Pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio revela que 75% dos estudantes brasileiros sonham em estudar fora do país
Viajar para estudar no exterior pode proporcionar diversos benefícios para quem tem a oportunidade de vivenciar essa experiência. Crescimento pessoal e boa visibilidade no mercado de trabalho são alguns dos pontos positivos, além de ampliar o conhecimento de novas culturas, conhecer novas pessoas, aperfeiçoar um outro idioma, entre outros. É por esse motivo que a maioria dos estudantes brasileiros têm o plano de estudar fora do país – 75% deles, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio. O estudo também constatou que 15,4% dos interessados planejam fazer intercâmbio ainda no segundo semestre deste ano e 28,6% dos entrevistados pretendem viajar para outro país no 1º semestre de 2024.
Segundo o chefe acadêmico do Instituto Cervantes, Sergio Bermejo, estudar no exterior vai muito além de aprender um novo idioma. “Além do benefício de desenvolver e aperfeiçoar uma outra língua, ampliando a visibilidade no mercado de trabalho e na vida acadêmica, a experiência de vida e cultural que essas viagens trazem também são um ponto que merece destaque. Viver o dia a dia de um país diferente, conhecer seus costumes e sua história é uma experiência extremamente enriquecedora”, comenta.
Certificações de idioma
Vários países exigem formação mais avançada e certificação internacional do idioma para o exercício de algumas atividades. Por esse motivo, muitas pessoas ao se cadastrarem para concorrer às bolsas de intercâmbio, ingressar em cursos de graduação, ou até mesmo a uma vaga de emprego no exterior, são pegas de surpresa ao ser exigido apresentar a certificação de língua estrangeira. Os exames de proficiência garantem que o candidato tenha um certo domínio do idioma. Para difundir a cultura e o ensino de espanhol no Brasil, o Instituto Cervantes, órgão oficial do governo da Espanha, além de oferecer cursos de especialização no idioma, é o responsável por realizar os exames de proficiência.
O DELE é o diploma oficial que atesta o grau de competência e domínio do idioma. Ele é conferido pelo Instituto Cervantes em nome do Ministério de Educação e Formação Profissional da Espanha e reconhecido internacionalmente entre instituições e autoridades educativas públicas e no meio empresarial e comercial.
Além do DELE, com o intuito de ajudar as pessoas que precisam receber a certificação em espanhol de forma mais ágil, o Instituto Cervantes, a Universidad Nacional Autónoma de México, a Universidad de Salamanca e a Universidad de Buenos Aires idealizaram as provas do SIELE (Serviço Internacional de Avaliação da Língua Espanhola). A certificação oferece quatro modalidades e segue o Marco Comum Europeu de Referência (MCER). É completamente digital (inscrição, realização das provas, resultados e certificado) e os resultados saem em até três semanas (prazo máximo).
Cursos no exterior
Para ampliar a disseminação da língua e cultura espanhola, além dos cursos ministrados em sua rede de centros ao redor do mundo, o Instituto Cervantes organiza, todos os anos, em parceria com órgãos do governo e outras instituições, programas de cursos na Espanha, administrados a partir de sua sede.
Há opções em Alcalá de Henares, Granada, Madrid e Toledo. Em todos os casos, os programas promovem formação linguística, com sessões de formação em sala de aula na parte da manhã, e cultural por meio de imersão e visitas guiadas em locais de interesse cultural e turístico de cada cidade à tarde.