Enquanto o PIB do agronegócio brasileiro registrou queda de 2,99% em 2023, conforme divulgou o Centro de Estudos Avançados e Pecuária do Brasil (Cepea), o cooperativismo, que representa uma fatia de 11% dessa produção, caminha em ascensão. Os números que mostram o desempenho do setor, que oficialmente são lançados no mês de julho – em Minas, pelo Sistema Ocemg –, ainda estão sendo consolidados. Mas a expectativa é que as cooperativas continuem puxando para cima a economia brasileira e, especialmente, a agropecuária nacional. “Embora o PIB do agro tenha recuado, no resultado do PIB geral do país, que fechou 2023 com alta de 2,9%, a atividade agropecuária cresceu 15,1%”, lembra o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato. E o cooperativismo foi e continuará sendo decisivo nessa performance”, completa.
O Brasil conta com mais de 1500 cooperativas agropecuárias, que reúnem mais de um milhão de cooperados e geram cerca de 200 mil empregos. Em Minas Gerais, maior produtor de café e a maior bacia leiteira do país, o ramo movimenta R$ 44,8 bilhões, segundo dados do último Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro. “Reunimos 190 mil cooperados e mais de 19 mil trabalhadores no Estado. Nossas cooperativas do agro dobram de tamanho a cada cinco anos e respondem por 37,9% de toda a movimentação econômica do cooperativismo mineiro”, destaca Scucato.
Os benefícios gerados dentro do cooperativismo para o desenvolvimento econômico sustentável no campo vão além da produção e da distribuição, como alerta Scucato. “Afinal, são as cooperativas que garantem ao pequeno produtor a transferência de tecnologia que propicia aumento de produtividade e formação de mão de obra qualificada”.