quinta-feira, dezembro 26, 2024
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Filarmônica de Minas Gerais recebe o pianista francês Jonathan Fournel para interpretar Ravel nos dias 11 e 12 de julho, às 20h30, na Sala Minas Gerais

O pianista francês Jonathan Fournel retorna à Sala Minas Gerais numa noite dedicada à música francesa para interpretar, junto à Filarmônica de Minas Gerais, o Concerto para a mão esquerda em Ré maior, de Ravel. Do vigor rebelde representada pela forte personalidade de Berlioz, em Rob Roy: Abertura, ao requinte “impressionista” da aquarela de sons explorada por Debussy, em La Mer, a Orquestra percorre uma infinidade de emoções neste programa rico e diverso, que se inicia com D’un matin de printemps de Lili Boulanger. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais, e as apresentações serão nos dias 11 e 12 de julho, às 20h30. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira).

 

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Inter, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, conta com o patrocínio da Gasmig. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente titular

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense; dirigiu a Sinfônica Nacional da Colômbia e estreou no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico. Na Argentina, conduziu a Filarmônica do Teatro Colón, com a qual se apresentará novamente em 2024.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros. Fabio Mechetti é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School de Nova York.

Jonathan Fournel, piano

 

Vencedor do Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica em 2021, Jonathan Fournel nasceu na pequena comuna francesa de Sarrebourg e começou a tocar piano aos sete anos. Estudou na Escola Superior de Música de Saarbrücken (Alemanha), com Robert Leonardy e Jean Micault, e no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, onde foi aluno de Bruno Rigutto, Brigitte Engerer, Claire Désert e Michel Dalberto. Venceu também o Concurso Internacional de Piano Gian Battista Viotti (2013) e a Competição Internacional de Piano da Escócia (2014). Como solista, apresentou-se com a Orquestra Nacional de Lorraine, a Orquestra de Rádio e Televisão em Zagreb, a Sinfônica de Jiangsu, a Donna Musica, a Orquestra Nacional Real da Escócia e outras. Desde 2016, Fournel é artista residente na Queen Elisabeth Music Chapel, na Bélgica, sob orientação de Louis Lortie e Avo Kouyoumdjian. Tocou pela primeira vez com a Filarmônica em 2023 e, na Temporada 2024, retorna à Sala Minas Gerais para executar um concerto de Ravel, em uma noite toda dedicada à música de sua terra natal.

 

Repertório

 

Lili Boulanger (Paris, França, 1893 – Mézy-sur-Seine, França, 1918) e a obra D’ um matin de printemps (1918)

 

Desde os dois anos de idade, Marie-Juliette Olga Boulanger mostrou aptidão muito acima da média para a música, um dom que foi rapidamente percebido e incentivado por seus pais, Raïssa Mischetzky e Ernest Boulanger, eles próprios compositores e instrumentistas bem-sucedidos. Entretanto, a pequena Lili, como era chamada, adoeceu de uma pneumonia aguda ainda criança, cujas sequelas lhe deixaram com a saúde frágil para o resto da vida.

Em 1913, então com 19 anos, a jovem venceu o famoso Prix de Rome com a cantata Fausto e Helena. Foi a primeira mulher na história a receber o prêmio, feito que lhe garantiu projeção na cena musical parisiense ao lado de sua irmã mais velha, Nadia Boulanger, excepcional pianista e também um talento promissor na arte da composição. Infelizmente, o destino foi cruel com Lili, e ela viria a falecer em março de 1918, com apenas 24 anos. Sua irmã Nadia nunca mais compôs, mas tornou-se professora e regente de grande renome internacional.

Apesar de ter vivido pouco, Lili deixou um catálogo considerável e arriscou-se, com brilhantismo, por diferentes estilos. D’un matin de printemps (“De uma manhã de primavera”, em tradução livre) foi, junto de seu par D’un soir triste (“De uma noite triste”), a última peça escrita por ela sem a ajuda da irmã. Seu tema é apresentado em uma dança alegre, com forte influência de Debussy na repetição dos acordes. Segue-se um movimento mais lento e misterioso, que precede o encerramento eloquente. Trata-se de uma das obras mais otimistas de Lili Boulanger, um lampejo breve, mas incontestável, de seu imenso potencial.

 

Maurice Ravel (Ciboure, França, 1875 – Paris, França, 1937) e a obra Concerto para a mão esquerda em Ré maior (1929/1930)

 

No Concerto para a mão esquerda em Ré maior, os vestígios da Primeira Grande Guerra irrompem como um brado de superação. A obra foi encomendada pelo pianista austríaco Paul Wittgenstein, cujo braço direito fora amputado durante a Guerra. Entretanto, malgrado as circunstâncias que envolvem sua concepção, o Concerto não deixa escapar, diante das vicissitudes, o menor sinal de limitação. Não há concessões, é uma obra densa e virtuosística: diante de um numeroso efetivo instrumental, o piano ora dialoga, ora deixa que outras vozes cantem, ou ainda se contrapõe, com vigor, às investidas do tutti orquestral. Além disso, em duas cadências, o piano, a sós, comenta e expande a expressividade de temas que circulam pela partitura – com vigor e dramaticidade, na cadência após a seção introdutória e, quase ao final do concerto, com delicadeza e intimismo. O Ravel compositor do Bolero, ou de La Valse, pode levar a esquecer o Ravel compositor de um importante catálogo de obras pianísticas. No Concerto para a mão esquerda, ambos nos oferecem, com essa pedra de toque do repertório para piano e orquestra, a experiência de um interesse continuamente renovado.

 

Hector Berlioz (La Côte- Saint-André, França, 1803 – Paris, França, 1869) e a obra Rob Roy (1831)

 

Nas páginas da literatura, uma de suas paixões mais antigas e conhecidas, Hector Berlioz encontrou a inspiração para boa parte de suas criações. Entre elas, estão duas aberturas baseadas em obras do escritor escocês Walter Scott, o principal expoente do romance histórico no período: Waverley e Rob Roy. Os textos originais, publicados em 1814 e 1817 respectivamente, abordam os levantes jacobitas ocorridos na Grã-Bretanha na primeira parte do século XVII, quando partidários de James II, rei recém-deposto, lutaram para restabelecer a dinastia Stuart como herdeira do trono britânico.

Seguindo a tradição de Beethoven e Mendelssohn, Berlioz compôs essas aberturas como peças independentes, sem pretensão de que precedessem uma ópera. Rob Roy foi escrita em 1831, cerca de cinco anos após Waverley, quando Berlioz estava em visita à Itália para participar do Prix de Rome. Assim como outras aberturas do compositor, o texto externo serve não apenas como ponto de partida, mas como elemento de coesão e unidade. O tema do protagonista, um revolucionário escocês com ares de Robin Hood, aparece primeiro nas trompas. A harpa e o corne inglês também desempenham papéis de destaque, ajudando a construir uma ambientação melódica que remete às Highlands do norte britânico.

Como muitas outras obras de Berlioz, Rob Roy não foi bem recebida na estreia. Frustrado, o próprio autor chegou a considerá-la excessivamente “longa e difusa”, e, anos depois, retrabalhou seus temas para a sinfonia Haroldo na Itália. Apesar disso, Rob Roy é uma abertura de grande vivacidade e um belo exemplar desse encontro entre música e literatura que tanto marcou o período romântico e, mais especialmente, o fazer criativo de Berlioz.

 

Claude Debussy (Saint-Germain-en-Laye, França, 1862 – Paris, França, 1918) e a obra La Mer (1903/105)

 

Entre 1904 e 1905, Debussy elabora ou conclui algumas de suas obras mais importantes, entre elas a orquestral La mer. No plano pessoal, porém, ele passa por um momento turbulento: em junho de 1904, abandona sua esposa Lily, com quem estava casado havia cinco anos, e passa a viver com a cantora Emma Bardac. Em razão disso, Lily tenta o suicídio em outubro. Foi um escândalo social. Todavia, Debussy e Emma continuam juntos, obtêm os respectivos divórcios e passam a habitar uma bela mansão em Paris. No outono de 1905, nasce a única filha do casal, Claude-Emma, a quem Debussy chamava carinhosamente Chouchou. Nesse mesmo outono é estreada La mer, cuja composição fora iniciada dois anos antes. A obra não foi bem recebida – nem tampouco as outras da mesma safra –, talvez muito em função do escândalo de seu rompimento com Lily e de sua união com Emma. No entanto, trata-se de uma peça fundamental na linguagem debussyana, e uma das mais significativas do nosso tempo. Aqui, o compositor francês deixa de vez de se interessar pela dureza da tonalidade. Interessa-lhe muito mais a fluidez sempre cambiante que observa no mar, e que transpõe para o plano sonoro, reinventando com aguda personalidade a música e a linguagem musical.

 

Filarmônica de Minas Gerais

 

Série Allegro

11 de julho – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Vivace

12 de julho – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Fabio Mechetti, regente

Jonathan Fournel, piano

L. BOULANGER       D’um matin de printemps

RAVEL                    Concerto para a mão esquerda em Ré maior

BERLIOZ                Rob Roy: Abertura

DEBUSSY               La Mer               

INGRESSOS:

R$ 39,60 (Mezanino), R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 72 (Balcão Palco), R$ 92 (Balcão Lateral), R$ 124 (Plateia Central), R$ 160 (Balcão Principal) e R$ 180 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos:

  • Cartões das bandeiras American Express, Elo, Mastercard e Visa
  • Pix

 

 

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

 

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. A Orquestra já havia recebido o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 13 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 80 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Os números da Filarmônica (2008 a dezembro/2023)

 

1.543.738 espectadores
1.231 concertos realizados
1.360 obras interpretadas
126 concertos em turnês estaduais
42 concertos em turnês nacionais
9 concertos em turnê internacional
94 concertos transmitidos ao vivo
606 notas de programa publicadas no site
231 webfilmes publicados
1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral
4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica
13 CDs lançados
1 Indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado – Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico)

Leo Junior
Leo Juniorhttps://viralizabh.com.br
Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.
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