O Palácio das Artes, em Belo Horizonte, Minas Gerais, foi inaugurado oficialmente dia 14 de março de 1971. Em 2026 completará 55 anos, como o maior complexo cultural da América Latina; espaço de encontro entre arte e público, ontem, hoje e sempre.
Pelo norte adotado, Ontem, Hoje e Sempre, entende-se que comemorar os primeiros 55 anos do Palácio das Artes é, ao mesmo tempo, celebrar o passado, viver o presente e preparar o futuro, fundamental “moto-contínuo” entre tradição e legado.
“Uma história sem memória e sem projetos não existe. Nesses 55 anos, é mister celebrar o passado, viver o que é e o que produz, vislumbrando o futuro. 2026 será de festa e comemoração, com todas nossas forças juntas, muita troca, muitas entregas, reforçando a vocação da arte e da cultura como o espaço de encontros, com todos os públicos. Do novo ano, o mesmo fiel e grande público do Palácio das Artes pode esperar muito mais do que sua já rica programação. Os 55 anos não são um fim, mas a semente para outros 55 ainda mais pujantes”, declara Sérgio Rodrigo Reis, presidente da Fundação Clóvis Salgado – FCS, gestora do Circuito Liberdade, que inclui o Palácio das Artes.
Fruto de muita pesquisa e trabalho, pelo conceituado escritório, Hardy Design, o Palácio das Artes, fecha 2025 e abre 2026, com nova identidade visual, coerente com sua maturidade: moderna, consistente, criativa e marcante. Fala sua diretora, Mariana Hardy, “Criamos um selo comemorativo composto por fragmentos geométricos que se unem formando o numeral 5. A composição gráfica representa a diversidade e pluralidade de todas as manifestações artísticas que acontecem no Palácio das Artes. É uma identidade festiva que celebra todas as artes e representa a atmosfera vibrante desse enorme complexo cultural”.
Em 2026, a Cia. de Dança Palácio das Artes – CDPA – que também comemora 55 anos – e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, aos 50, ensaiam apresentações que enriquecerão o ano dos Encontros Marcados, com a participação do Coral Lírico de Minas Gerais – CLPA.
A CDPA ainda não definiu o espetáculo comemorativo, mas, dia 2 de setembro, a OSMG comemora seu meio século, com um concerto. CDPA, OSMG e Coral estarão juntos em três espetáculos operísticos. Em maio, com a eterna, As Bodas de Fígaro, de Mozart. Em julho, com excertos de clássicos franceses, no ciclo Viva a Ópera, pela primeira vez nos galpões do Centro Técnico em Marzagão, em Sabará. Finalmente, em setembro, Chica da Silva, de Guilherme Bernstein, ópera encomendada pela FCS, com libreto, de Marcos Bernstein e Flávia Bessone; direção de cena, de Jorge Takla; regência da maestra titular, Ligia Amadio, tendo a mezzo-soprano carioca, Monique Galvão, como Chica.
No capítulo Cinema, a mostra, Carta Aberta: Curadorias, reunirá antigos curadores do Cine Humberto Mauro, oferecendo-lhes oportunidade de programar novamente sessões em um panorama plural da história do cinema exibido ao longo das décadas, fortalecendo a memória curatorial do espaço e promovendo diálogo com o setor audiovisual e a economia criativa.
Nas Artes Visuais, além das atrações fixas, como a itinerante mostra da Bienal de São Paulo; do Prêmio Décio Noviello, nacional, para as artes plásticas e a fotografia; uma exposição comemorativa, Acervo FCS, com 300 obras.
Pelo Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, o Festival Cefart: mostras e espetáculos nas áreas de Dança, Música, Teatro, Artes Visuais e Tecnologias da Cena, celebrando também os 40 anos do próprio Cefart. Diversas atrações organizadas a partir do conceito curatorial, Memória, Criação e Futuro, distribuídas ao longo de dois meses. Estão previstas duas edições anuais, ao final de cada semestre, período em que a produção das cinco escolas do Cefart se materializa em grandes eventos públicos, celebrando a excelência e a diversidade da instituição. Todas as atrações terão entrada gratuita.
Ao longo do ano, novas oportunidades de residências artísticas e intercâmbios para os estudantes do Cefart com as demais áreas da FCS, proporcionando vivências profissionais junto à CPDA, OSMG, CLMG, galerias, teatros e demais produções. O Cefart realizará, ainda, quatro edições comemorativas do Palco Aberto, valorizando as produções atuais, a experimentação e a interdisciplinaridade, por meio do cruzamento de linguagens e do encontro entre jovens artistas e profissionais já consagrados. Além dos cursos regulares, mais de 40 cursos de extensão gratuitos, ampliando as oportunidades de capacitação e iniciação em diversas linguagens artísticas e atendendo públicos de todas as idades.
Uma novidade, sempre com foco no Ontem, Hoje e Sempre, inaugurada dia 23 de dezembro de 2025, é o projeto permanente, “Espaço, Memória, Cultura e Patrimônio”, na Galeria Mari’stella Tristão, quando foram lançados exposição e site que propõem uma viagem pelo tempo na história do Palácio das Artes, registrando datas e os acontecimentos mais relevantes.
“Espaço, Memória, Cultura e Patrimônio’ é uma ode a esse símbolo da cultura nacional, uma história nunca contada, uma interpretação, uma musealização em camadas de conhecimentos presencial e virtual que abriu as comemorações com, por exemplo, a enaltação dos nomes que batizam vários espaços no Palácio das Artes, como Guignard, Humberto Mauro, Juvenal Dias, Pedro Moraleida, entre muitos outros. Museografia dotada de QR Codes e site para que o público descubra e vivencie a Linha do Tempo desses 55 anos”, enfatiza Sérgio Rodrigo Reis.
Pelo Circuito Liberdade e seus mais de 60 equipamentos culturais em contínua expansão, do qual o Palácio das Artes é a maior estrela, as festividades ficam com a programação de férias, o Carnaval da Liberdade, entre outras atividades e o lançamento do videocast, Tá na Praça, focado em desenvolvimento econômico por meio da Cultura, em parceria com o P7 Criativo.
Sérgio Rodrigo Reis apresenta ainda a inauguração do Estúdio Palácio das Artes e do Canal do Palácio (no YouTube), difundindo os caminhos da formação artística e o papel do Cefart frente aos desafios contemporâneos; incentivando o debate sobre arte, tecnologia inovação e educação; a promoção de práticas e formações continuadas de inclusão e diversidade.
Como registro inédito e palpável legado, Reis anuncia também a publicação de três livros diretamente ligados à memória do Palácio das Artes: O Palácio e sua História, O Palácio e suas Óperas, O Palácio e sua Coleção – vitrine do acervo artístico, nunca antes catalogado – e, provavelmente, ainda em 2026, outros dois livros, sobre os 55 anos da CDPA e os 50 da OSMG. É o hoje desenhando o amanhã, como inestimável herança, já a partir de 1º de janeiro de 2026.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete, entre outros diversos equipamentos. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.
