Museus Municipais do Centro de BH celebram o Mês da Consciência Negra com atividades para o público

Para celebrar o Mês da Consciência Negra, será realizada uma programação especial que exalta a presença negra na cultura brasileira com um cardápio de atividades que envolve mergulhar em experiências sensoriais e artísticas de matriz africana, trazendo para dentro dos espaços museais realizadores com forte representatividade na capital mineira.

A Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com o Viaduto das Artes, realiza programação conjunta do Museu da Moda (MUMO), Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte (MIS BH) e Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB), para celebrar a data. Serão realizadas as seguintes atividades: Oficina de brincadeiras africanas e afro-brasileiras, Oficina de Adereços Africanos e Carnavalescos, Bicho Folha: Educação ambiental afrocentrada e, encerrando a programação, haverá uma experiência interativa na ação Ervas e Bença: Encontro sensorial com a experimentação das ervas e plantas medicinais. Todas as atrações são gratuitas.

Para a Secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, a programação foi cuidadosamente pensada para oferecer uma experiência que vai além do olhar. “Incluímos atividades sensoriais e artísticas que nos conectam com as raízes e expressões culturais afro-brasileiras. Para nós, é essencial que os museus de Belo Horizonte sejam espaços vivos de representatividade e pertencimento. Acreditamos que, assim, o público poderá refletir sobre a riqueza cultural que a presença negra acrescenta ao nosso patrimônio coletivo”.
O Presidente da Fundação Municipal de Cultura, Bernardo Correia, chama a atenção para o fortalecimento da vivência e conexão de novas experiências nos espaços museais. “Nossa proposta não é realizar uma ação isolada no mês da consciência negra, mas manter um exercício contínuo para promover a convivência e o protagonismo desses grupos que têm sido historicamente invisibilizados. Queremos ampliar as possibilidades e as ofertas de novas experiências nos museus públicos.”

PROGRAMAÇÃO

No dia 20 de novembro, data em que se exalta o Dia da Consciência Negra, será realizada a ação “Oficina de Adereços Africanos e Carnavalescos com Afoxé Ilê Odara, que acontece das 14h30 às 16h30, no Museu da Moda.  O Afoxé Ilê Odara é um grupo de tradição, ancestralidade e resiliência, fundado em 1979 pela Ialorixá Mãe Gigi. Primeiro Afoxé de Belo Horizonte, tem como objetivos divulgar a cultura negra e abrir espaço para inserção do povo negro na sociedade, lutando contra o racismo. Referência no Carnaval de rua de Belo Horizonte, o Ilê Odara compartilha os conceitos e as técnicas por trás dos adereços que encantam os foliões todos os anos.  Para participar da atividade, basta fazer a inscrição pelo e-mail mumo.fmc@pbh.gov.br.

No dia 23 de novembro, a partir das 9h30, o Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) realiza a oficina “Bicho Folha: Educação ambiental afrocentrada”, que convida o público a desenvolver experiências artísticas sobre educação ambiental pela perspectiva da cultura africana e afrodescendente. A atividade será realizada pelo coletivo Minhas Plantas, Meu Quintal, que trabalha na preservação dos saberes ancestrais de matriz africana. A oficina é aberta a crianças, adolescentes e adultos e não é necessária inscrição prévia.

Encerrando a programação, no dia 30, às 9h30, o Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte proporciona uma experiência interativa na ação “Ervas e Bença: Encontro sensorial com a experimentação das ervas e plantas medicinais”, com a participação de mestres e raizeiras da cultura de matriz africana, que será realizado pelo coletivo Minhas Plantas, Meu Quintal e Casa Pai Francisco de Angola e Mãe Maria Conga.

SOBRE OS MUSEUS

O Museu da Moda de Belo Horizonte (MUMO), inaugurado em 2016, surgiu como uma evolução do Centro de Referência da Moda, tornando-se, então, o primeiro museu público de moda do Brasil e importante marco para o reconhecimento da moda como bem cultural da capital. Os espaços da instituição são entendidos para além de exposições, encontrando-se também abertos para criação, fruição e experimentação.

O Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte (MIS BH) tem a missão de garantir o acesso aos acervos audiovisuais representativos da produção local, trabalhando na perspectiva de sua preservação, englobando a catalogação, tratamento, guarda, pesquisa e divulgação. A instituição conjuga suas atividades de conservação com projetos destinados ao acesso e difusão do acervo, como ações de educação patrimonial, pesquisas agendadas, mostras de filmes, exposições e oficinas de preservação fílmica.

O Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB), foi inaugurado como museu da cidade em 1943, e dedica-se à história, à pesquisa, à produção e à difusão do conhecimento sobre Belo Horizonte. Situado no bairro Cidade Jardim, seu conjunto arquitetônico compreende o casarão secular, sede da antiga Fazenda do Leitão, construído em 1883, o edifício-sede, inaugurado em dezembro de 1998, o palco ao ar livre e os jardins concebidos como local de educação e lazer. Na área externa, estão em exposição permanente os acervos de grande porte, como o bonde elétrico, a locomotiva a vapor, o coche, carro de boi, entre outros.
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