Quando falamos sobre Fernando Diniz, o que pensamos logo de cara? Do seus casamentos mais bonitos como Audax e Fluminense, ou dos frustrantes como São Paulo, Vasco e Santos? O certo é que Fernando Diniz foge dos padrões, é autêntico, e o único brasileiro a tentar fazer algo diferente, o que acarreta às vezes pro seu bem ou pro seu mal nos casamentos.
Desde quando se casou no dia 23/09 com o Cruzeiro, ainda não teve paz, pois já chegou pressionado, meio de temporada e competições importantes a jogar. O treinador já completa dois meses de casado, já disputou 12 jogos, somando 2 vitórias, 5 empates e 5 derrotas, um aproveitamento de 30.6%, e o vice-campeonato da Sul-americana 2024 contra o Racing e a estável 7° colocação no brasileirão. Ontem, com o empate de 1×1 contra o Grêmio no Mineirão, viu a torcida chamar o time de pipoqueiro e mandar o treinador tomar caju, em mais uma discussão calorosa em seu casamento.
O certo é que se espera demais de um elenco que não foi montado pra ele, e que para alguns medalhões, não era a melhor escolha de comando para a equipe, lembrando a todos das panelinhas que existem no futebol. Além do que, para o que foi previsto pro ano de 2024 com o Seabra, esses jogadores foram longe demais. Mas é sempre almejado muito de um grande clube né, e os torcedores já não tem a paciência de outrora.
Fernando é um técnico promissor, inteligente, mas convicto de suas ideias e forma de jogo, o que o torna teimoso e agressivo em certos momentos. Quando teve tempo e jogadores a altura do seu jogo tático e técnico, Diniz levou o Fluminense no seu casamento mais duradouro, a tão sonhada conquista da glória eterna, com 139 jogos – 72 vitórias, 29 empates e 38 derrotas, 62.1% de aproveitamento – e 3 títulos.
Os próximos confrontos definirão o futuro do Cruzeiro para o planejamento do próximo ano, está na mão de Diniz e principalmente dos jogadores fazerem a diferença. O Cruzeiro pega o Bragantino em São Paulo, Palmeiras no último jogo em casa e o fecha com o Juventude no místico Alfredo Jaconi; e mesmo indo para a Libertadores, por pura pressão, Diniz pode se divorciar do seu casamento, mesmo de forma precoce e o famoso “até que morte no separe” ficar nos contos de fadas.
- Texto: Leonardo Batista
- foto de divulgação