quinta-feira, novembro 21, 2024
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Filarmônica de Minas Gerais abre temporada 2024 e destaca o papel da Orquestra na arte operística. Dia 2 de março, às 18h, na Sala Minas Gerais. Ingressos à venda.

Com regência do maestro associado José Soares, Orquestra apresenta os Pilares da ópera alemã com obras de Mozart, Gluck, Wagner e Richard Strauss

A Temporada 2024 se inicia com a imersão no papel da orquestra na arte operística. No dia 2 de março, às 18h, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta os Pilares da ópera alemã, com algumas das mais famosas aberturas de ópera criadas naquele país: do classicismo de Mozart e Gluck ao romantismo extremo de Wagner, culminando com uma das primeiras experimentações no gênero feita por Richard Strauss, um dos compositores homenageados nesta temporada. A regência será do maestro associado da Filarmônica de Minas Gerais, José Soares. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala.

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, com patrocínio da Porto Seguro e Prodemge, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro José Soares, regente associado da Filarmônica de Minas Gerais

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores.

Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (2021), recebendo os prêmios do júri e do público na competição.

Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Claudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop.

Foi aluno do Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Parnü, Estônia. Ao final de 2021, recebeu o prêmio da crítica da Revista Concerto na categoria “Jovem Talento”.

No Japão, regeu as orquestras Sinfônica NHK de Tóquio, New Japan Philharmonic, Sinfônica de Hiroshima e Filarmônica de Nagoya. Conduziu também a Osesp e a MÁV Symphonie Orchester em Budapeste.

Soares é Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo. Em 2024, tem concertos agendados com a Sinfônica Jovem de São Paulo e com a Orquestra de Câmara de Curitiba.

Repertório

 

Como em praticamente todas as demais expressões da música orquestral, a influência dos artistas e compositores alemães no desenvolvimento da arte operística é incontornável. Seja nas reformas propostas por Gluck em meados do século XVIII ou nos famosos leitmotivs wagnerianos do final do Romantismo, as inovações surgidas em terras germânicas foram responsáveis por expandir e ressignificar as linguagens da ópera, abrindo horizontes e consolidando tendências.

Ao longo deste primeiro concerto da série Fora de Série na Temporada 2024, vamos percorrer, em ordem mais ou menos cronológica, a história da ópera na Alemanha a partir de alguns compositores fundamentais – nomes que, não por acaso, estão entre os mais conhecidos de toda a música ocidental. Começamos com Mozart.

 

 

Wolfgang Amadeus Mozart (Salzburgo, Áustria, 1756 – Viena, Áustria, 1791) e a obra A Flauta Mágica, k. 620: Abertura (1791)

 

Para muitos, Wolfgang Amadeus Mozart foi e ainda é o maior mestre que já existiu no  drama lírico. Nos últimos dez anos de sua breve vida, quando se fixou em Viena, escreveu algumas das óperas mais influentes e amadas de todo o repertório, entre elas A Flauta Mágica. Estreada em outubro de 1791, dois meses antes de sua morte, trata-se de uma demonstração perfeita do domínio de Mozart sobre todos os caminhos que a ópera havia trilhado até aquele momento. Sua famosa Abertura funciona como um vislumbre da admirável diversidade de estilos articulados no restante da peça, especialmente em suas dinâmicas contrastantes e na riqueza dos timbres orquestrais.

Christoph Willibald Gluck (Erasbach, Alemanha, 1714 – Viena, Áustria, 1787) e a obra Orfeu e Eurídice: Dança dos espíritos abençoados (1762)

 

Alguns anos antes do furacão mozartiano, o alemão Christoph Willibald Gluck foi uma referência importante nas cenas artísticas vienense e parisiense com suas reformas ao modelo dominante até então, a chamada opera seria italiana. Em 1762, compôs Orfeu e Eurídice, uma ópera curta para os padrões da época, que abandonava as árias longas em prol de canções mais contidas e personagens mais humanos. A dança dos espíritos abençoados, que marca a chegada de Orfeu aos Campos Elíseos, acena para a tradição operística francesa, com sua escrita inspirada em balés.

Carl Maria von Weber (Eutin, Alemanha, 1786 – Londres, Inglaterra, 1826) e a obra Oberon: Abertura (1825/1826)

 

Carl Maria von Weber foi um nome fundamental no processo de consolidação de uma ópera com caráter tipicamente germânico, criando personagens, situações e músicas que refletiam e reafirmavam a identidade de seu povo. Sua produção no primeiro quarto do século XIX, quando a Alemanha ainda não era um Estado unificado (algo que só viria a se concretizar em 1871), exerceu grande influência em Wagner. Oberon, apesar da temática medieval britânica, apresenta bem um modo alemão de pensar a composição instrumental e vocal nas décadas iniciais do Romantismo europeu, ainda que com certa sobriedade.

 

Ludwig van Beethoven (Boon, Alemanha, 1770 – Viena, Áustria, 1827) e a obra Fidelio: Abertura, op. 72c (1814)

 

A tradição assentada com Weber tem um antecedente fundamental em Fidelio, a única ópera composta por Ludwig van Beethoven. Na quarta e última abertura que criou para essa obra, o gênio de Bonn opta por uma abordagem mais coesa, que apenas alude ao trabalho central. Seu sucesso ajudou a consagrar o Singspiel, uma forma lírico-dramática tipicamente alemã que alterna o teatro falado com números musicais intercalados, geralmente escrita em linguagem mais coloquial e com melodias de apelo folclórico e popular.

 

Richard Wagner (Leipzig, Alemanha, 1813 – Veneza, Itália, 1883) e a obra Tristão e Isolda: Prelúdio e Morte de Isolda (1857/1859)

Richard Wagner, talvez seja o compositor de óperas mais influente dos últimos 200 anos. Um inovador como poucos na história da música, Wagner criou trabalhos transgressores e ambiciosos, nos quais perseguia o seu próprio conceito de Gesamtkunstwerk, a “obra de arte completa”. Tristão e Isolda, escrita em 1859, é um exemplo exuberante de seus famosos leitmotivs – frases ou fragmentos musicais recorrentes na obra, melódicos ou harmônicos, que são associados a um personagem, lugar, objeto ou ideia. Seu Prelúdio contém o muito estudado “acorde de Tristão”, elemento dissonante que abriu portas para a música atonal das décadas posteriores, e a canção Morte de Isolda escandalizou ouvintes da época com sua sugestividade erótica, além de ser uma demonstração notável da filosofia wagneriana em relação ao emprego das árias e do recitativo.

Richard Strauss (Munique, Alemanha, 1864 – Garmisch-Partenkirchen, Alemanha, 1949) e a obra  Guntram, op. 25: Prelúdios dos Atos I e II (1888/1893, revisão 1934/1939)

 

Guntram é a primeira ópera de Richard Strauss. Escritos por volta de 1893 e revisados posteriormente na década de 1930, os prelúdios de Guntram expõem com inegável transparência a forte influência de Wagner no trabalho do jovem Strauss. São peças menos conhecidas, mas que comprovam a arquitetura firme na qual a ópera, não só na Alemanha, mas em todo o globo, se ergueu – e também implodiu – ao longo do século XX.

 

Programa

Filarmônica de Minas Gerais

Série Fora de Série – Ópera alemã

2 de março – 18h

Sala Minas Gerais

José Soares, regente

MOZART                            A Flauta Mágica, K. 620: Abertura

GLUCK/Mottl                     Orfeu e Eurídice: Dança dos espíritos abençoados

WEBER                             Oberon: Abertura

BEETHOVEN                       Fidelio: Abertura, op. 72c

WAGNER                            Tristão e Isolda: Prelúdio e Morte de Isolda

R. STRAUSS                       Guntram, op. 25: Prelúdios dos Atos I e II

 

INGRESSOS:

R$ 39,60 (Mezanino), R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 72 (Balcão Palco), R$ 92 (Balcão Lateral), R$ 124 (Plateia Central), R$ 160 (Balcão Principal) e R$ 180 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos:

  • Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
  • Pix

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

 

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. A Orquestra já havia recebido o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 12 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 80 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Os números da Filarmônica (2008 a dezembro/2023)

 

1.543.738 espectadores
1.231 concertos realizados
1.360 obras interpretadas
126 concertos em turnês estaduais
42 concertos em turnês nacionais
9 concertos em turnê internacional
94 concertos transmitidos ao vivo
606 notas de programa publicadas no site
231 webfilmes publicados
1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral
4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica
12 CDs lançados
1 Indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado – Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico)

Leo Junior
Leo Juniorhttps://viralizabh.com.br
Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.
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