Com o objetivo de valorizar a cultura popular e homenagear os povos e movimentos responsáveis pela preservação da Amazônia, o Bloco Circuladô fará seu cortejo no próximo domingo dia 12 de fevereiro, à tarde, pelas ruas do bairro Floresta. Fruto da parceria entre o Movimento Cultural Percussão Circular e o Grupo Parangolé Arte Mobilização, o bloco de carnaval une a sonoridade da zabumba, triângulo e coquinhos, e a mistura das diversas expressões artísticas.
Com um repertório diverso, que passeia pelo forró, frevo, baião, piseiro e ciranda, a bateria valoriza os ritmos nordestinos, sob o comando do maestro Di Souza – regente há 10 anos e um dos líderes do principal bloco da cidade, o Então, Brilha!. Formada por participantes e ex-participantes da Percussão Circular, os cerca de 170 integrantes da bateria se misturam às performances artísticas, em um cortejo cênico-musical.
Entre as performances, o Grupo Parangolé – coordenado pelo Mestre da Cultura Popular de Belo Horizonte, Cascão – celebra a biodiversidade e a população da Amazônia brasileira, formada secularmente por indígenas de diferentes etnias, quilombolas e ribeirinhos. Com o tema “Amazônia Viva”, a intervenção conta com quase 60 integrantes, além de alegorias, elementos cênicos, figurinos e até uma caravela móvel, construídos em oficinas promovidas na sede dos dois movimentos, que também fica no bairro Floresta.
Durante o trajeto, o folião também será surpreendido com apresentações do Mc Russo APR; dança de rua com o Grupo União de Bailarinas e Dançarinas independentes (UBDI); capoeira com o Grupo Angola “Candeia”; dança Carimbó com Grupo Guararás; performance da cantora lírica Sílvia Neves; Palhaços Trampolim; bonecões gigantes do Parangolé; recital de cordel e duas cenas percussivas do espetáculo Tum,Pá!.
Com duração prevista de 4 horas de cortejo, o Bloco Circuladô busca ecoar, no carnaval de Belo Horizonte, a voz popular por meio do encontro entre música, teatro, dança e circo, pelos aspectos que têm em comum: a beleza de sua expressão e a importância de sua vocação política.
HISTÓRIA E LEGADO
Criado em 2018, o bloco nasceu da união entre dois artistas de gerações distintas: o poeta, ator, diretor, dramaturgo, contador de causos e cordelista, Mestre da Cultura Popular de Belo Horizonte, Rodolfo Cascão; e o compositor, multi-instrumentista, diretor musical, educador social, fundador do Movimento Percussão Circular e um dos responsáveis pelo ressurgimento do carnaval de rua de Belo Horizonte, Di Souza. Ambos compartilham sua experiências artísticas e populares, fundando o único e primeiro bloco cênico-musical da cidade.
SERVIÇO
Cortejo Bloco Circuladô 2023
Data: 12 de fevereiro
Concentração: 14h | Av. Assis Chateaubriand, 450, próximo do viaduto Santa Tereza, Floresta
Dispersão: Rua Brazópolis, 78, Floresta
