segunda-feira, agosto 11, 2025
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Óscar da gastronomia mineira: Evento de Premiação da Semana da Gastronomia Mineira e Troféu Eduardo Frieiro

Dia da Gastronomia Mineira é celebrado em 5 de julho

 

No dia 5 de julho, quarta-feira, será realizada a solenidade de entrega do Troféu Eduardo Frieiro, como parte das comemorações da Semana da Gastronomia Mineira. O evento, que aconteceu no Auditório JK da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, com a presença de autoridades, personalidades e apreciadores da gastronomia mineira. Durante a cerimônia, foi destacada a importância da culinária mineira como patrimônio cultural e elemento de identidade do estado e desenvolvimento econômico.

Prêmio tem como objetivo valorizar pessoas e organizações que preservam e promovem a rica culinária mineira. Instituído em 2012 pelo Governo do Estado através da Lei nº 20577, de 21/12/2012, o Dia da Gastronomia Mineira é uma data especial que destaca a importância da gastronomia no estado de Minas Gerais. A Semana da Gastronomia Mineira, realizada anualmente para celebrar essa data, culmina na entrega do Troféu Eduardo Frieiro, uma homenagem ao escritor mineiro que lançou o primeiro livro sobre gastronomia mineira: um ensaio sobre o jeito do mineiro comer. Eduardo Frieiro, membro da Academia Mineira de Letras e fundador da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, foi um grande entusiasta da gastronomia e deixou um legado significativo ao retratar, em sua obra “Feijão, Angu e Couve”, a cultura alimentar dos mineiros.

A solenidade de entrega do Troféu Eduardo Frieiro reuniu um seleto grupo de agraciados, pessoas e instituições que têm se dedicado a preservar e difundir a memória e as receitas centenárias da culinária mineira, além do modo de fazer. Foram premiadas 19 pessoas que, por meio de seu modo de fazer e conhecimento, respeito à cultura e difusão de nossa gastronomia, contribuem para manter viva a tradição e paixão gastronômica do estado. O evento conta com a apresentação do Pomar Cultural e é realizado pelo Instituto Eduardo Frieiro, que tem como missão preservar e promover a gastronomia mineira. Além disso, conta com o apoio de importantes instituições como a Belotur, Frente da Gastronomia Mineira, Primeiro Plano Comunicação.

 Abaixo os agraciados do ano de 2023: 1. Queijo D’Chèvre (Alisson): Alisson é um agricultor familiar e proprietário da D’Chèvre, uma agroindústria de queijos finos autorais em Itaverava. Ele produz leite de cabra e fabrica queijos exclusivos, como Queijo Balido D’Chèvre, Queijo Porão, Queijo Alvura Negra, Queijo Azul D’Chèvre e Queijo Alvura Bleu.

2. Avicultura Sítio do Bunito Ltda: O Entreposto de Ovos Sítio do Bunito é o único certificado em Minas Gerais para a produção de ovos de galinhas caipiras. Eles são assistidos pela Emater-MG e desempenham um papel importante no desenvolvimento da culinária, gastronomia, economia e meio ambiente em Bocaiuva e em toda Minas Gerais.

3. Cooperativa dos Agricultores Familiares de Morro Alto (COOPFAMA): A comunidade rural de Morro Alto, em Bocaiúva, é conhecida pela produção artesanal da melhor farinha de mandioca do país. A farinha é a principal fonte de renda para a maioria das famílias, e a COOPFAMA é responsável pela sua produção e divulgação.

4. Cooperativa de Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região (COOPFAM): A COOPFAM promove a Festa do Café Orgânico e Fair Trade, com concursos gastronômicos e premiação de cafés especiais. Ela também lançou o Projeto Caminhos do Bem, que oferece rotas turísticas pela agricultura familiar. A COOPFAM tem impacto financeiro direto em 500 famílias cooperadas, emprega cerca de 60 colaboradores e atrai turistas de todo o mundo. Além disso, as mulheres da cooperativa criaram o Café Feminino, tanto orgânico quanto sustentável, recebendo reconhecimentos internacionais, como a menção honrosa da ONU em 2018.

5. Marolo de Paraguaçu: A Associação Terra do Marolo, localizada em Paraguaçu, Sul de Minas Gerais, tem como objetivo preservar o fruto nativo do Cerrado chamado marolo. O projeto busca valorizar o fruto, sua presença na história e tradição do município, além de gerar trabalho e renda na agricultura familiar. A associação é composta por produtores rurais, fabricantes de produtos derivados do marolo e outros interessados na preservação do fruto no Cerrado.

6. O’Gin Brazilian Dry Gin: A Destilaria Don Luchesi é reconhecida por produzir o O’Gin Brazilian Dry Gin, um gin artesanal brasileiro que recebeu numerosos prêmios em todo o mundo. Com 55 condecorações em diversos continentes, a destilaria é orgulhosa de sua excelência na produção de destilados. O O’Gin Brazilian Dry Gin recebeu a medalha Platinum no SIP Award nos EUA em 2021 e é considerado o gin brasileiro mais premiado do mundo. A Destilaria Don Luchesi é reconhecida como uma das maiores destilarias do mundo e ostenta o título de Diamante pela Distillery Awards nos EUA.

7. Bruna Martins: Bruna Martins é uma chef mineira que desenvolve uma cozinha baseada em memórias afetivas, com inspiração nas culinárias mineira e brasileira. Ela valoriza os produtores locais, os sabores regionais e busca constantemente novas experiências culinárias em viagens e colaborações com chefs de todo o país. Suas criações são inspiradas nos cadernos de receitas de sua mãe e avós, refletindo o imaginário da mulher dona de casa. Bruna Martins já participou das gravações do programa de Anthony Bourdain, “Parts Unknown”, sobre Minas Gerais, e teve seu trabalho destacado em importantes jornais e revistas, incluindo o The New York Times.

8. Christiane Brandão: Christiane Brandão faz parte de uma família com tradição na produção de queijo, sendo a quinta geração a se envolver nesse ofício. Trabalhando junto com sua filha, que representa a sexta geração, Christiane cresceu em um ambiente rural, testemunhando seu pai trabalhar na produção de queijo e na criação de gado. Após abandonar sua carreira na cidade e retornar à fazenda, ela enfrentou dificuldades e preconceitos por ser uma mulher em um ambiente tradicionalmente masculino. Uma de suas principais lutas é fortalecer o empoderamento e o protagonismo das mulheres rurais para o desenvolvimento sustentável. Christiane recebeu várias premiações, incluindo medalhas de prata no Mundial Queijo Tours na França, medalhas de prata e bronze no Mundial do Queijo no Brasil e uma medalha de bronze no prêmio Queijo Brasil. Em 2022, conquistou o quinto lugar no Concurso Regional do Queijo do Serro.

9. As Doceiras da Lapinha, em Lagoa Santa, são conhecidas por seus deliciosos doces e quitandas, como os de leite, pau de mamão, jabuticaba, goiaba e pequi. Recentemente, foi criada a Rota das Doceiras, um projeto que elevou essas iguarias ao estrelato. A Rota das Doceiras se tornou uma atração turística de destaque na cidade, com o mapeamento dos produtores locais e a realização de feiras e eventos culturais. A produção de doces da Lapinha é uma tradição centenária, transmitida pelas mulheres da região ao longo do tempo. Em 2017, foi registrado como Patrimônio Imaterial do Município. O objetivo do projeto é preservar essa prática e contribuir para o desenvolvimento cultural e turístico da região.

10. Matutu: A Matutu é uma empresa familiar fundada em 2013 por Filipe Thomaz, que inicialmente começou a vender leitões de forma artesanal. Em 2020, a empresa se transformou em uma granja profissional com a entrada de mais quatro sócios: Thales Simões, Priscila Thomaz, Pablo Thomaz e Lucas Pessoa. Esses jovens empreendedores, primos e amigos, compartilhavam o sonho de oferecer um produto de qualidade e inovador no mercado. A Matutu se dedica ao aprimoramento da genética suína, cruzando raças caipiras tradicionais e quase extintas, com o objetivo de oferecer um produto exclusivo e de qualidade. Eles priorizam o bem-estar dos animais em todas as etapas da produção e utilizam o sistema de pastoreio, o que proporciona uma qualidade de vida superior aos animais e resulta em um sabor diferenciado na carne suína. A Matutu Alimentos busca valorizar o cenário da gastronomia mineira, reconhecendo a importância histórica do porco na cultura local.

11. Vinícola Quinca da Lapa: A Vinícola Quinca da Lapa está localizada no Serro, Minas Gerais, em uma das regiões vitiviníferas de crescimento mais rápido no Brasil. Situada na nascente do rio Jequitinhonha, a vinícola adota o sistema de dupla poda com colheita de inverno. A Quinta da Lapa produz diversos tipos de vinhos, incluindo Fino Branco Meio Seco, Fino Tinto Seco e variedades de uvas como Chardonnay, Sauvignon Blanc, Viognier (uvas brancas) e Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Syrah e Tempranillo (uvas tintas). A vinícola busca oferecer vinhos de qualidade que representam a região e contribuem para o cenário da viticultura brasileira.

12. O Museu do Tropeiro é um museu localizado em Ipoema que presta homenagem aos condutores de tropas que desempenharam um papel fundamental na história comercial do país. A diretora do museu, Tayane D’Ávila Campos, destacou a importância cultural dos tropeiros para os moradores de Ipoema e ressaltou que o museu é um marco para a promoção do turismo local e para preservar a história e cultura tropeira. Tayane, que é neta de tropeiro, afirmou que essa cultura está profundamente enraizada nas veias dos moradores de Ipoema e é um legado de amor e reconhecimento aos homens que contribuíram para o desenvolvimento do país. Maurílio Ferreira, um produtor rural aposentado e ex-tropeiro, também elogiou o Museu do Tropeiro. Ele destacou que hoje é raro um dia em que não haja turistas visitando o museu, o que é de grande importância para o distrito de Ipoema.

Maurílio, que nasceu e foi criado em Ipoema, agora se apresenta culturalmente como estalador de chicote. Em termos de reconhecimento oficial, durante a comemoração do 19º aniversário do Museu do Tropeiro, o prefeito Marco Antônio Lage entregou à diretora Tayane D’Ávila Campos uma cópia da Lei 5.331, de 28 de outubro de 2021, que oficialmente criou o Museu do Tropeiro. Anteriormente, desde 2003, o museu já existia fisicamente e funcionava como museu, mas não tinha o reconhecimento legal. Com a nova lei, o museu pode inscrever projetos e buscar recursos para o desenvolvimento do patrimônio por meio de leis de incentivo. O prefeito destacou a importância dessa lei e ressaltou que o museu agora pode receber recursos para preservação e crescimento do espaço, fortalecendo sua capacidade de desenvolver projetos de preservação e promoção da cultura tropeira.

13. Krug Bier: A Grieskirchner Brauerai é uma cervejaria localizada em Grieskirchen, Áustria, fundada no início do século XX. Herwig Gangl, CEO atual da Krug Bier, tornou-se sócio da fábrica por meio de sua família. A cervejaria segue a lei da pureza alemã e produz cervejas de alta qualidade, incluindo a primeira pilsen da Áustria lançada em 1958. Em 1997, Herwig fundou a Krug Bier, a primeira cervejaria artesanal de Minas Gerais, no Brasil. A empresa expandiu sua produção e ganhou visibilidade ao longo dos anos, com a criação de diferentes linhas de cervejas, como a Áustria e a Expressionista. A Krug Bier celebrou seu 20º aniversário em 2017 e continua a escrever sua história com paixão e orgulho em Minas Gerais.

14. A Cachaça Século XVIII é produzida no engenho de Coronel Xavier Chaves, o mais antigo em funcionamento no Brasil, desde 1755. A fazenda foi adquirida pela família de Tiradentes e passada de geração em geração, chegando atualmente à 8ª geração, liderada por Nando Chaves. O engenho produz duas cachaças Santo Grau: a Clássica Santo Grau Coronel Xavier Chaves e a edição especial Cachaça Santo Grau Séc XVIII. A cana-de-açúcar é colhida manualmente, sem queimadas ou produtos químicos, e moída em moendas acionadas por rodas d’água. A fermentação é natural e lenta, seguida pela destilação em alambiques de cobre de pequena capacidade. Apenas o “coração” da destilação é utilizado. O processo rigoroso resulta em cachaças de alta qualidade, com sabores intensos e rica complexidade aromática. A Cachaça Século XVIII representa a tradição e o cuidado envolvidos na produção dessa bebida típica do Brasil.

15. Onésio é um personagem retratado como um típico mineiro do campo, com características singulares e um estilo de vida simples e acolhedor. Na fazenda de Onésio e Dona Helenice, localizada no pé da Serra da Canastra, as coisas são conduzidas de maneira única. Nessa realidade, elementos do cotidiano ganham significados diferentes: a campainha é substituída pelo cachorro, a porta é chamada de porteira e o porteiro é convidado a entrar. A natureza é considerada uma obra de arte, a cozinha funciona como sala de visita, o fogão de lenha substitui a televisão e o computador é representado pela prosa. A simplicidade é valorizada como sinônimo de elegância. A autenticidade e a genuinidade do povo do campo são apreciadas, e aqueles que tentam imitar essa essência são considerados clandestinos.

A fazenda de Onésio e Dona Helenice é conhecida pela produção do queijo Canastra, que é apreciado por sua qualidade e sabor. Dona Helenice guarda o segredo da receita, afirmando que o segredo está no carinho e no amor dedicados à produção diária da massa. Onésio, por sua vez, acredita que a vida é uma escola e prefere o silêncio para não perturbar as vacas. Descobrir os segredos por trás das delícias do Queijo da Canastra nessa fazenda é uma tarefa desafiadora, comparada a procurar algo impossível, como “chifre na cabeça de cavalo”. Esse trecho ressalta a valorização da tradição, do conhecimento passado de geração em geração e da simplicidade como elementos essenciais desse estilo de vida.

16. O Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica é um evento tradicional que está em sua 15ª edição. Sua história foi registrada e imortalizada no livro intitulado “Cozinha da Roça – Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica-MG”. O projeto foi realizado pelo Instituto de Gestão Pública e Projetos (Igepp), em parceria com a Prefeitura Municipal de Itapecerica, e escrito por Josyany de Oliveira Garcia. O livro aborda diversos aspectos relacionados a Itapecerica, desde o declínio do ouro até a prosperidade da vila e cidade por meio da agricultura. Ele explora as fazendas, a produtividade, a fartura e a idealização do festival como uma forma de resgatar a comida rural, que é uma herança dos antepassados, além de destacar os participantes do evento.

A Prefeitura de Itapecerica tem como política incentivar a produção de literatura que esteja relacionada a eventos e tradições da cidade. Outros temas já foram abordados em publicações com a parceria do município, como o Grande Reinado do Rosário, o Festival de Inverno, a arquitetura e a arte religiosa em Itapecerica. O lançamento do livro “Cozinha da Roça – Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica-MG” está programado para o último dia do evento deste ano, em 11 de junho, às 11h30, na Prefeitura. Esse lançamento é uma forma de celebrar a história e as tradições locais, promovendo o conhecimento e a valorização da cultura rural da região.

17. Marcelo Wanderley é um renomado produtor cultural e consultor gastronômico. Ele possui uma vasta experiência no segmento, tendo participado da idealização e produção de diversos eventos gastronômicos de destaque. Alguns desses eventos incluem o Congresso Mineiro de Gastronomia, o Fuegos Festival e o Prazeres da MESA. Além disso, Marcelo Wanderley é o diretor e idealizador da CUMBUCCA, uma multiplataforma de turismo gastronômico e gastronomia. Ele também ocupa o cargo de secretário executivo da Frente da Gastronomia Mineira, uma iniciativa que visa promover e valorizar a gastronomia do estado de Minas Gerais. Marcelo Wanderley também faz parte do Plano de Desenvolvimento da Cozinha Mineira e é membro do Conselho Curador da Mineiraria – Casa da Gastronomia Mineira. Sua atuação na área da gastronomia demonstra seu compromisso em fomentar e fortalecer a cultura gastronômica, promovendo eventos, projetos e iniciativas que destacam a riqueza culinária e os talentos locais. Sua experiência e envolvimento em diversas esferas da gastronomia o tornam uma figura importante e influente nesse setor.

18. A Panela Mineira é uma empresa que está presente no mercado há mais de 50 anos, fabricando utensílios domésticos em ferro fundido. No entanto, eles vão além de simplesmente produzir utensílios, pois se dedicam a criar memórias deliciosas que são passadas de geração para geração. Suas panelas e produtos estão presentes no dia a dia de muitas famílias, contribuindo para momentos inesquecíveis compartilhados entre familiares e amigos, seja na cozinha, em restaurantes, churrasqueiras, fogões a lenha, mesas de jantar, nas cidades ou no campo. O processo produtivo da Panela Mineira é encantador, mesmo que rústico. Eles utilizam uma técnica milenar para transformar o ferro gusa em um produto semiartesanal, passando pelas etapas de modelagem, fusão, acabamento e cura.

Cada produto é cuidadosamente trabalhado pelas mãos de diversos profissionais que são obcecados por qualidade. Ao longo dos anos, a empresa tem evoluído constantemente em termos de qualidade, design e acabamento de seus produtos. Atualmente, são reconhecidos como a melhor panela de ferro do Brasil, atendendo aos mais altos padrões de exigência internacionais. A Panela Mineira também está comprometida em minimizar os impactos ambientais em seu processo produtivo. Eles utilizam energia de fontes renováveis, reciclam a água e a matéria-prima, reduzindo os rejeitos. Além disso, para reduzir a emissão de gases poluentes provenientes de combustíveis fósseis, substituíram o forno tradicional, que utilizava carvão mineral, por um forno de indução elétrico de alta tecnologia para a fusão da matéria-prima. Dessa forma, trabalham de forma contínua para aprimorar seus processos de produção e se tornarem cada vez mais sustentáveis.

19. A adoção da técnica da dupla poda da videira na região Sudeste do Brasil teve um papel fundamental no destaque da produção de vinhos finos. O protagonismo de Murillo de Albuquerque Regina, pesquisador da Epamig, foi essencial no desenvolvimento e aplicação dessa técnica. A dupla poda consiste em realizar duas podas anuais na videira, invertendo o ciclo de crescimento. Isso permite que o período de maturação e colheita das uvas ocorra no inverno, quando as condições climáticas são mais favoráveis, com menor incidência de chuvas e uma amplitude térmica maior. Os vinhos de inverno produzidos no Sudeste do Brasil têm conquistado reconhecimento em concursos nacionais e internacionais devido à sua qualidade. Esse reconhecimento tem impulsionado o setor produtivo a investir na formação de novos vinhedos e na construção de vinícolas.

Atualmente, existem vinhedos em oito das 12 mesorregiões de Minas Gerais, além de áreas produtoras nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, região Centro-Oeste e Chapada Diamantina. A prática da dupla poda começou a ser testada no início dos anos 2000, quando Murillo de Albuquerque Regina, após concluir seu doutorado na França, percebeu que as condições climáticas do Sul de Minas Gerais, semelhantes às regiões vinícolas francesas, eram propícias para a produção de uvas de qualidade. Durante os meses de maio a agosto, o Sul de Minas apresenta um clima ideal, com dias ensolarados, noites frias e solo seco, características favoráveis para a produção de vinhos finos. Os primeiros vinhos produzidos com a técnica da dupla podam foram lançados no início da última década e logo conquistaram reconhecimento no cenário gastronômico, além de receberem premiações nacionais e internacionais. Atualmente, a prática tem se expandido para outras regiões do Brasil que possuem características semelhantes, como amplitude térmica, altitude e baixa precipitação durante o inverno

Leo Junior
Leo Juniorhttps://viralizabh.com.br
Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.
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