Batalha final do Circuito Hip-Hop movimenta BH

Na Região Norte e Venda Nova de BH, em um dos tradicionais redutos da Cultura Hip-Hop da cidade, localizado na esquina da rua Walfrido Teixeira Simões com Wilson Abrão Abdo (Quadra), no Minas Caixa (Norte), terá início a grande batalha final de celebração do “Circuito Hip Hop – Zona Norte e Venda Nova”. A data já está marcada, será no dia 9 de novembro, sábado, das 14h às 21h. A premiação será de R$3 Mil para o/a MC Vencedor (a).

O evento reunirá duelos de MC’s e de dançarinos de Breaking, além de um grafitaço – com a criação de desenhos ao ar livre, durante todo o evento, por artistas do Real Grapixo. A MC Mac Julia está entre as atrações convidadas, que fará o encerramento da programação. O Circuito Hip-Hop – Zona Norte e Venda Nova – é uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Instituto Lumiar.

A programação começa às 14h, ao som do DJ residente Big Bass Theory. Neste momento, os participantes já podem se inscrever na batalha de dança. Em seguida, às 15h, tem duelo de Breaking com os jurados Magu e Chellz, e, logo após intervenção poética.  A primeira Chave Batalha de MCs com os jurados Bárbara Sweet e Buka começa às 17h. Em seguida, Guimá do Zilah se apresenta no formato de Pocket Show. A semifinal e final da Batalha final estão previstas para ocorrer às 19h. Em seguida, o DJ residente Big Bass Theory sobe ao palco novamente. E, às 19h45, acontece a grande final com freestyle do campeão.

Para a Secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, é muito importante a realização deste evento em um espaço tradicional da cultura Hip-Hop em nossa cidade. “Hoje, nos encontramos em um dos pontos mais tradicionais dessa cultura que pulsa com o talento, a criatividade e a força da juventude. Nos últimos anos, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria e da Fundação Municipal de Cultura, tem se empenhado em criar espaços e oportunidades para que a arte urbana floresça e se expanda. A realização deste Circuito é fruto de uma política cultural inclusiva, que reconhece a importância do Hip-Hop e de outras formas de arte para o desenvolvimento social e cultural de Belo Horizonte. Com esse propósito, será inaugurado em breve o Centro de Referência das Culturas Urbanas – Viaduto Santa Tereza, para atender ainda mais as necessidades do setor”.

Para o Presidente da Fundação Municipal de Cultura, Bernardo Correia, o Hip-Hop é uma força transformadora em nossa cidade e no mundo. “É importante não apenas celebrar os talentos que movem essa cultura viva, mas também fortalecer o compromisso com o Hip-Hop, que representa inclusão, criatividade e resistência. Parabéns a todos os artistas e envolvidos que tornaram o Circuito Hip Hop – Zona Norte e Venda Nova uma realidade, demonstrando o poder do Hip-Hop de unir, inspirar e transformar as comunidades”.

CLASSIFICATÓRIAS E OFICINAS

No último mês, o Circuito Hip Hop realizou na região Norte da capital e de Venda Nova, uma série de batalhas de MCs classificatórias – cada uma com prêmio de R$700,00 articulando um calendário já promovido pela juventude Hip-Hop de BH e Região Metropolitana. 

Em paralelo às batalhas classificatórias de outubro, também foram oferecidas oficinas gratuitas sobre o universo da arte urbana, incluindo desde propostas voltadas para a iniciação até outras com foco no mercado, entre elas: “Iniciação ao Graffitti para crianças e jovens”, “Produção Cultural” (oficina on-line) e “Portfólio” (oficina on-line).

CIRCUITO HIP-HOP

O Circuito Hip-Hop tem promovido na cidade uma programação extensa, aberta ao público, com batalhas de MC’s, Breakings, além de oficinas e rodas de conversa que levam aos participantes, informações sobre a profissionalização no mundo do Hip-Hop, com discussões sobre o mercado de trabalho, produção, comunicação, gestão de carreira e discotecagem, entre outros temas.

O Circuito envolve todos os elementos da cultura Hip-Hop (Djing (efeitos e batidas), o MCing (palavras e rimas), o Breaking (corpo e dança) e o Graffiti Writing (traços e cores) e Conhecimento) contemplando artistas de toda a cidade, tendo como Sede de produção, planejamento e realização os Centros Culturais Municipais, além da ocupação de espaços públicos e a colaboração em parceria com artistas, empreendedores, grupos, coletivos, organizações e instituições do entorno do Território.

Avanço das Políticas Públicas

Belo Horizonte consolida seu compromisso com a valorização das culturas urbanas por meio do diálogo com artistas e produtores culturais e a criação de políticas públicas. A Prefeitura tem trabalhado em um Plano Municipal para o setor com foco nos seguintes eixos: Memória, Mapeamento e Salvaguarda; Fomento artístico e cultural; Formação; Institucionalização e Divulgação. Para resguardar as atividades do Hip-Hop em Belo Horizonte e manter esta política pública como um patrimônio cultural, a PBH instituiu o Fórum Permanente de discussão das políticas públicas do Hip-Hop, com encontros que visam promover o diálogo do poder público com os atores e coletivos da Cultura Hip-Hop e das Culturas Urbanas da nossa cidade.

Outro marco recente é a promulgação da Lei Municipal 11.616/2023 que institui o “Programa Municipal de Incentivo à Batalha de Rimas e de MCs, ao Sarau e ao Slam“. Ainda em 2023, por meio do Decreto 18.554, a PBH criou o “Centro de Referência das Culturas Urbanas – Viaduto Santa Tereza“, um espaço dedicado ao fomento das culturas urbanas no coração da capital mineira, que será inaugurado em breve. A criação do Centro de Referência das Culturas Urbanas, a ser gerido pela Fundação Municipal de Cultura, com a participação da sociedade civil, tem como objetivo fortalecer e dinamizar as iniciativas e os movimentos culturais urbanos na cidade. Trata-se de um marco significativo para a cidade de Belo Horizonte, evidenciando o comprometimento da administração municipal em reconhecer, preservar e promover as manifestações urbanas do baixio do Viaduto, território importante e pulsante da capital. Esta ação é também o resultado de um diálogo e olhar atentos para a construção e implementação das Políticas Públicas na cidade, já que a criação de um equipamento cultural no espaço é uma demanda encaminhada pelos movimentos culturais e sociais presentes no Viaduto Santa Tereza, como o Hip-Hop e grupos dos Sketistas, do Rock, Soul, Graffiti, Samba e Forró, além de várias manifestações artísticas no seu entorno, como o Teatro do Grupo Espanca, entre outros.

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