A unidade da Le Cordon Bleu em Belo Horizonte realizou, pela primeira vez em sua história global, uma aula prática dedicada aos queijos artesanais mineiros. A atividade integrou a disciplina de Garde Manger (Cozinha fria) do curso de gastronomia do UniBH e reforçou a parceria com a Rota do Queijo de Minas, idealizada por Jordane Macedo.
A cozinha didática da Le Cordon Bleu em Belo Horizonte recebeu um momento considerado histórico para a gastronomia mineira e para a própria instituição francesa. Pela primeira vez, alunos do curso de bacharelado acompanharam em sala de aula todo o processo de produção de um queijo artesanal de Minas Gerais (QAM), prática inédita no currículo global da escola — referência mundial na formação de chefs e na preservação das tradições culinárias.
A aula foi planejada por Jordane Macedo, fundador da Rota do Queijo de Minas, projeto que conecta regiões produtoras, mestres queijeiros e experiências turísticas em diversas regiões do estado. Ele conduziu a atividade ao lado do produtor Henrique Lamim, da queijaria Rancho Maranata, da cidade de Virgínia (MG), produtor artesanal do queijo Mantiqueira de Minas, que ensinou como se produz um genuíno Mantiqueira de Minas, premiado no Brasil e pelo mundo. Os estudantes acompanharam a produção passo a passo e cada um pôde elaborar sua própria peça, levada para casa para acompanhar a maturação, etapa essencial na identidade sensorial dos queijos artesanais mineiros.
Para Jordane, a aula simboliza um avanço importante na valorização da cultura alimentar regional. “Trazer o queijo artesanal de Minas para dentro da Le Cordon Bleu, de forma técnica, viva e prática, representa uma mudança de patamar para Minas e para quem preserva esses saberes. É uma parceria que reconhece a força do nosso território e a importância de conectar tradição, ensino e experiência real”, afirmou.
A iniciativa acontece pouco mais de um ano após o reconhecimento dos modos de fazer o queijo minas artesanal (QMA) como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, reforçando a relevância histórica e social da prática. O título internacional ampliou a visibilidade do produto e fortaleceu debates sobre preservação, sustentabilidade e identidade gastronômica, temas que agora chegam também ao ambiente acadêmico de uma das escolas de culinária mais respeitadas do mundo.
O encontro integra a estratégia da Rota do Queijo de Minas de aproximar consumidores, turistas, estudantes e profissionais de cozinha dos processos e das histórias por trás dos queijos que moldam a cultura alimentar do estado. Desde sua criação, a Rota ampliou a circulação de visitantes em fazendas, estimulou pequenos produtores e conectou diferentes regiões queijeiras — da Canastra à Mantiqueira, de Araxá a Diamantina, da Serra da Piedade ao Caraça, além de rotas urbanas em Belo Horizonte. O projeto se tornou referência pela capacidade de formar público, fortalecer economias locais e renovar a relação da sociedade com o queijo mineiro.
A aula também apresentou aos alunos a diversidade de perfis sensoriais, técnicas de manejo e práticas de maturação que identificam o queijo artesanal de Minas como um dos símbolos da cozinha mineira. O contato direto com um produtor e com a metodologia tradicional ajudou a evidenciar uma das maiores riquezas gastronômicas do Brasil, ampliando repertórios e consolidando a presença do produto na formação de novos profissionais.
A parceria entre o UniBH, a Le Cordon Bleu e a Rota do Queijo de Minas seguirá com novas ações nos próximos semestres, indicando uma aproximação contínua entre ensino superior, território e patrimônio cultural.
SERVIÇO
Parceria UniBH com Le Cordon Bleu + Rota do Queijo de Minas
Local: UniBH com Le Cordon Bleu – Belo Horizonte (MG)
Ação: Aula prática de produção de queijo minas artesanal
Participação: Jordane Macedo (Rota do Queijo de Minas) e Henrique Lamim (Queijaria Rancho Maranata – Virgínia/MG)
Disciplina: Garde Manger (Cozinha fria) – Curso de Gastronomia
Informações: @rotadoqueijodeminas







