Com a primavera, as árvores florescem e o ambiente se enche de cores. No entanto, para muitos, a estação é sinônimo de espirros, coceira nos olhos e problemas respiratórios. As alergias, principalmente as desencadeadas por pólen, tornam-se mais comuns durante esse período, afetando uma grande parcela da população. Quem conta é a médica pneumologista e docente do Centro Universitário UniBH, Manuela Pierotte: “Neste período temos um aumento das alergias respiratórias, entre elas a rinite alérgica e a asma brônquica, provocadas pelo pólen das flores e pelas particularidades climáticas da estação”, conta.
A rinite alérgica é uma das condições mais comuns, provocada pela inalação do pólen que fica suspenso no ar. Os principais sintomas incluem coriza, espirros frequentes, obstrução nasal e coceira no nariz e nos olhos. Pessoas com histórico de alergias respiratórias são as mais afetadas, mas até quem nunca apresentou sintomas pode desenvolver a condição devido à alta concentração de alérgenos nesta época do ano.
“O pólen é um alérgeno importante e pode desencadear nos pacientes asmáticos crises de falta de ar, chiado no peito e tosse. Nos pacientes com rinite alérgica, a exposição pode provocar congestão nasal, espirros e até mesmo sinusite” revela a especialista acerca dos sintomas mais comuns.
Outra alergia frequente na primavera é a conjuntivite alérgica. Caracterizada pela vermelhidão, inchaço e coceira nos olhos, a condição surge com o contato direto dos alérgenos, como pólen e poeira, com a mucosa ocular. Para evitar o desconforto, é recomendável o uso de óculos de sol e a higienização constante das mãos, já que coçar os olhos pode piorar o quadro.
Além das alergias respiratórias, a primavera também potencializa o aparecimento de alergias de pele. O contato com determinadas plantas, como a hera venenosa, pode causar irritações cutâneas. Além disso, insetos que se tornam mais ativos nesta estação, como abelhas e vespas, podem provocar reações alérgicas severas em pessoas sensíveis às suas picadas, necessitando, em alguns casos, de atendimento médico imediato.
Para aqueles que sofrem de alergias sazonais, a prevenção é a melhor estratégia. Evitar o contato com alérgenos, manter a casa limpa e arejada, além de procurar ajuda médica em casos mais graves, são medidas essenciais para garantir uma primavera mais tranquila e saudável. “Nesse período é fundamental manter o uso das medicações já prescritas pelo médico, bem como procurar atendimento em caso de persistência ou agravamento dos sintomas”, conclui Manuela.
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