Moreira Salles e Tomas Alvim, reuniu 119 bancos de 32 etnias, compondo um recorte representativo da diversidade e sofisticação da produção de bancos indígenas no Brasil. Entre as etnias encontram-se Karajá, Saterê-Mawê, Tukano, Xipaya, Waiwai, Tapirapé, Yudjá e Tiryó e outras. A entrada é gratuita e a exposição ficará disponível para visitação até 15 de janeiro de 2023.

O conjunto de bancos aqui apresentados revela a dialética entre a arte e o artefato, o objeto sagrado e a mercadoria, a tradição e a experimentação. Embora tenham peso simbólico e ritualístico, eles respondem também à demanda de compradores e colecionadores; são modelos fabricados com técnicas antigas, transmitidas de geração a geração, mas são também obras únicas, nas quais é possível reconhecer não apenas a cultura de que provêm, mas também o estilo único daquele que as talhou – a marca do autor, que não se confunde com o grupo”, comenta a curadora Marisa Moreira Salles.

É a primeira vez que a cidade de Araxá recebe o acervo da coleção, que nasceu de um deslumbramento estético com a beleza das formas, cores e grafismos dos bancos indígenas brasileiros. Uma curiosidade sobre a produção das obras é que elas são talhadas a partir de um único tronco de madeira e pintadas com resinas naturais, como o ingá misturado com pó de carvão e o urucum. O grafismo e formato das peças espelham o universo cultural e a cosmologia de cada etnia que os criou. Os bancos são geométricos e zoomórficos, refletindo a diversidade da fauna das regiões de que provêm; entre os animais mais representados estão o tamanduá, a anta, a onça e os pássaros.

A preservação dos padrões tradicionais e primitivos de produção revelam a extrema sofisticação estética das civilizações que floresceram no Brasil pré-colonial. Dessa forma, a partir deste único objeto, o banco, pode-se reconstruir toda a variedade, a diversidade e o refinamento das culturas ancestrais brasileiras que permanecem vivas”, complementa o curador Tomas Alvim.

A mostra em Araxá é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da CBMM, apoio da Prefeitura de Araxá e da Fundação Cultural Calmon Barreto.

 

Sobre a Coleção BEĨ

A Coleção BEĨ de bancos indígenas abrange mais de 700 peças oriundas de povos de diferentes regiões: Alto e Baixo Xingu, sul da Amazônia/Centro-Oeste, norte do Pará e Guianas e noroeste amazônico. Os bancos aliam funcionalidade e beleza; ao mesmo tempo que são reconhecidos como objetos de arte e design, preservam sua dimensão religiosa e simbólica: esculpidos em madeira, muitas vezes em formatos de animais, decorados com grafismos ou coloridos com pigmentos diversos, eles espelham o universo cultural e a cosmologia das etnias que os criam. Por sua extensão e importância, a Coleção BEĨ é hoje uma referência em arte indígena brasileira. Seus bancos vêm sendo expostos em instituições do Brasil e do mundo, contribuindo para abrir novos horizontes de reflexão sobre as complexas inter-relações entre as artes tradicionais e a cultura contemporânea.

 

Sobre o Museu Universitário de Arte-MUnA 

O Museu Universitário de Arte-MUnA, criado em 1975, é um órgão complementar do Instituto de Artes da Universidade Federal de Uberlândia, coordenado pelo Curso de Artes Visuais. Constituído por seus espaços expositivos, oficinas de atividades educativas e por seu acervo de obras de arte, documentos históricos e institucionais relativos ao museu, o MUnA tem por finalidade a formação de profissionais e de público para as artes visuais, complementando as atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFU. Instalado oficialmente no ano de 1996, no Fundinho, bairro com vocação cultural, está localizado próximo a Biblioteca Municipal, a Casa da Cultura, a Oficina Cultural e do Uai Q Dança, um local adequado e estratégico como ponto de contato com a comunidade de Uberlândia. O Museu Universitário de Arte conta com um acervo de obras modernas e contemporâneas, espaços expositivos, reserva técnica, sala de conservação e restauro, oficina de ação educativa e auditório com 60 lugares. O MUnA possibilita aos alunos do curso de artes e de outras escolas, à comunidade acadêmica e ao grande público estar em contato direto com trabalhos artísticos, incentivando a produção local e contribuindo na formação cultural da região.

 

Serviço

Museu Universitário de Arte-MUnA 

Abertura: 22 de novembro 2022, das 19h às 22h

Endereço: R. Cel. Manoel Alves, 309 – Fundinho, Uberlândia – MG

Telefone: (34) 3231-9121

E-mail: munadivulgacao@gmail.com

Horário de funcionamento: terça a sexta-feira, das 9h às 18h; sábado e domingo: 13h às 17h.

Período de visitação: 22/11/2022 até 15/01/2023

Informações coleção BEI:  www.colecaobei.com.br | colecaobei@bei.com.br

Leo Junior
Leo Juniorhttps://viralizabh.com.br
Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.
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