O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), prévia da inflação oficial do país, de Belo Horizonte subiu 0,26% em setembro. Esse resultado é o dobro da inflação média nacional (0,13%).
“A diferença entre a inflação de BH e a média nacional pode ser atribuída, basicamente, ao item alimentação no domicílio, que teve uma alta bem mais intensa na capital mineira: 0,74%, ante uma estabilidade na média nacional”, avalia Heliezer Jacob, economista do C6 Bank.
A inflação acumulada em 12 meses também foi maior em Belo Horizonte (5,7%) do que na média do país (4,1%). Entre todas as capitais pesquisadas pelo IBGE para calcular o IPCA-15, a capital de Minas Gerais teve a inflação mais alta em 12 meses.
Em termos gerais, o C6 continua vendo a inflação de serviços pressionada pelo mercado de trabalho aquecido. Fatores climáticos, como a seca que afeta os reservatórios das hidrelétricas, também devem puxar para cima o preço da conta de luz. “Mantemos nossa projeção de que o IPCA fechará o ano em 4,7%, acima do teto da meta. Para 2025, prevemos que a inflação fique em 4,8%”, prevê Jacob.
