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Dona Onça tá na área: Gatilho Festival anuncia Mac Júlia na programação

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Mac Júlia promete abalar as estruturas do Gatilho Festival transitando do trap ao funk. Com sucessos como “Sofá Breja”, “Netflix”, “Se Tá Solteira”, “Faixa Rosa” e “Xananan”, Mac Júlia se destaca entre as principais vozes femininas do Brasil. Além da artista, a programação, que acontece no Afro Galpão – Pequena África, em 18/10, às 20h, tem apresentação de All Ice (SP) com seu mais novo álbum “para os loucos e para os românticos”; da dupla Pamka Pauli (SP) com beats potentes de funk, jersey club e outras vertentes da música eletrônica; Dornelles (RJ), um dos funkeiros de maior projeção nacional com funk queer; Mano Feu (MG) e Marieh com o melhor do funk lésbico; Tetê (MG) travesti preta e periférica que transforma o palco em território de afirmação, desejo e resistência. Também se apresentam Tai (MG), NBaile (MG), coletivo de DJs trans e não bináries do funk e Pelas DJ (MG). O Gatilho Festival é gratuito com retirada antecipada de ingressos através do site: https://www.gatilhofestival.com.br/. Para mais informações e atualizações, acesse https://www.instagram.com/gatilhofestival/.

 

Construir memória coletiva sobre contranarrativa de gênero no cenário dos festivais é um dos objetivos do Gatilho Festival, que chega à segunda edição. O evento, que amplifica trabalhos de artistas LGBTQIAPN+ independentes da música de diferentes regiões do país, nesta edição exalta as vertentes periféricas do funk. Idealizado por pessoas jovens e trans, o festival é uma proposta bem intencionada de marcar a paisagem cultural da cidade com a presença de artistas independentes da comunidade LGBTQIAPN+. O Gatilho Festival foi criado a partir da observação da urgência de impulsionar artistas brasileiros LGBTQIAPN+ sentida pelo produtor cultural e cantor transmasculino, Lui Rodrigues. “A ideia central e o diferencial é uma curadoria atenta. O festival busca por trabalhos de artistas interessantes e independentes com trabalhos excepcionais que mais pessoas deveriam conhecer”, explica Lui que assina a coordenação geral do projeto.

 

Com a edição marcada pelo funk, Lui ainda explica que o evento desafia camadas de silenciamento, sendo, por tanto, uma resposta criativa às ausências: “Colocar o funk LGBTQIAPN+ no palco é desafiar algumas camadas a mais de silêncio e fortalecer a cultura como direito humano e de livre expressão. O objetivo é o fortalecimento de uma rede de artistas que têm sido historicamente marginalizados pelos grandes circuitos culturais e pelo mercado hegemônico”.

Funk é arte

Para Yunni Anumaréh, que assina a coordenação de produção, a ideia é expandir o significado do que é música boa e afirmação de uma nova cena de fazedores da cultura . “É um festival de música boa, onde a gente se reúne para ouvir uma nova cena, como por exemplo, Tetê e Tai vão lançar show de funk no Gatilho. Somos fazedores de cultura, arte e entretenimento, o festival segue afirmando nossas potências em todas as áreas, incluindo a música. Construir o festival Gatilho é demarcar nosso território na cidade diante de tantos retrocessos políticos para com a população LGBTQIAPN+, preta e indígena”.

 

A prisão de MC Poze do Rodo, em 2025, sob acusações de “apologia ao crime”, reacendeu o debate sobre a perseguição sistemática a expressões musicais negras e periféricas. Acadêmicos e juristas apontam que sua obra, longe de incentivar o crime, retrata realidades vividas -comportamento que jamais seria interpretado da mesma forma se idêntico fosse cantado por artistas de outras origens. Essa seletividade cultural reforça antigos padrões de racismo e controle social sobre corpos e linguagens marginalizadas. Como afirma Thiago de Souza, “Não falar de funk é não falar da realidade e funk é arte, não crime”.

 

Contexto dos Festivais de Música no Brasil – Em 2024, o Brasil sediou 364 festivais, segundo dados da plataforma Mapa dos Festivais. Os dados dão conta que, em relação a 2023, houve um aumento de 20% e com descentralização dos recursos e proposição de iniciativas novas. O Gatilho Festival é um projeto que propõe curadoria e giro econômico entre profissionais LGBTQIAP+ de todas as áreas. O Projeto “Gatilho Festival – 2ª Edição” é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura por meio do Edital Lmic 2024 – Multilinguagens – Modalidade Fundo (Nº 0457/2024).

 

FICHA TÉCNICA DO GATILHO FESTIVAL

Concepção e Coordenação Geral: Lui Rodrigues
Coordenação de Produção: Yunni Anumaréh
Coordenação de Comunicação: Isadora Fachardo

Coordenação Técnica: Hugo Zschaber
Assistência de Produção: João Maria, Cauã Drumond, Karoline Pilar
Cenografia: Beatriz Souza
Iluminação: Gato de Luz Iluminação
Designer: Lucas Fernandes
Filmagens: Ahzul
Fotografia: Matheus Calixto

Assessoria de Imprensa: Mariana Cordeiro

Responsável Contábil: Isamara Pedra

 

Serviço

 

Gatilho Festival

Evento gratuito

Data: 18/10/2025

Horário: às 20h

Local: Afro Galpão – Pequena África

Endereço: Av. Dom Pedro II, 2725 – Alto Caiçaras, Belo Horizonte – MG, 30710-535

Ingressos: https://www.gatilhofestival.com.br/.

Para mais informações e atualizações: https://www.instagram.com/gatilhofestival/

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