quinta-feira, julho 31, 2025
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Filarmônica de Minas Gerais apresenta a Hora Espanhola de Ravel com grandes nomes da música de concerto nos dias 5 e 6 de junho, às 20h30, na Sala Minas Gerais

Dois importantes compositores exploram o conceito de tempo sob diferentes perspectivas. Com a influência hispânica sempre marcante na obra de Ravel, a temática se evidencia com o refinamento típico do autor em sua ópera A Hora Espanhola, a ser apresentada pela Filarmônica de Minas Gerais nos dias 5 e 6 de junho, às 20h30, na Sala Minas Gerais, com um talentoso elenco sob a regência do maestro Fabio Mechetti e direção de cena de Ronaldo Zero. São eles: a soprano Marly Montoni (Concepción), o barítono Michel de Souza (Ramiro), o tenor Enrique Bravo (Gonzalve), o baixo Savio Sperandio (Don Iñigo Gomez) e o tenor Vitorio Scarpi (Torquemada) Paralelamente, o movimento dos ponteiros do relógio dá o tom de uma das sinfonias mais maduras de Franz Joseph Haydn, a Sinfonia nº 101 em Ré maior, “O Relógio”. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Governo de Minas Gerais por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Mantenedor: Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Patrocínio: Itaú Unibanco. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Governo de Minas Gerais, Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro Fabio MechettiDiretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais

 

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro maestro brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane, da qual é Regente Laureado.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich, na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles, os de Grant Park, em Chicago, e Chautauqua, em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige, regularmente, várias orquestras na Escandinávia, na Itália, na Espanha, na Escócia, e várias orquestras latino-americanas, destacando-se a Filarmônica do Teatro Colón, e as Filarmônicas e Nacional da Colômbia.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Estadual de São Paulo, a Sinfônica Brasileira, as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro, a Petrobrás Sinfônica, entre outras. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Antonio Meneses, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie e Kathleen Battle, entre outros. Fabio Mechetti é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School de Nova York.

Ronaldo Zero, direção de cena

 

Como diretor cênico e diretor assistente, Ronaldo Zero foi responsável por algumas das principais óperas encenadas no Theatro Municipal de São Paulo e no Theatro São Pedro nos últimos anos, além de musicais e espetáculos de dança. Entre os trabalhos recentes, destacam-se as montagens de Devoção (J.G. Ripper) no Palácio das Artes; María de Buenos Aires (Piazzolla), pela qual recebeu o Prêmio Concerto; e O Rapto do Serralho (Mozart) e Carmen (Bizet), ambas em parceria com Jorge Takla.

 

Marly Montoni, soprano

 

A soprano Marly Montoni fez sua estreia internacional em 2022, no Chipre. Em 2023, estreou no Auditório Nacional de Sodre, no Uruguai, cantando a Messa da Requiem de Verdi. Cantou também nos principais palcos nacionais e colaborou com regentes como Roberto Minczuk, Silvio Viegas e Fabio Mechetti. Entre os papeis interpretados, destacam-se Leonora em Fidelio (Beethoven), Micaela em Carmen (Bizet) e as protagonistas de Aida (Verdi) e Porgy and Bess (Gershwin).

 

Michel de Souza, barítono

 

Michel de Souza é mestre pelo Royal Conservatoire of Scotland e fez parte do programa Jette Parker da Royal Opera House, em Londres. Trabalhou com Jonas Kaufmann, Bryn Terfel, Diana Damrau, Simon Rattle, Antonio Pappano e outros grandes artistas. Apresentou-se com orquestras como a da BBC da Escócia, a Orquestra Nacional de Lyon e a Filarmônica de Londres, e cantou em importantes palcos europeus, incluindo o Royal Albert Hall e o Auditório de Lyon.

 

Enrique Bravo, tenor

 

Natural de Santiago, o tenor Enrique Bravo construiu sua carreira no Brasil, onde vive desde 1978. Em 2023, estreou no Theatro Municipal de São Paulo como Peri em O Guarani (Gomes). Outros papeis de destaque recentes incluem Raul em Joanna de Flandres (Gomes), Don José em Carmen (Bizet) e Camille em A Viúva Alegre (Lehár). Muito atuante no Festival de Ópera do Amazonas, trabalhou sob a direção musical de Luiz Fernando Malheiro, Roberto Minczuk e Roberto Tibiriçá, entre outros.

 

Savio Sperandio, baixo

 

Savio Sperandio se apresentou nas principais salas de concerto do Brasil e em importantes palcos internacionais, como o Teatro Colón de Buenos Aires, o Teatro Real de Madri e o Palau de les Arts Reina Sofía em Valência. Cantou os principais papeis para baixo do repertório sinfônico e interpretou personagens marcantes, com destaque para Bartolo de O Barbeiro de Sevilha (Rossini), Mustafá em L’Italiana in Algeri (Rossini) e Nick Shadow em The Rake’s Progress (Stravinsky).

 

Vitorio Scarpi, tenor

 

O jovem tenor Vitorio Scarpi é vencedor de seis competições de canto lírico, incluindo o Concurso Maria Callas (2020) e o Concurso Linus Lerner (2021). Apresentou-se em importantes teatros brasileiros, sob regência de maestros como Ira Levin, Roberto Tibiriçá e Ricardo Kanji. Entre os papeis interpretados, destacam-se Nemorino em O Elixir do Amor (Donizetti), Elvino em La Sonnambula (Bellini), Rinuccio em Gianni Schicchi (Puccini) e Rodolfo em La Bohème (Puccini).

 

Repertório

 

Franz Joseph Haydn (Rohrau, Áustria, 1732 – Viena, Áustria, 1809) e a obra Sinfonia nº 101 em Ré maior, “O Relógio” (1793)

As chamadas Sinfonias Londrinas são a coroação dos quarenta anos nos quais Haydn se dedicou ao gênero. Elas representam não apenas o seu ápice criativo no domínio da forma, como também marcam uma importante etapa de amadurecimento para a sinfonia do século XVIII – uma espécie de “estado da arte” da sinfonia do período Clássico, que serviria como referência para as transformações propostas por Beethoven nas décadas seguintes.

Haydn escreveu suas doze Sinfonias Londrinas entre 1791 e 1795. Durante esse período, já liberado de seus compromissos com a família Esterházy, o experiente compositor aceitou os convites do violinista e impresario Johann Peter Salomon para passar duas temporadas em Londres, criando novas obras para um público cosmopolita que ansiava por novidades nas salas de concerto. Essas sinfonias, que correspondem da nº 93 a nº 104, transbordam o entusiasmo de Haydn com a recepção calorosa dos ingleses e demonstram um profundo conhecimento da linguagem orquestral.

Sinfonia nº 101 começou a tomar forma na Áustria, em 1793, no período entre as duas viagens a Londres, e foi finalizada e estreada na capital britânica no ano seguinte. Assim como a maioria das outras Sinfonias Londrinas, ela se introduz de forma lenta e misteriosa. No “Andante”, encontramos a razão do apelido “O Relógio”: em ritmo bem marcado, apresentado nas cordas e no fagote, surge o material temático principal deste segundo movimento, que nos remete ao balanço hipnótico dos ponteiros. A sinfonia segue com um longo minueto – o maior composto por Haydn até então – e se encerra com um belo rondó, cujo trecho final é especialmente pungente.

Maurice Ravel (Ciboure, França, 1875 – Paris, França, 1937) e a obra A Hora Espanhola (1907-1909)

 

A influência da cultura hispânica é uma característica muito marcante da obra de Ravel. Algumas de suas peças mais celebradas – Alborada del graciosoPavana para uma infanta defunta e Rapsódia Espanhola, para ficarmos em três – exibem nítido fascínio pela cultura e pela música do país vizinho, sem cair em retratos estereotipados e distantes. Filho de pai suíço e mãe basca, Ravel nasceu em uma pequena comuna francesa a cerca de 20 km da fronteira com a Espanha, e, ainda que tenha se mudado para Paris quando bebê, algo dessa herança hispânica parece ter permanecido para sempre consigo.

Não é de se estranhar, portanto, que tenha escolhido como texto-base de sua primeira ópera uma peça chamada A Hora Espanhola. Escrita por Franc-Nohain (pseudônimo de Maurice Legrand) em 1904, a comédia foi adaptada para libreto pelo próprio autor, com poucas mudanças. Na trama, Concepción, casada com o velho relojoeiro Torquemada, aproveita a saída do marido para marcar um encontro romântico com o poeta Gonzalve. A chegada de outros dois clientes à loja, o muleteiro Ramiro e o banqueiro Don Iñigo Gomez, frustra os planos da infiel esposa, dando início a uma série de confusões que terminam com Gonzalve e Iñigo presos dentro de relógios enquanto Concepción leva Ramiro para o quarto.

Com a habitual maestria, Ravel realça a comicidade da história tingindo a orquestra de cores vivas e optando por uma escrita vocal mais recitativa do que cantada. Em carta datada de 17 de maio de 1911, dois dias antes da estreia, ele escreve: “O que tentei fazer foi muito ambicioso: insuflar vida nova na ópera bufa italiana”. O tratamento do diálogo ao longo da obra evidencia a relação com a tradição italiana, e é no encontro dessa estética com o tempero hispânico do trabalho orquestral de Ravel que esta pequena ópera em um ato adquire seu charme único.

Filarmônica de Minas Gerais

Série Presto

5 de junho – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Veloce

6 de junho – 20h30

Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente

Ronaldo Zero, direção de cena

Marly Montoni, soprano (Concepción)

Michel de Souza, barítono (Ramiro)

Enrique Bravo, tenor (Gonzalve)

Savio Sperandio, baixo (Don Iñigo Gomez)

Vitorio Scarpi, tenor (Torquemada)

HAYDN      Sinfonia nº 101 em Ré maior, “O Relógio” 

RAVEL       A Hora Espanhola

INGRESSOS:

R$ 39,60 (Mezanino), R$ 54 (Coro), R$ 54 (Terraço), R$ 78 (Balcão Palco), R$ 98 (Balcão Lateral), R$ 133 (Plateia Central), R$ 172 (Balcão Principal) e R$ 193 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos:

  • Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
  • Pix

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

 

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2024 na categoria CD/DVD/Livros, com o álbum com obras de Lorenzo Fernandez. A Orquestra já havia recebido Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

 A Orquestra possui 18 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 100 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Leo Junior
Leo Juniorhttps://viralizabh.com.br
Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.
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