CURA – Circuito de Arte Urbana acontece pela primeira vez fora de BH, dos dias 2 a 12 de agosto no histórico Largo São Sebastião e conta com com os artistas Denilson Baniwa (AM) e Olinda Silvano (Peru)
Da Raulzona para a Amazônia, o CURA – Circuito Urbano de Arte acontece pela primeira vez fora de Belo Horizonte e o local não poderia ser mais simbólico. A convite da 3M, patrocinadora desta 8ª edição, o festival desembarca no território da maior floresta tropical do mundo e durante dez dias irá promover uma imersão em arte pública na capital do Amazonas.
Nas três últimas edições, o CURA contou com artistas amazônicos com obras realizadas em empenas na Avenida Amazonas, em Belo Horizonte, criando uma conexão com a região e seu povo. Com o CURA AMAZÔNIA, o festival reafirma seu compromisso em levar a arte urbana a novos territórios, estimulando o imaginário coletivo, transformando espaços urbanos e construindo conexões entre as pessoas por meio da arte.
Como na capital mineira, Manaus também irá ganhar um mirante de arte urbana, no Largo São Sebastião, um importante espaço cultural, arquitetônico e histórico da cidade. Um novo museu a céu aberto, ao lado do Teatro Amazonas, nascerá ali, gratuito e democrático. De lá, será possível contemplar as obras dos artistas convidados desta edição: Denilson Baniwa (AM) e Olinda Silvano (Peru).
“Ambos convidados têm uma conexão cultural com o Rio Amazonas, que é o conceito central desta oitava edição do festival. A escolha de artistas indígenas é uma forma de homenagear a ancestralidade do território por baixo da construção urbana, nos referindo aos verdadeiros guardiães da Floresta viva” explica Priscila Amoni, uma das idealizadoras do CURA e curadora do festival ao lado de Janaína Macruz e Juliana Flores.
O festival também levará a Manaus “Entidades”, obra de Jaider Esbell, criada para o CURA 2021 antes de seu falecimento. “Faremos a ele essa homenagem, perpetuando seu trabalho e o afirmando vivo e mais perto da floresta” completa Priscila .
A programação do CURA AMAZÔNIA tem curadoria musical e produção local do Graffiti Queens, um festival de graffiti feminino e conta com DJs, musicistas e palestrantes que irão compor quatro mesas de conversa. A programação no Mirante do Largo São Sebastião acontecerá nos dias 11 e 12 de agosto de 2023, das 15h às 22h.
A intenção é que essa seja apenas a primeira de muitas edições do CURA na região amazônica, se comprometendo com a diversidade cultural e a valorização da arte indígena contemporânea.
Sobre os artistas:
Denilson Baniwa (AM)
O anfitrião da edição, com 39 anos, já bastante estabelecido na cena internacional de arte, é reconhecido por seu trabalho enquanto artista, curador e articulador de cultura digital. Nascido em uma comunidade do povo Baniwa, no município de Barcelos, no Amazonas, morou por 10 anos na cidade de Manaus, onde estudou ciências da computação na Universidade do Estado do Amazonas. Já expôs seus trabalhos em espaços importantes de arte no Brasil como: CCBB, Pinacoteca de São Paulo, CCSP, Centro de Artes Hélio Oiticica, Museu Afro Brasil, MASP, MAR, além de países como França, Canadá, EUA , etc.
Olinda Silvano (PERU)
Peruana de 55 anos, é uma artista, tecelã e muralista amazônica. Olinda é uma das lideranças do povo Shipibo e através da arte kené, caracterizada pelas linhas geométricas, ela tem conseguido preservar o saber ancestral de seu povo originário, que é localizado na comunidade de Cantagallo em Lima. A artista tem uma trajetória de mais de 30 anos e tem reconhecimento internacional.
Sobre o Cura
O Circuito Urbano de Arte realizou sua sétima edição em 2022, completando 25 obras de arte em fachadas, empenas e também no chão, sendo 18 na região do hipercentro da capital mineira e quatro na região da Lagoinha, formando, assim, a maior coleção de arte mural em grande escala já feita por um único festival brasileiro.
Idealizado por Janaina Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni, o CURA também presenteou BH com o primeiro Mirante de Arte Urbana do mundo na Rua Sapucaí.
Realização: AGUA – Agência Urbana de Arte
Patrocínio: 3M
Apoio: Tintas Coral – Tudo de Cor, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC), Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Centro Cultural Casarão de Ideias (CCCI) e Centro de Atenção à Saúde e Segurança no Trabalho (CASST)
Produção local: Graffiti Queens
Incentivo: Lei Federal de Incentivo à Cultura
