No projeto Garotas Applicadas, as participantes têm experiências nas áreas de empreendedorismo e programação, identificando e propondo soluções para gargalos da sociedade a partir de suas vivências
Estudantes de escolas públicas desenvolvem aplicativos para solucionar problemas da sociedade. No último sábado, dia 3 de junho, as participantes do Garotas Applicadas, projeto oferecido pela Associação Efigênia Vidigal de Educação e Cultura (Avec), apresentaram as ideias dos aplicativos que estão sendo desenvolvidos por elas, ao longo das atividades do projeto, para chamar a atenção sobre gargalos da área educacional e reforçar a importância de mudanças.
Durante o encontro, as participantes expuseram suas propostas de aplicativos, abordando os problemas sociais identificados a partir de suas próprias vivências, propondo soluções inovadoras para eles e explicando os motivos de cada iniciativa. Foram apresentadas propostas diferentes, que reforçam o papel da tecnologia como um mecanismo para contribuir e melhorar a educação dentro da sociedade. Dentre as iniciativas, o grupo de Kamilly Vitoria, participante do Garotas Applicadas, desenvolveu o aplicativo de estudos “Brafácil”.
Segundo ela, a ideia era criar um aplicativo que, tendo em consideração as dificuldades enfrentadas pelos estudantes de escolas públicas, reforçasse a importância de uma mudança no cenário educacional atual. “A gente percebeu uma falta muito grande de apoio em relação aos estudos. Nós do projeto estudamos em escolas públicas e sabemos as dificuldades que enfrentamos. E foi em meio a essa necessidade que pensamos nesse aplicativo, que tem uma comunidade gratuita com o chat, com provas, cronogramas, notificações e oportunidades que nós identificamos que seriam essenciais para o aluno. A ideia é que isso seja um incentivo para que os governos, o Ministério da Educação, os patrocinadores e as próprias escolas tenham uma atenção maior para a área”, explica.
Um dos objetivos do projeto Garotas Applicadas é instigar e incentivar o contato das participantes com o mundo do empreendedorismo, buscando integrar habilidades técnicas de programação com competências em gestão empreendedora e planejamento. Nesse sentido, de acordo com coordenadora de projetos sociais da Avec, Caroline Santos, ”o projeto se esforça para abrir e desenvolver novas perspectivas para as participantes, apresentando a área e suas oportunidades, desenvolvendo habilidades e reforçando que existe sim esse caminho para as estudantes”.
Em meio às atividades do Garotas Applicadas, Gabriel Mendonça, voluntário da Avec, destaca a evolução das estudantes, não apenas em termos de aprendizado em empreendedorismo e programação, mas de relacionamento interpessoal. “Elas estão se dedicando à programação de um aplicativo que solucionará um problema real identificado por elas, proporcionando uma experiência significativa. A Avec tem trabalhado para enfrentar os desafios e atender às demandas sociais trazidas pelas meninas. E a expectativa é colher resultados positivos, com a conclusão de bons aplicativos e a participação das meninas em eventos e atividades oferecidas pelo projeto”, declara.
Sobre a AVEC:
A AVEC – Associação Efigênia Vidigal de Educação e Cultura é uma Organização da Sociedade Civil, fundada em outubro de 2001, com sede em Belo Horizonte, Minas Gerais. Sua finalidade social é desenvolver o indivíduo e sua qualidade de vida por meio de ações sociais e projetos inovadores de educação e cultura que ofereçam oportunidades de inclusão justa e igualitária na sociedade. Pela relevância de sua atuação social, recebeu o título de Utilidade Pública Municipal da Prefeitura de Belo Horizonte em 2006, e em 2012 foi reconhecida pelo Governo de Minas Gerais como Utilidade Pública Estadual. O nome da Instituição é uma homenagem à Profª Efigênia Elias Vidigal (1933-1977), modelo de educadora e pessoa humana, que muito contribuiu para o desenvolvimento da educação em Minas. Acreditando que a cultura e a educação são ferramentas primordiais na inclusão social, a AVEC promove a cidadania por meio de ações que valorizam novas experiências educativas e culturais. A Instituição executa parcerias com escolas públicas de Belo Horizonte e do interior, realiza projetos educativos para alunos do ensino público e promove eventos socioculturais para a comunidade.





