Cláudio Silva destaca que o trabalho do coletivo busca trazer a ancestralidade para o presente, conectando gerações por meio da arte e das histórias. “Cada foto, cada música e cada narrativa tem um papel na preservação dessa identidade cultural, que é tão rica e diversa. Estamos contando as histórias dos nossos antepassados para inspirar as futuras gerações e mostrar o valor que essa herança traz para todos nós. É como se cada artefato cultural, cada expressão artística, ajudasse a construir um legado que reforça quem somos e de onde viemos”, sublinha.
A programação segue na sexta, dia 15.11, com a “Oficina de Percussão”, às 15h, ministrada por Nena Silva e Ismael Biluca. Às 20h, acontecem as apresentações musicais com shows de Capitão Pupunha e de Paulinho Bastos. No sábado, dia 16.11, às 15h, é realizada a “Oficina de Confecção de Instrumentos com Materiais Recicláveis”, conduzida por Pedro Bolão, e a partir das 20h acontece a programação musical com shows de MC Deeh e de Brenda Melo. No domingo, dia 17.11, às 11h, acontece a “Roda de Conversa: Interferências Étnico-Raciais na Música Amapaense”, mediada por Alan Gomes, Hian Moreira e Edson Costa, as atrações musicais ficam por conta da cantora Sabrina Zahara e da Banda AfroBrasil, que farão shows a partir das 20h.
Na segunda, dia 18, a programação recebe o “Intercâmbio Troca de Saberes”, que terá a participação do Grupo Raízes do Bolão, do Amapá, convidando a Irmandade do Rosário Os Ciriacos, de Belo Horizonte, para rodas de conversas e demonstrações técnicas de suas culturas populares, tradicionais e identitárias, em dois encontros que acontecerão das 10h às 13h e das 14h às 17h. O público também poderá participar da degustação e demonstração técnica sobre produção de Gengibirra, que será realizada às 19h. E encerrando a programação do “Quilombo Groove – Preces, Louvores e Batuques do Quilombo do Curiaú” no CCBB BH, o evento recebe, a partir das 20h, o músico Pretogonista, além de um cortejo artístico com temática afro, que percorrerá os arredores do CCBB BH, anunciando o início do show do Grupo Raízes do Bolão, que terá a participação especial da Irmandade do Rosário Os Ciriacos, celebrando e promovendo um intercâmbio da cultura negra mineira com a amapaense.
O acesso à programação é gratuito, mediante retirada de ingresso na bilheteria física ou pelo site ccbb.com.br/bh, incluindo para as oficinas.
Sobre a BB Asset
A BB Asset, empresa do Banco do Brasil, é responsável pela gestão de mais de 1200 fundos de investimento para quase 3 milhões de pessoas que buscam realizar seus sonhos. Líder nacional no setor de fundos de investimento, detém aproximadamente 20% do mercado e administra um patrimônio líquido de R$ 1,7 trilhão*. Além disso, é reconhecida pela qualidade de sua gestão com as maiores notas das agências de classificação de risco Fitch Rating e Moody’s. As soluções de investimento da empresa estão disponíveis para atender a ampla variedade de objetivos de seus clientes. Como líder de mercado, a empresa compreende sua responsabilidade na atuação em prol dos desenvolvimentos ambiental, social, de governança corporativa e cultural. Com o objetivo de agregar valor à sociedade, a BB Asset patrocina iniciativas como a exposição “Quilombo Groove – Preces, Louvores e Batuques do Quilombo do Curiaú”. Porque, além de gerir ativos financeiros, investir em arte e cultura – para a maior gestora de fundos do Brasil – também é fundamental melhorar a vida das pessoas. E esse é o nosso propósito!
Circuito Liberdade
O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.
“QUILOMBO GROOVE – PRECES, LOUVORES E BATUQUES DO QUILOMBO DO CURIAÚ”
Programação
1º DIA – 13/11
11h – Histórias do Meu Quilombo (Contação de História)
Contadora: Esmeraldina dos Santos
11h – Abertura da Exposição Preces, Louvores e Batuques
Artista: Paulo Rocha Curadoria: Claudio Silva
15h – Vivência – Percursos Sonoro Coreográficos Acerca do Marabaixo
Mediador: Adelson Preto
2º DIA – 14/11
10h às 22h – Visitação da Exposição Preces, Louvores e Batuques
11h – Histórias do Meu Quilombo (Contação de História)
Contadora: Esmeraldina dos Santos
15h – Histórias do Meu Quilombo (Contação de História)
Contadora: Esmeraldina dos Santos
16h – Vivência – Percursos Sonoro Coreográficos Acerca do Batuque
Mediador: Pedro Bolão
3º DIA – 15/11
10h as 22h – Visitação da Exposição Preces, Louvores e Batuques
15h – Oficina de Percussão
Facilitadores: Nena Silva e Ismael Biluca20h – Show/ Apresentações Musicais
Show de Abertura: Capitão Pupunha
Show Principal: Paulinho Bastos
4º DIA – 16/11
10h as 22h – Visitação da Exposição Preces, Louvores e Batuques
15h – Oficina de Confecção de Instrumentos com Materiais Recicláveis
Facilitador: Pedro Bolão
20h – Show/ Apresentações Musicais
Show de Abertura: MC Deeh
Show Principal: Brenda Melo
5º DIA – 17/11
10h as 22h – Visitação da Exposição Preces, Louvores e Batuques
11h – Roda de Conversa: Interferências Étnico-Raciais na Música Amapaense
Mediadores: Alan Gomes, Hian Moreira e Edson Costa
20h – Show/ Apresentações Musicais Show de Abertura: Sabrina Zahara Show Principal: Banda AfroBrasil
6º DIA – 18/11
10h as 22h – Visitação da Exposição Preces, Louvores e Batuques
10h às 13h e 14h às 17h
Intercâmbio/Troca de Saberes
Participantes: Grupo Raízes do Bolão e a Irmandade do Rosário Os Ciriacos
19h30 – Degustação/ Demonstração Técnica sobre Produção de Gengibirra
20h – Show/ Apresentações Musicais
– Show de Abertura: Pretogonista
– Show Principal: Grupo Raízes do Bolão, com participação de Irmandade do Rosário Os Ciriacos
Exposição fotográfica do fotógrafo e cenógrafo Paulo Rocha, com curadoria do ator, diretor teatral e artista visual Claudio Silva. As obras refletem festas profanas e religiosas do Batuque e do Marabaixo, e foram coletadas ao longo dos últimos anos. A mostra é composta por 20 (vinte) obras, impressas em papel fotográfico, no tamanho 33 X 48, com moldura artesanal. A exposição terá duração de 06 (seis) dias.
Mestra Esmeraldina dos Santos contará histórias do seu quilombo. Histórias ouvidas de seus antepassados, outras coletadas em suas pesquisas e outras por ela mesma vivenciada. A ideia é conectar ouvintes à ancestralidade contida na oralidade da autora, que coletou histórias ao longo de uma vida, e as transcreveu em suas obras literárias. Faz um resgate de nossa identidade cultural, despertando, em quem as ouve, o sentimento de pertencimento, respeito e valorização, tão necessários ao desenvolvimento de nossa cultura.
VIVÊNCIA–PERCURSOS SONORO COREÓGRAFICOS ACERCA DO MARABAIXO
Em uma vivência de até 04 (quatro) horas, destinada a 30 (trinta) participantes, o Mestre Adelson Preto, pautado pela informalidade de um Mestre Griot, versará sobre a origem do Marabaixo, o instrumento utilizado na manifestação (caixa), vestimentas, os ladrões (versos cantados que “roubam” histórias da realidade, misturando referências religiosas, fatos reais e inventados, críticas bem humoradas e poesia), e a receita e os segredos da tradicional gengibirra produzida no Quilombo do Curiaú.
Em uma vivência de até 04 (quatro) horas, destinada a 30 (trinta) participantes, o Mestre Pedro Bolão, pautado pela informalidade de um Mestre Griot, versará sobre a origem do Batuque, os instrumentos utilizados na manifestação (macacos/ amassador – dobrador e pandeirões), vestimentas, as bandaias/ bandaios (cantigas entoadas em forma de pergunta e resposta por puxador e coro, respectivamente. Suas rimas são tiradas de improviso com os fatos ocorridos dentro da comunidade), e a receita e os segredos da tradicional gengibirra produzida no Quilombo do Curiaú.
Oficina com carga horária de até 04 (quatro) horas, destinada a 30 (trinta) participantes. A atividade será ministrada por Nena Silva e Ismael Biluca, e trará em seu conteúdo programático conhecimentos sobre os instrumentos típicos do Batuque e do Marabaixo, modos de afinação, percepção sonora, coordenação rítmica, pulso e compasso e construção de instrumentos a partir de materiais recicláveis.
Oficina com carga horária de até 02 (duas) horas, destinada a 30 (trinta) participantes. Na ocasião, o luthier e artesão Mestre Pedro Bolão ensinará técnicas de produção de instrumentos musicais utilizados no Marabaixo e no Batuque, a partir de materiais descartados incorretamente na natureza. Esta atividade visa ampliar o quantitativo de profissionais com tal habilidade, ao mesmo tempo em que foca na geração de renda aos jovens do Quilombo do Curiaú.
Roda/ mesa de conversas, com duração de 02 (duas) horas, sem limite de público, onde Alan Gomes, Hian Moreira e Edson Costa farão exposições acerca das influências étnico-raciais na sonoridade de bandas e cantores com os quais atuam na condição de sideman. A roda tem por objetivo colocar em contato direto: apreciadores, músicos, estudantes e pesquisadores da música brasileira, a partir do fundamento de experimentos futuros, por meio da troca de ideias e referenciais.
O Grupo Raízes do Bolão/ AP, encontrará, para uma vivência de 04 (quatro) horas, um grupo/ comunidade quilombola e/ ou que difunda as culturas negras. Na ocasião, estão previstas rodas de conversas, demonstrações técnicas de suas culturas populares, tradicionais e identitárias, e participação no show do grupo.
Show musical com duração de 80 (oitenta) minutos, onde o grupo, com seus tocadores, cantadores/ cantadeiras e dançadeiras, apresentam ao público presente a cultura do Batuque e do Marabaixo, em um show que, por ora, confunde-se com uma aula aberta sobre a cultura negra amapaense. O show contará com a participação de alunos das vivências e oficina de percussão ministradas por artistas integrantes do projeto. Com vistas à integração entre as gerações, impactadas e/ ou influenciadas pelo Marabaixo e pelo Batuque, a abertura deste show será feita por Pretogonista.
Jorge Filipe Silva de Araújo, o PRETOGONISTA, tem 23 anos. Começou a cantar rap na adolescência, mais especificamente no ano de 2014. Pretogonista resgatou o menino Filipe, que escutava rap com o pai, MC POCA, fundador do primeiro grupo de rap do estado, o C.R.G.V (Pororoca sonora). Lançou um EP em 2017 intitulado Visão Periférica.
Show musical com duração de 80 (oitenta) minutos, onde a cantora Brenda Melo, acompanhada de 06 (seis) músicos (contrabaixo, guitarras, teclados, sax, bateria e percussão), apresenta uma fusão do Batuque e do Marabaixo com diversos estilos musicais universais, atribuindo um tempero moderno e diferenciado. A cantora traz em seu cantar toda a brasilidade que pulsa em suas veias, tendo como essência sua terra e sua cultura, localizada no extremo norte do país. Com vistas à integração entre as gerações, impactadas e/ ou influênciadas pelo Marabaixo e pelo Batuque, a abertura deste show será feita por MC Deeh.
Um dos principais nomes da cena rap local, MC DEEH, de 22 anos, dedica-se ao hip-hop desde os 13 anos. Iniciou como b-girl, seguindo-se das músicas autorais. Possui quatro videoclipes gravados: Meu Bonde é Esse, Madalena (feat com Anna Suav), Julgamento (feat com Pretogonista) e 188. Os estilos dominantes são o Trap, Funk e Rap.
Show musical com duração de 80 (oitenta) minutos, onde o multi-instrumentista Paulinho Bastos, acompanhado de 06 (seis) músicos (contrabaixo, guitarras, bateria e percussão), presenteia o público com a socialização de sua pesquisa sobre a sonoridade dos tambores do Batuque e do Marabaixo, apresentando canções autorais, onde reverbera o respeito à ancestralidade que permeia toda sua obra. Com vistas à integração entre as gerações, impactadas e/ ou influênciadas pelo Marabaixo e pelo Batuque, a abertura deste show será feita por Capitão Pupunha.
Trata-se do comandante da Canoa Cósmica ybytu 473. Adepto da Alquimia Modular Tucujú, criou em 2017 o Som da Amazônia Espacial, uma relação de antítese do Universo Sideral e a Amazônia, conectadas pela música, em que efeitos, distorções, solos estendidos e improvisações, fundem-se com Caixas de Marabaixo e ruídos de diversos.
Show musical com duração de 80 (oitenta) minutos, onde a banda quilombola Afro Brasil, capitaneada por Adelson Preto, acompanhado de outros 09 (nove) músicos (backing vocal, teclado, contrabaixo, guitarras, bateria e percussão), apresenta sua proposta musical, cuja sonoridade exalta a riqueza e diversidade da cultura do Extremo Norte do Brasil. Nela, a rusticidade das caixas de marabaixos, macacos (amassador e dobrador) e pandeirões, fundem- se com teclados, guitarras e contrabaixos elétricos, propiciando aos ouvintes uma experiência sensorial única, que evoca a força ancestral contida no tambor, em canções que flertam com o cacicó, zouk e o reggae. Com vistas à integração entre as gerações, impactadas e/ ou influenciadas pelo Marabaixo e pelo Batuque, a abertura deste show será feita por Sabrina Zahara.
Sabrina Zahara é atriz, escritora e cantora. Sua voz já pôde ser ouvida nas bandas Bruzundunga da Silva e Trajeto Soul, em Campinas-SP, e Os Sem Nome, em Macapá-AP. Seu primeiro CD foi lançado pela Pororoca Sound, projeto selecionado pelo Programa Natura Musical 2020. Trata-se do álbum Eu Não Ando Só!
A gengibirra é uma bebida tradicional do Amapá, servida nas tradicionais rodas de Batuque e Marabaixo. Feita à base de aguardente e gengibre, ela embala tocadores, cantadores e dançadeiras nestas manifestações culturais genuinamente amapaenses. Após contemplarem Nega Biluca, produzindo a tradicional Gengibirra da Nêga, desvendando e desmistificando todo o seu processo de produção, será possível degustá-la, antes do show do Grupo Raízes do Bolão.
Cortejo artístico com temática afro, composto pelos participantes das vivências e oficinas, e artistas integrantes do projeto. Com duração de 40 minutos, o cortejo percorrerá os arredores do Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte, onde se encerrará e anunciará o início do show do Grupo Raízes do Bolão.