Alice Dote e Carlos Penna são dois artistas nos seus universos próprios, que agora se somam em um caminho de explorações a quatro mãos, desenvolvido entre São Paulo, Ceará e Minas Gerais.
O encontro de ofícios com metais ressignifica os procedimentos das artes plásticas e do design de acessórios na criação de uma série única de objets d’art vestíveis — tanto nas peles quanto nas paredes. Nessa transgressão, a gravura em água-forte extrapola a ideia de matriz, transformada em obra não-reproduzível; em paralelo, a solda industrial ganha contornos escultóricos que complementam e envolvem os corpos criados na ponta-seca. Um jogo tátil que esconde e revela erotismos não-óbvios, secreções subjetivas e traduz o corpo a corpo do processo artístico, envolvendo o trabalho manual e muscular: na língua dos gestos.
As peças, únicas, estarão expostas e disponíveis para compra apenas no sábado (21/10), em seguida, a coleção segue para São Paulo e outras cidades do país. “São 60 peças e vão ter mais reproduções. Belo Horizonte será a única cidade a receber a coleção completa” conta Carlos Penna.
Serviço
Lançamento Carlos Penna x Alice Dote
Data: 21/10 (quinta-feira)
Horário: 11h às 17h
Local: loja Carlos Penna
Rua do Ouro, 1428, Serra – Belo Horizonte
Sobre Carlos Penna
Fundada em 2015, a marca homônima do designer mineiro Carlos Penna vem marcando presença no mercado de acessórios com seus traços característicos. Com o inusitado como DNA, Carlos Penna faz a cada coleção uma catalogação de materiais novos e tenta dar ao máximo novos usos e contextos a texturas do cotidiano – de borrachas a pedras naturais, passando por brita e materiais elétricos. Atualmente, possui duas lojas – SP e BH – além de pontos de venda por capitais em todas as cinco regiões do país, mais doze pontos no exterior.
Sobre Alice Dote
Descobridora e fazedora de imagens, tem produzido entre as diversas expressões das artes visuais (como o desenho, a pintura, a gravura, o muralismo), as artes urbanas, a escrita, e outros modos de fazer com o corpo e com o espaço.
Sustentando o desejo através da imagem, se dedica aos atravessamentos entre um cada vez maior repertório de gestos e visualidades, convocados por um pequeno, mas explorado à exaustão, repertório de motivos — o autorretrato; a nudez e o erótico; o tempo, a ausência e a memória — , operando uma escrita de si que (se) ficcionaliza através do banal cotidiano.
Sua produção e pesquisa também se voltam à cidade, área de interesse desde 2017, quando da criação do coletivo narrativas possíveis (@narrativaspossiveis).