Um dos jovens solistas de maior evidência no cenário musical norte-americano, Steven Banks, faz sua estreia no Brasil com a Filarmônica de Minas Gerais executando duas importantes obras para saxofone. Com o melódico Albireo Mode do japonês Takashi Yoshimatsu e a célebre Fantasia de Villa-Lobos, o saxofonista apresenta diferentes possibilidades do instrumento. O regente convidado Roberto Tibiriçá finaliza este concerto com a vigorosa Quarta Sinfonia de Tchaikovsky. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais.
Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Instituto Cultural Vale e Banco Inter, com patrocínio da Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Roberto Tibiriçá, regente convidado
Roberto Tibiriçá recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire, Gilberto Tinetti e Peter Feuchwanger. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho. Já atuou como regente assistente no Teatro Nacional de São Carlos, em Portugal, e diretor artístico da Orquestra Sinfônica Brasileira. Também foi diretor artístico e regente titular da Petrobras Sinfônica, Sinfônica de Campinas e da Filarmônica de São Bernardo do Campo. Atuou como diretor artístico da Sinfônica Heliópolis/Instituto Baccarelli e regente titular da Sinfônica de Minas Gerais e da Orquesta Sinfónica del Sodre, no Uruguai. Na Petrobras Sinfônica, teve iniciativas elogiadas para divulgação e estímulo à música brasileira, como concertos com repertório de compositores nacionais contemporâneos e concursos para jovens solistas, regentes e compositores. Há alguns anos é convidado para o Festival Villa-Lobos, na Venezuela, regendo concertos com a Orquestra Simón Bolívar.
Steven Banks, saxofone
Uma das vozes emergentes no cenário da música norte-americana, Steven Banks foi o primeiro saxofonista a conquistar o prêmio principal da Young Concert Artists, em 2019. Formado pela Universidade de Indiana, possui especialização em estudos de jazz pela mesma instituição e é Mestre em Música pela Northwestern University. Como solista, esteve em diversos festivais nos Estados Unidos, além de acumular performances com as orquestras de Cleveland e do Colorado. Reconhecido por ser um artista empenhado em repensar e expandir os limites da música clássica, Banks defende mais diversidade e inclusão como forma de superar o preconceito institucionalizado contra mulheres e pessoas não brancas no meio artístico. Em 2022, foi agraciado com o Avery Fisher Career Grant, iniciativa vinculada ao Lincoln Center for the Performing Arts que busca assistir artistas com grande potencial para carreira solo.
Repertório
Takashi Yoshimatsu (Tokyo, Japão, 1953) e a obra Concerto para saxofone soprano, op. 93, “Albireo Mode” (2005)
Considerado um dos mais importantes compositores japoneses vivos, Takashi Yoshimatsu destaca-se pelo seu apreço à estética do neorromantismo, que ele combina de maneira singular com influências da música tradicional de seu país, do jazz e do rock progressivo. Em 1994, Yoshimatsu escreveu seu primeiro concerto para saxofone, intitulado Cyber-bird, e o dedicou ao conterrâneo Nobuya Sugawa. Anos mais tarde, Sugawa o procurou novamente para que considerasse a ideia de um novo concerto, desta vez para sax soprano. Yoshimatsu embarcou, então, na composição de uma peça que fizesse contraponto ao “movimentado” Cyber-bird, ressaltando uma faceta mais “calma” do instrumento. Assim nasceu Albireo Mode, cujo nome é inspirado em uma estrela binária da constelação de Cygnus (Cisne). Segundo Yoshimatsu, seu objetivo era acentuar dois pares de características opostas e complementares do saxofone soprano. Por isso, cada estrela representa um movimento do concerto: o primeiro, “Topaz”, remete ao brilho amarelado da primeira estrela, simbolizando a tranquilidade e a beleza; o segundo, “Sapphire”, remete ao brilho azul-esverdeado da segunda, simbolizando o calor e a profundidade.
Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 1887-1959) e a obra Fantasia para saxofone soprano e orquestra (1948)
A primeira vez que Villa-Lobos utilizou o saxofone em uma de suas composições foi no ano de 1912, na marcha Pro-pax. Desde então, o instrumento virou presença recorrente nas suas criações, aparecendo, por exemplo, em seis números da sua série de Choros e também na Bachianas Brasileiras nº 2 (inclusive, a primeira obra de câmara brasileira que traz o saxofone é o Sexteto místico, escrita por Villa-Lobos em 1927). A Fantasia para saxofone é de 1948, mas só foi estreada três anos depois, com a Orquestra de Câmara do MEC, sob regência do próprio Villa-Lobos, e com Waldemar Szpilman como solista. O sax é acompanhado pelas cordas e por três trompas. A peça se tornou a mais popular de todo o mundo para o saxofone soprano e, através dela, é possível conhecer um pouco da riqueza e originalidade características do universo sonoro de Villa-Lobos.
Piotr Ilitch Tchaikovsky (Votkinsk, Rússia, 1840 – São Petersburgo, Rússia, 1893) e a obra Sinfonia nº 4 em fá menor, op. 36 (1877/1878)
A composição da Sinfonia nº 4 está intimamente ligada ao aparecimento de Nadezhda von Meck na vida de Tchaikovsky. Musicista amadora e excelente administradora, mantinha um grupo de artistas à sua disposição. Em 1876, encomendou a Tchaikovsky uma peça para violino e piano. Nascia aí um amor platônico e obsessivo e um caso duradouro de mecenato. Madame von Meck depositava mensalmente uma soma considerável de rublos para o compositor, destinada a liberá-lo de dar aulas para sobreviver, dedicando-se inteiramente à composição e às viagens. Os dois trocaram mais de mil cartas e a única imposição feita por von Meck foi a de que nunca se encontrassem pessoalmente. Os primeiros esboços da Quarta Sinfonia datam de fevereiro de 1877. Na época, além de ocupado com a composição da ópera Eugene Onegin, Tchaikovsky embarcara em um casamento desastrado com sua antiga aluna Antonina Miliukova. A orquestração dos três primeiros movimentos foi concluída em Veneza, no mesmo ano. A conclusão de seu amado opus 36 viria no dia 7 de janeiro de 1878, em San Remo. Considerada pelo compositor como uma de suas melhores obras, a Sinfonia nº 4 foi, naturalmente, dedicada a Mme. von Meck.
Serviço:
Filarmônica de Minas Gerais
Série Allegro
9 de novembro – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Vivace
10 de novembro – 20h30
Sala Minas Gerais
Roberto Tibiriçá, regente convidado
Steven Banks, saxofone
T. YOSHIMATSU Concerto para saxofone soprano, op. 93, “Albireo Mode”
VILLA-LOBOS Fantasia para saxofone soprano e orquestra
TCHAIKOVSKY Sinfonia nº 4 em fá menor, op. 36
INGRESSOS:
R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo
São aceitos:
- Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
- Pix
ORQUESTRA
FILARMÔNICA DE
MINAS GERAIS
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.
Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.
O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, entre eles o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.
Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, os Clássicos na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.
A Orquestra possui 11 álbuns gravados, entre eles três que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.
Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 80 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.
A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.
A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.
A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.
Os números da Filarmônica (2008 a junho/2023)
1.467.778 espectadores
1.161 concertos realizados
1.278 obras interpretadas
119 concertos em turnês estaduais
39 concertos em turnês nacionais
9 concertos em turnê internacional
606 notas de programa publicadas no site
225 webfilmes publicados (20 com audiodescrição)
1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral
4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica
11 CDs lançados
1 Indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado – Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico)