O Festival Acessa BH chega à reta final com uma programação variada e acessível para todos os públicos. Já consolidado no cenário da cultura DEF, o evento mantém seu compromisso de promover a acessibilidade e ampliar a conexão com a arte. Até 29 de setembro, o Festival traz apresentações de teatro, dança, e intervenção urbana, todas gratuitas, com destaque para temáticas ligadas à surdez. Entre as atrações está a peça “Língua”, que será encenada na quinta-feira, 26 de setembro, às 20h, na Funarte, data em que se celebra o Dia Nacional do Surdo. A montagem, dirigida por Vinicius Arneiro, traz à tona os desafios e dilemas enfrentados pela comunidade surda, criando um espaço de reflexão sobre as barreiras comunicacionais e culturais que ainda persistem.
“O espetáculo bilíngue Língua, apresentado em português e Libras, reflete sobre os desafios da comunicação e as barreiras culturais que muitas vezes surgem entre surdos e ouvintes. A peça integra de forma harmoniosa atores surdos e ouvintes, proporcionando uma experiência inclusiva e inovadora no palco”, explica Ademar Alves Jr., surdo oralizado e consultor do Festival. Para ele, a inclusão do espetáculo na programação reforça o empenho do Acessa BH na valorização da cultura surda. “A escolha de Língua para o dia 26 de setembro, Dia Nacional dos Surdos, é especialmente significativa. Essa data celebra as conquistas da comunidade surda no Brasil, marcando a luta pela inclusão, reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e melhores condições de vida, trabalho e educação. Ao exibir o espetáculo nesse dia, o Acessa BH reforça o compromisso com a valorização da identidade surda e promove um espaço de visibilidade e respeito à diversidade linguística e cultural”, completa.
Na sexta-feira, 27 de setembro, às 20h, o Acessa BH traz o espetáculo “Oi, eu estou aqui”, de Tathi Piancastelli, também na Funarte. Com uma abordagem pessoal, a apresentação trata das questões relacionadas à identidade e à inclusão de pessoas com deficiência, trazendo à tona temas como representatividade e visibilidade. Este é o primeiro espetáculo solo profissional atuado e coescrito por uma artista com síndrome de down. A jovem é atriz, empresária, palestrante, digital influencer, escritora e ativista. Multitalentosa, ainda criança Tathi foi inspiração para que Maurício de Sousa desse o nome de “Tati” a uma personagem da Turma da Mônica com síndrome de down.
O sábado, 28 de setembro, será marcado pela apresentação da Kinesis Companhia de Dança com o espetáculo “Escuta”, às 20h no Teatro Raul Belém Machado. A coreografia explora o ato de ouvir, abordando a escuta como um elemento importante nas relações humanas e no diálogo entre diferentes formas de comunicação.
No domingo, 29 de setembro, a programação começa cedo, às 11h, com a intervenção “Librário na Rua”, no Palácio da Liberdade. A iniciativa é resultado da oficina Librário, que acontece dias 27 e 28, e busca levar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para o espaço público, usando lambe-lambes para apresentar expressões básicas em Libras.
O encerramento do festival será com o Sarau Todos Estão Surdos, às 19h no Teatro Raul Belém Machado. O sarau terá apresentações que discutem a comunicação em suas diversas formas, com foco na surdez, oferecendo ao público uma reflexão sobre o diálogo inclusivo. O grupo “Todos Estão Surdos” propõe neste sarau uma experimentação sonora pensada a partir do corpo surdo. Uma apresentação que mistura performances musicais em libras e a poesia sonora, privilegiando os sons de baixa frequência, percebidos primeiramente com o corpo, sendo a audição um fator secundário na apreciação musical deste sarau.
Quem patrocina o Festival Acessa BH
O Festival Acessa BH conta com o patrocínio master da Cemig por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, patrocínio do Itaú Unibanco, Redecard e Instituto Unimed-BH por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Grupo Zelo, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Conta, ainda, com o apoio da Fundação Clóvis Salgado, Funarte MG, Centro Cultural Unimed-BH Minas, Sesc Palladium e Mercure. Uma realização da Vitral Bureau Cultural, Lais Vitral, Governo de Minas Gerais — Governo Diferente, Estado Eficiente e Ministério da Cultura – Governo Federal – União e Reconstrução.
Cemig: a energia da cultura
Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando as diferentes produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia.
Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação.
Apoiar iniciativas como essa reforça a atuação da Cemig em ampliar, no estado, o acesso às práticas culturais e em buscar uma maior democratização dos seus incentivos.
Instituto Unimed-BH
O Instituto Unimed-BH completou 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$190 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,6 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. Em 2022, mais de 20 mil postos de trabalho foram gerados e 2 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
Grupo Zelo
Nascido em Belo Horizonte há sete anos, o Grupo Zelo acredita e investe na diversidade e inclusão de forma constante. A empresa escolheu apoiar o projeto Acessa BH desde o início, porque acredita que a promoção de ações como essa são essenciais não apenas na cena cultural, mas em todos os locais e situações. Comprometidos em apoiar iniciativas que refletem seus valores e contribuem para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa, o Grupo Zelo reafirma seu compromisso em desenvolver um ambiente que valoriza a diversidade e promove a inclusão, tanto internamente quanto nas interações com a comunidade.
SERVIÇO
Festival Acessa BH
Data: 05 a 29 de setembro
Locais: Centro Cultural Unimed-BH Minas, Funarte MG, Palácio das Artes, Palácio da Liberdade, Sesc Palladium e Teatro Raul Belém Machado
Entrada gratuita
Acessibilidade
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Acessibilidade física nos locais, incluindo a permissão para transitar e permanecer nos espaços com cão-guia devidamente identificado (de acordo com a Lei nº 11.126/2005). O Palácio das Artes, o Palácio da Liberdade, a Funarte MG, o Centro Cultural Unimed-BH Minas e o Sesc Palladium possuem cadeira de rodas para empréstimo, se necessário.
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Interpretação em Libras/Português, durante os espetáculos, integrada aos filmes, e nos bate-papos após algumas apresentações.
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Legendas descritivas abertas em todos os filmes.
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Audiodescrição ao vivo durante os espetáculos, e integrada aos filmes.
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Disponibilização de abafadores de ruído, espaços de respiro, sessões de filmes com portas abertas e luzes baixas.
Programação
Língua – Direção: Vinicius Arneiro – Dramaturgia: Pedro Emanuel e Vinicius Arneiro (RJ)
26/09 – Quinta-feira – 20h
Funarte MG
Duração: 70 minutos
Gratuito. Retirada de ingressos 1 hora antes de cada espetáculo, na bilheteria do teatro. 01 par por pessoa.
Oi, eu estou aqui – Tathi Piancastelli (SP)
27/09 – Sexta-feira – 20h
Funarte MG
Duração: 40 minutos
Gratuito. Retirada de ingressos 1 hora antes de cada espetáculo, na bilheteria do teatro. 01 par por pessoa.
Escuta – Kinesis Companhia de Dança (MG)
28/09 – Sábado – 20h
Espaço Cênico Yoshifumi Yagi – Teatro Raul Belém Machado
Duração: 50 minutos
Gratuito. Retirada de ingressos 2 horas antes de cada espetáculo, na bilheteria do teatro ou pelo site da Sympla. 01 par por pessoa.
29/09 – Domingo – 19h
Espaço Cênico Yoshifumi Yagi /Teatro Raul Belém Machado
Duração: 50 minutos
Gratuito. Retirada de ingressos 2 horas antes de cada espetáculo, na bilheteria do teatro ou pelo site da Sympla. 01 par por pessoa.
Oficina Librário, com Flávia Neves (MG)
O Librário é uma Tecnologia Social para inclusão, um jogo que tem o propósito de ensinar Libras brincando. É formado por pares de cartas que possibilita dinâmicas lúdicas e uma infinidade de possibilidades de jogos inclusivos. Busca-se estimular o aprendizado da Libras e, consequentemente, viabilizar a comunicação entre surdos e ouvintes.
25 vagas / Inscrições encerradas
Aulas: 27 e 28 de setembro, das 10h às 13h
Local: Palácio da Liberdade
Intervenção Librário na Rua
29/09 – Domingo, 11h
Palácio da Liberdade
“Librário na rua: Democratizando a Libras no Espaço Público” nasceu da iniciativa da equipe Librário de levar a discussão sobre a acessibilidade à comunicação para além das paredes das instituições de cultura e ensino. Reconhecendo a arte urbana como ferramenta poderosa de transformação social, o projeto utiliza lambe-lambes para apresentar à comunidade palavras e expressões básicas na Língua Brasileira de Sinais (Libras), além de divulgar o aplicativo Librário, que facilita o aprendizado da Libras para ouvintes.
Conteúdo acessível para todos os públicos, com foco na sensibilização e inclusão.