Um dos maiores nomes da música mundial, o A-ha, sucesso absoluto nos anos de 1980 acaba de lançar o seu mais novo álbum intitulado por True North. Além de um trabalho musical, True North é também um filme que registra a banda norueguesa gravando as novas faixas durante o ano de 2021 em Bodø, cidade da Noruega localizada 90 km acima do Círculo Polar Ártico. Para divulgar o disco na mídia, Morten Harket (vocalista), Magne Furuholmen (tecladista) e Paul Waaktaar (guitarrista) escolheram “As if”, que se tornou o single principal.
O trabalho que sucede o álbum “Cast In Steel”, de 2015 (que foi taxado pela crítica na época como preguiçoso, sem graça e repetitivo), contou com uma grandiosa produção e participação da Orquestra Norueguesa, a Filarmônica do Ártico, que inclusive pode ser vista no filme lançado pelo grupo.
Com 12 novas faixas, o disco apresenta um A-ha diferente das batidas que temos em “Hunting High and Low (1985)” ou mesmo em “Stay on These Roads (1988)”, mas com aquela essência marcante mostrando de onde e quem eles são. Ou seja, deixando claro de onde vieram as raízes e as influências que marcaram o grupo nos anos de 1980.
Claro que aqui na Crítica Musical nós vamos falar sobre as 12 novas canções:
■ Faixas:
1 – I’m In: a faixa que abre o álbum traz um teor de esperança em meios ao som de órgãos e o vocal único melodioso de Morten Hacket. O refrão é lindo, para variar.
2 – Hunter In The Hills: temos uma introdução de baterias em meio aos violinos da orquestra que são essenciais para a faixa. Mais um ótimo refrão.
3 – As If (promocional): chega bem próximo do que já vimos no álbum “Memorial Beach (1993)” com pianos e baterias em plena sintonia sonora.
4 – Between The Halo And The Horn: faixa traz além dos belos violinos, a voz marcante de Morten Harket com uma letra bem intimista sugerindo sobre de onde viemos e fomos.
5 – True North: faixa que intitula o disco fala sobre a Noruega – uma faixa de terra delimitada de um lado por montanhas e do outro pelo oceano.
6 – Bumblebee: traz a abertura de pianos com o som tradicional de orgãos do Aha. Faixa que ganha destaque com toques sutis de guitarras e a Orquestra.
7 – Forest for the trees: fala sobre um mundo atual, onde nem tudo é o que parece ser e as coisas acontem em um piscar de olhos. Bem interessante.
8 – Bluest Of Blue: nessa temos uma homenagem a natureza em meio a uma letra romântica sobre a vida mesmo.
9 – Make Me Understand: fala sobre a solidão e a respeito da busca de algo novo sendo, talvez uma das faixas mais próximas do som dos anos de 1980 do grupo, principalmente pelo teclado tocado magistralmente pelo Magne Furuholmen.
10 – You Have What It Takes: mais uma faixa lenta bem acompanhada pela Orquestra.
11 – Summer Rain: canção dá continuidade quase que sonora no que vimos em You Have What It Takes. É linda também.
12 – Oh My Word: a canção fecha o álbum True North de uma forma bem singela trazendo pianos e um violão muito bem tocado em meio a voz doce de Morthem Hacket. É linda!
■ Avaliação final:
True North é um trabalho que foi feito para mostrar para os fãs de onde veio tanta inspiração e acima de tudo, de onde vieram as raízes do A-ha. Ou seja, uma obra ao meu ver feita para o fã fiel do A-ha, mas não aquele que fica preso ao som dos anos de 1980, mas para aquele que percebe que o artista evolui e com ele, o seu som também. Vale a pena escutar esse novo disco.
■ Ficha Técnica:
•Crítica Musical: (Roteiro e Vídeo):
– Felipe de Jesus & Roberto Silva
•Apresentação e edição:
– Felipe de Jesus
■ Apoio na direção:
– Roberto Silva (TV Norte Web)
■ Imagens do vídeo: A-ha, True North