SYLVIA – Divulgação.
Foram selecionados seis artistas que vão trabalhar o tema “cuidado”
Seis artistas foram selecionados para participar do terceiro Programa de Residência do ano do IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto. Ana Carvalho, Lygia Cardoso Peçanha, Pedro Ton, Sylvia Vartuli, Yanaki Herrera e Yná Kabe Rodríguez começam as atividades em 4 de agosto e concluem a imersão em 14 de setembro.
O tema pré-estabelecido para o programa é CUIDADO, como possibilidade de construir sentidos com participantes que podem se interessar em conceitos e ideias relacionados a este tema.
Responsabilidade, compromisso, presença, preservação, restauração, nutrição, interesse, atenção, empatia, ética, amor, justiça, generosidade e também práticas que observem e discutam situações de opressão, dominação, ocupação, posse, apego, dependência e outras formas de invasão do alheio e do outro, do público e do privado são algumas das ideias e conceitos que se apresentam como possibilidades de investigação e que se desdobram nas relações com o outro e com o ambiente, suscitando diferentes abordagens sobre os limites dos gestos de cuidar.
As pesquisas e práticas educativas e artísticas são orientadas pelas curadoras Tainá Azeredo e Valquíria Prates. São realizados encontros virtuais periódicos para dialogar sobre os temas e atuar no conjunto de atividades e acontecimentos que fazem parte da formação e autoformação de artistas. As práticas ocorrem em âmbitos coletivos, individuais e em duplas, além de públicos em lives e redes sociais.
Até o fim do ano, 24 artistas participarão das residências artísticas do IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto em quatro programas distintos. Já foram concluídos os dois primeiros programas do ano, um com o tema EXTINÇÃO e outro com o tema OFÍCIO.
O Projeto é idealizado pelo IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto, realizado pela Secretaria Especial da Cultura e pelo Ministério do Turismo, conta com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocínio da Gerdau.
Sobre os artistas selecionados
Ana Carvalho
Ana Carvalho é artista, cineasta, técnica em agroecologia e educadora popular. Há mais de 20 anos, trabalha junto a povos indígenas e comunidades tradicionais de todo o Brasil desenvolvendo pesquisa e criação artística compartilhada no campo das artes visuais e do cinema. Seu trabalho investiga as relações entre memória, território, comunidades de cura e a convivência entre os seres humanos e mais que humanos. Mãe de dois filhos, dedica-se também à criação de uma poética do espaço doméstico de cuidado e regeneração, atravessada pela escrita, vídeos amadores, fotografia, intervenção, plantio e outras linguagens. Vive e trabalha na área rural de Paudalho, Zona da Mata Norte Pernambucana.
Lygia Cardoso Peçanha
Lygia Peçanha nasceu em 1992, vive e trabalha entre Minas Gerais e São Luís do Maranhão. Formou-se em Artes Visuais pela UFMG (2015) e atualmente cursa o Mestrado em Cultura e Sociedade pela UFMA. Coordena as atividades do coletivo #Joyces, que atua nas interseções entre arte, intervenção pública e design. Realizou a exposição individual “Eu fiz de Coração” (Estúdio Guaco, BH/MG-2018), promoveu a aula-performance “O museu como lugar de paquera e pegação?”, (Pinacoteca, São Paulo/SP-2019), e a “Boca Voa: Laboratório de Práticas Artísticas Colaborativas” junto ao coletivo #Joyces e JA.CA – Centro de Arte & Tecnologia (Nova Lima/MG-2021). Seus trabalhos transitam entre as linguagens da performance, da literatura e da pedagogia.
Pedro Ton
Pedro Ton nasceu em Varginha em 1989 e atualmente vive e trabalha em Belo Horizonte. Desde 2017, investiga caminhos do fazer artístico em diálogo com a magia e espiritualidade. Tais processos contribuíram para a reflexão do artista sobre os modos de criação e percepção da arte. Durante o contexto de isolamento social, suas práticas se deram a partir de materiais disponíveis em casa, o que lhe possibilitou descobrir e experimentar novas formas de criação e desencadeou no nascimento do conjunto de fotografias “Oráculo Experimental”.
Sylvia Vartuli
Nasceu em Conselheiro Lafaiete e vive em Ouro Preto e Belo Horizonte. Na infância, foi amorosamente acolhida por mulheres negras, trabalhadoras e periféricas, com quem aprendeu o que é força, amor, alegria, resiliência, racismo e desigualdades. Vê em sua pesquisa artística uma polaridade acentuada entre reação e ação. Na reação, abre a gaveta da memória, dos traumas e dores. Fala de si e de outros. Na ação, olha para frente e investiga relações entre o movimento, o tempo e o corpo como atitudes de mudanças.
Yanakiki Herrera
Yanaki Carvalho é artista, cineasta, técnica em agroecologia e educadora popular. Há mais de 20 anos, trabalha junto a povos indígenas e comunidades tradicionais de todo o Brasil desenvolvendo pesquisa e criação artística compartilhada no campo das artes visuais e do cinema.
Seu trabalho investiga as relações entre memória, território, comunidades de cura e a convivência entre os seres humanos e mais que humanos. Mãe de dois filhos, dedica-se também à criação de uma poética do espaço doméstico de cuidado e regeneração, atravessada pela escrita, vídeos amadores, fotografia, intervenção, plantio e outras linguagens. Vive e trabalha na área rural de Paudalho, Zona da Mata Norte PernambucYanaki.
Yná Kabe Rodríguez
Yna Carvalho é artista, cineasta, técnica em agroecologia e educadora popular. Há mais de 20 anos, trabalha junto a povos indígenas e comunidades tradicionais de todo o Brasil desenvolvendo pesquisa e criação artística compartilhada no campo das artes visuais e do cinema. Seu trabalho investiga as relações entre memória, território, comunidades de cura e a convivência entre os seres humanos e mais que humanos. Mãe de dois filhos, dedica-se também à criação de uma poética do espaço doméstico de cuidado e regeneração, atravessada pela escrita, vídeos amadores, fotografia, intervenção, plantio e outras linguagens. Vive e trabalha na área rural de Paudalho, Zona da Mata Norte PernambucYna.
Agenda do IA inclui mais um programa de residência em 2022
Já o quarto programa do ano será realizado entre 23 de setembro e 8 de novembro, com o tema “Tempo”. Entre os muitos caminhos de pesquisa possíveis, estão: durações, ritmos, pulsos, história, memória, sonhos, narrativas em construção, estações, ciclos, processos, aquilo que muda e aquilo que permanece por causa do tempo, pausas. E também projeções, convívios com quem já foi ou virá, relatividade e calendários, simultaneidades, sincronias e diacronias, modos de medir, controlar e descontrolar, acelerar e desacelerar, processos de envelhecimento, fases de vida, permanência e mutações do vivo.
Sobre IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto
O IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto tem por sua natureza fomentar o encontro e intercâmbio entre a população de Ouro Preto, artistas e artesãos locais e agentes do campo da arte de outras regiões. O embate entre tradição (representada pelo esplendor barroco da cidade patrimônio cultural da humanidade) e a contemporaneidade (com foco no caráter efêmero da arte contemporânea) constitui a essência do IA, a partir de quatro pilares principais: a troca entre diferentes atores sociais, o diálogo entre linguagens artísticas distintas e entre o passado, o presente e o futuro, a desconstrução do status quo que subjuga a arte ao mercado e a tendências regidas pelo mercado e a decolonização, como forma de se criar e produzir arte contemporânea, a partir da reverência, reconhecimento e legitimação de epistemis e práticas culturais, sociais e políticas da América Latina e do Brasil, especificamente.
Sobre a Gerdau
A Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. No Brasil, também produz aços planos, além de minério de ferro para consumo próprio. Com o propósito de empoderar pessoas que constroem o futuro, a companhia está presente em 10 países e conta com mais de 30 mil colaboradores diretos e indiretos em todas as suas operações. Maior recicladora da América Latina, a Gerdau tem na sucata uma importante matéria-prima: 73% do aço que produz é feito a partir desse material. Todo ano, são 11 milhões de toneladas de sucata que são transformadas em diversos produtos de aço. As ações da Gerdau estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo (B3), Nova Iorque (NYSE) e Madri (Latibex). Conheça mais em www.gerdau.com.br.
IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto