O Tropofonia (Rádio UFMG Educativa) promove, em cada programa, um encontro entre dois artistas que não se conhecem. Juntos, a partir de uma obra literária de autor mineiro, dialogam com as poéticas experimentais da voz e suas manifestações musicais.
“Nosso objetivo é promover pontes entre diferentes territórios artísticos de nossa cidade, entre periferia e centro, entre gerações de artistas e entre cenas culturais por meio de encontros criativos, que gerem resultados artísticos relevantes”, explica Djami Sezostre coordenador geral ao lado de Cesco Napoli.
O primeiro episódio da série de 10 desta nova temporada foi ao ar no dia 17 de abril. Confira abaixo quem são os próximos convidados:
– 15/05 – Celso Adolfo e Kim Gomes performam Maza de Palermo
Celso Adolfo é mineiro de São Domingos do Prata, Celso Adolfo é músico profissional desde 1983. Violonista e compositor, já se apresentou na Europa e nos Estado Unidos, sempre interpretando as suas composições. O seu primeiro LP, “Coração brasileiro”, foi produzido por Milton Nascimento, em 1983.
Kim Gomes é de Belo Horizonte e atua como músico e compositor há mais de 20 anos. Atualmente a frente das bandas Pelos e Diplomattas. Também atua como produtor musical em diversos projetos, sendo o mais recente com o compositor Adriano Bê.
– 22/05 – Lucas Avelar e Sandro Marte performam Vera Macedo
O cantor e compositor Lucas Avelar tem mais de 2000 músicas e gravou 4 álbuns. Participou de dezenas de festivais e representou Minas e o Brasil em 3 feiras internacionais de música (Midem, em Cannes / Womex, em Santiago de Compostela / Porto Musical, em Recife). Criativo e inquieto, na quarentena ele compôs ao vivo por 55 quartas-feiras e também criou o “InspiraSongs” – com quase 300 músicas personalizadas sob encomenda, atendendo pessoas e empresas como Sebrae, Take Blip, Cenibra, Eurofarma. Com um timbre único, o artista tem músicas no Netflix, em séries sul coreanas e japonesas. Lucas lançou o single “Estava você” com a orquestra de St. Petersburg, prepara mais um single para maio e seu novo disco para o segundo semestre de 2023.
Sandro Marte começou nos bailes da vida em Governador Valadares, aos quinze anos de idade, na banda Ramal 14. Mais tarde, entrou para a Dr. Jiwaggo, realizando o sonho de ser o guitarrista de uma banda de rock. Na Dr. Jiwaggo gravou o CD “Quem Sabe Um Dia”.
Atualmente prepara um novo EP para ser lançado ainda em 2023.
– 29/05 – Mamutte e BAKA perfomam Bruna Piantino
Mamute é artista indisciplinar, compositor de imagem, som, palavra e movimento. Autor dos álbuns Epidérmico e Quase-disco, dentre outras produções em escrita, artes visuais, canção e performance. Atua no campo teórico e prático da arte contemporânea, com ênfase nas artes do corpo, da performance, da música popular, da etnomusicologia, dos processos de criação e de suas relações interartes.
Baka é um artista pop que nasceu da nova cena underground de BH. Participou da banda Rosa Neon desde sua fundação, em 2018, inicialmente como produtor musical do grupo.
No meio de 2020 lançou seu primeiro álbum, “FRAGA”. FRAGA ganhou mais evidência após a gravação de uma versão 2.0 da música “TELA”, que teve a participação de Marina Sena e Julio Secchin.
BAKA é a mistura das mais exóticas referências e está em processo de finalização do seu segundo álbum. O novo trabalho passeia por sua essência latina e pop, enquanto flerta com o adolescente rocker que mora ali dentro.
“Além dos dez programas, produziremos um CD com 10 faixas a partir do material produzido nas experimentações feitas nos estúdios da rádio e também um festival”, conta Cesco Napoli.
O Tropofonia nasceu da vontade de fazer arte sonora no rádio e vem sendo produzido e veiculado pela rádio UFMG educativa (104,5 FM) desde 2009. Vai ao ar toda segunda às 23h, também no ufmg.br/radio
Reprise na terça às 23h59
História
O Tropofonia nasceu em 2007, na cidade de Rosario, na Argentina. Em 2008, começou a ser produzido também no Uruguai, em 2009 em Belo Horizonte e em 2010 na Bolívia.
Neste mesmo ano, o programa Tropofonia Belo Horizonte foi o vencedor do prêmio Roquette Pinto de melhor programa de radioarte do Brasil.
Na sua versão brasileira, o programa enfatiza a poesia sonora e os movimentos de vanguarda que representam rupturas com a arte convencional. É um espaço de difusão de obras literárias e não literárias com a incorporação de elementos sonoros e interpretativos ao texto original.
“A voz é a condutora de um ensaio entre a literatura e a música, a fala e o canto, não é um programa de literatura ou música, nem da fala e/ou do canto, mas de contrastes entre as artes, mostrando ser possível uma poética híbrida, uma performance ao mesmo tempo sonora e física, sendo as pregas da língua os instrumentos de um idioma no corpo da boca”, explica Djami Sezostre.
Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.