O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (SEEMG) realizou, no dia 23/7/25, uma reunião com o Secretário Municipal de Saúde de Juiz de Fora, Jonathan Ferreira Tomaz, para tratar da crescente violência nas unidades de saúde do município. Pelo sindicato estiveram o presidente e diretor de comunicação da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Anderson Rodrigues, o assessor jurídico do SEEMG, Leonardo Vinícius Ferreira, e Adriano Gourlart.
Durante o encontro, foram apresentados dados alarmantes sobre a violência sofrida por profissionais da enfermagem em todo o país, com destaque para Juiz de Fora. Os relatos incluem agressões físicas, verbais e psicológicas, além de situações recorrentes de desrespeito, ameaças e sobrecarga de trabalho, evidenciando um ambiente de insegurança no exercício da profissão.
A gravidade da situação levou o Secretário Municipal de Saúde a anunciar importantes encaminhamentos: adoção de medidas preventivas no combate à violência, em consonância com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), como o reforço da segurança física nas unidades de saúde e o fortalecimento de políticas de tolerância zero à violência contra os trabalhadores; Implementação de acolhimento e apoio psicológico aos profissionais que sofrerem qualquer tipo de violência, garantindo suporte institucional e proteção no ambiente de trabalho.
Durante a reunião, o presidente Anderson Rodrigues destacou que o problema da violência não se restringe ao setor público. “É fundamental compreender que os impactos da violência ultrapassam o ambiente de trabalho, afetando diretamente a saúde mental, a qualidade de vida e a continuidade da assistência prestada à população”, pontuou.
Para o SEEMG, não basta apontar os problemas: é preciso construir soluções. “Estamos dispostos a dialogar, propor caminhos e colaborar na formulação de políticas públicas que protejam os trabalhadores e fortaleçam o Sistema Único de Saúde (SUS). Como representantes sindicais e, sobretudo, como usuários e defensores do SUS, queremos que o atendimento à população aconteça de forma plena, segura e humanizada, para quem recebe e para quem oferece o cuidado”, finalizou Anderson.