Com a chegada do inverno, as temperaturas mais baixas e o ar seco tornam-se aliados das doenças respiratórias, aumentando significativamente a incidência de problemas como resfriados, gripes, sinusites, bronquites e a própria covid-19, que ainda não está totalmente controlada. O Ministério da Saúde alerta que temperaturas mais baixas favorecem a disseminação dos vírus causadores dessas infecções, e que isso ocorre muito por conta do confinamento e permanência em espaços fechados e com pouca ventilação, o que facilita a circulação de microrganismos.
Segundo Ana Claudia dos Santos, preceptora do ambulatório de Pneumologia no Centro Universitário UniBH, adotar medidas preventivas simples pode fazer toda a diferença para manter a saúde em dia durante essa estação: “Ter um cuidado com a higiene e a hidratação são fundamentais, e cuidados como manter as mãos sempre limpas, evitar tocar o rosto, beber bastante líquido são algumas das ações simples que ajudam a diminuir o risco de contaminação por vírus e bactérias”, afirma.
Para além dos cuidados com o organismo, a manutenção dos ambientes também faz toda a diferença: “Utilizar umidificadores de ambiente pode auxiliar na manutenção das vias aéreas hidratadas, prevenindo irritações e inflamações”, explica a professora. Ela também sugere a utilização de soro fisiológico para limpar as narinas e evitar o acúmulo de secreções que podem obstruir as vias respiratórias.
Outro ponto importante destacado pelo especialista é a importância de manter os ambientes bem ventilados. Em ambientes fechados, o contágio por vírus de transmissão respiratória é bem maior. “Em dias frios, é comum manter as janelas fechadas para preservar o calor, mas é essencial permitir a circulação de ar em algum momento do dia para evitar a proliferação de agentes patogênicos”, alerta o otorrino. Além disso, ele aconselha evitar a exposição a ambientes com grande concentração de pessoas, especialmente em locais sem a ventilação adequada.
Por fim Ana Claudia enfatiza a relevância de uma alimentação balanceada e da prática regular de exercícios físicos. “Uma dieta rica em frutas, verduras e legumes fortalece o sistema imunológico, enquanto a prática de atividades físicas contribui para a saúde geral do corpo, incluindo o sistema respiratório. Seguindo essas orientações, é possível desfrutar do inverno com menos preocupações em relação às doenças respiratórias”, conclui.
Cuidados com as crianças
Durante essa época do ano, aumenta ainda mais a preocupação com as doenças respiratórias em crianças. Para além das medidas sugeridas a todas as idades, a vacinação é uma outra ação preventiva primordial, como destaca a docente: “É fundamental que as crianças estejam com a vacinação em dia para prevenir complicações mais graves. Protegê-las por meio da imunização é essencial, especialmente durante os meses de inverno. A vacina contribui para a redução da disseminação de vírus e bactérias, promovendo um ambiente mais seguro para todos”, conta.
Os cuidados com a higiene pessoal e do ambiente são cruciais para reduzir o risco de infecções respiratórias, bem como evitar o contato próximo com pessoas doentes e manter os brinquedos sempre limpos. Outro aspecto importante é a atenção aos primeiros sinais de doenças respiratórias. “Tosse persistente, dificuldade para respirar e febre alta são sintomas que não devem ser ignorados. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar o agravamento do quadro e garantir uma recuperação mais rápida”, conclui.
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Doenças respiratórias de inverno: saiba como prevenir Médica docente do Centro Universitário UniBH e dá dicas para cuidados com adultos e crianças nessa época do ano Com a chegada do inverno, as temperaturas mais baixas e o ar seco tornam-se aliados das doenças respiratórias, aumentando significativamente a incidência de problemas como resfriados, gripes, sinusites, bronquites e a própria covid-19, que ainda não está totalmente controlada. O Ministério da Saúde alerta que temperaturas mais baixas favorecem a disseminação dos vírus causadores dessas infecções, e que isso ocorre muito por conta do confinamento e permanência em espaços fechados e com pouca ventilação, o que facilita a circulação de microrganismos.
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