Fotos: Hector Parreira | Assista agora | Ouça agora
Em “É uma delícia não saber”, a cantora e compositora Lis apresenta nove faixas que misturam sonhos e devaneios aos aprendizados da juventude. A cantora — que cresceu em Belo Horizonte entre idas e vindas à Piedade do Rio Grande, sua cidade natal — mescla a energia da metrópole às sutilezas do interior de Minas Gerais e entrega um disco íntimo e lúdico que traz experimentações criativas dentro da estética da nova música popular brasileira. No YouTube, é possível conferir os visualizers que representam cada uma das canções.
Obra coming of age, a narrativa do disco — que tem produção assinada por Luiz Brazil, conhecido por trabalhos com X Sem Peita e Marcelo Tofani — passa pelo crescimento da artista e aborda vivências e reflexões que nasceram em momentos de fraqueza ou despreocupação. Nos vídeos, dirigidos por Dani Brígido, a presença do carro simboliza a viagem do ouvinte por toda a trajetória narrada pelo disco.
Para Lis, o principal objetivo do álbum é levar o ouvinte para uma viagem sonora, como em um passeio de carro: “Quero que as pessoas sintam os altos e baixos das minhas histórias, dos meus momentos de diversão, das minhas reflexões… Quero que consigam perceber a história contada e as conexões entre todos os visualizers que expressam visualmente essa narrativa. Espero que me conheçam de forma plural, considerando esses vários lados meus e as coisas que já vivi”, comenta.
FAIXA A FAIXA
1. PIEDADE
“A música é sobre minha cidade natal, Piedade do Rio Grande. Não é uma homenagem à cidade, mas um movimento de reflexão e nostalgia ao meu crescimento lá e um paralelo com meu crescimento enquanto pessoa, mulher. No final, quando falo sobre os vinte segundos, é porque era o modo como meu avô tentava me acalmar quando estávamos chegando a uma ponte específica da cidade. A percussão é inspirada no congado, festa tradicional forte da cidade, e o coro do início é inspirado em cantos tradicionais mineiros”.
2. OUTONO
“Essa canção, que foi o primeiro single do álbum, foi escrita na pandemia e é uma reflexão sobre a repetição dos dias, sobre a vida não caminhar. Na música, falo sobre minha própria forma de viver a vida e escrevo em cima de contrastes. A música tem colaboração do Arthur Melo”.
3. O CARNAVAL PRECISA ACABAR
“A música fala sobre o processo de insistir em uma relação mesmo quando já não funciona. A canção inteira é uma grande metáfora sobre a sensação de que o mundo ainda tem muitas possibilidades e coisas lindas para te oferecer, mas você está presa nessa situação que já não faz bem. Acho triste, mas não é de fossa.”
4. ME CHAMA
“Essa é um som de fossa! Fala de um sentimento meio extremo e irracional do dia pós término, quando você quer falar com a pessoa mesmo sabendo que não é isso que você realmente precisa. É o momento mais baixo do álbum, onde você se deixa levar pelo momento triste mesmo. O arranjo do piano foi desenvolvido pela minha professora do instrumento.”
5. SUBMERSA/MEU AR
“Interlúdio que marca um momento chave no álbum, de transição e de mudança de perspectiva. É um momento em que acontece um estalo; representa a fase em que redireciono a narrativa.”
6. TODO TAMBÉM
“Em ‘Todo Também’, exploro a sensualidade, a independência, o amor próprio, a feminilidade… Música de se curtir e se aproveitar, de se sentir poderosa ouvindo.”
7. LUZES AZUIS
“Escrevi essa a partir de uma noite inesquecível em que o lugar era todo decorado com luzes azuis. Esse som é para se jogar, se divertir, curtir! Brinca com palavras e com o próprio instrumental, que muda bruscamente no final. Gravamos um rádio antigo sintonizando e a voz do locutor de rádio é do Luiz Brazil, produtor do disco.”
8. OLHOS DE ANTES
“Primeira música que escrevi na vida. Escrevi no Uber, no início de 2020. Fala sobre uma vontade meio nostálgica de voltar a ser criança, de não lidar com as preocupações e problemas atuais e poder ser inocente e ingênuo à vontade… Queria fazer uma música curta, que passasse o recado de primeira, quase como uma mensagem vinda em sonho.Tem composição minha e do gabrieldvarte e foi finalizada pelo Luiz Brazil”.
9. 14
“Tive a ideia de fazer essa música ouvindo o álbum ‘Solar Power’, da Lorde. Ela fala sobre um encerramento de ciclo, sobre superação de problemas, e também é uma reflexão sobre a minha adolescência e o processo de adultização. É uma música muito importante e pessoal para mim”.
Ficha Técnica
Apoio: Retrogosto Filmes
Direção Criativa, Identidade Visual e Design Gráfico: Lis
Roteiro: Lis e Angela Lara Resende
Direção: Dani Brígido
Direção de Fotografia: Ibria Lopes
Direção de Arte: Clara Pellegrini
Operação de Câmera: Ibria Lopes
Edição e Montagem: Dani Brígido
Colorização: Rafael Chaves
Fotografia Still e Animação: Hector Parreira
Direção de Produção: Pedro Augusto
Assistência de Produção: Lis e Rafael Marcial
Cenografia: Paula Lemos
Styling: Ligia Leroy e Estevam Neto
Beleza: Estevam Neto e Lis
Looks: Acervo Pessoal e Produção Própria
Composição: Lis, Luiz Brazil, Arthur Melo e Gabriel Duarte
Produção: Luiz Brazil e Gabriel Duarte
Mix e Master: Luiz Brazil
Produção Executiva: Pedro Augusto
Marketing Musical e Assessoria de Imprensa: Nataly Santos
Direção Artística: Lis
Selo: LOCO Records
Distribuição: Ingrooves
SOBRE LIS
Lis (Laís Skackauskas), mineira nascida em Piedade do Rio Grande, foi para Belo Horizonte muito cedo e cresceu entre as idas e vindas à sua cidade natal. Fazendo uma ponte entre referências clássicas e os novos estilos, a artista reúne as inspirações que possui no jazz/R&B e nos clássicos da música brasileira ao se associar à inventividade que a nova MPB vem experimentando ー criando uma sonoridade única através de uma mistura criativa em uma nova estética pop.
A artista atuou como intérprete em festivais de música (com destaque ao Festival de Jazz da Savassi, em Belo Horizonte, e o de Tiradentes, interior de Minas) desde sua adolescência e hoje se dedica ao seu trabalho autoral. Possui parcerias com nomes efervescentes da cena de Belo Horizonte, como Augusta Barna, ViniJoe, Luiz Brazil, Malaca e Arthur Melo.