Com o fim do ano batendo à porta e o Natal se aproximando, milhões de trabalhadores brasileiros aguardam ansiosamente pela segunda parcela do 13º salário, que as empresas são obrigadas a pagar até o dia 19 de dezembro – último dia útil antes do prazo legal de 20 de dezembro, que cai em um sábado. Esse “salário extra” deve injetar cerca de R$ 300 bilhões na economia nacional, segundo estimativas do Ministério do Trabalho e Emprego.
Mas, em 2025, os planos para o abono revelam uma tendência de diversificação: longe de ser usado apenas para quitar dívidas acumuladas, o benefício ganha espaço para lazer, poupança e investimentos, sinalizando uma recuperação gradual da confiança do consumidor.
Em Belo Horizonte, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), ligada à UFMG, traz um panorama ainda mais otimista. Segundo o levantamento “Destino do 13º Salário dos Consumidores de BH”, 59% da população da capital mineira receberá o benefício neste ano e o seu destino será bem variado.
A maioria dos entrevistados (25,19%) respondeu que pretende usar a gratificação para o pagamento de contas atrasadas e quitação de dívidas. Outros 11,85% querem usar o dinheiro para viajar, enquanto 11,11% têm planos de poupar esse valor para outros fins. Outros destinos emergentes, citados na pesquisa, incluem poupança e investimentos: cerca de 9,3% pretendem aplicar em educação própria ou aquisição de imóvel, enquanto 19,4% optam por fundos de emergência.
Independentemente de qual seja o objetivo para a renda extra, o planejamento financeiro pode ser um grande aliado para fazer esse dinheiro render mais e trazer mais tranquilidade ao trabalhador.
“O 13º salário é, por essência, uma renda extra que chega no momento ideal para reorganizar a vida financeira. Com a alta nos gastos de fim de ano e as despesas fixas do primeiro trimestre, como impostos, despesas escolares e férias, ele traz fôlego ao orçamento e pode ser o ponto de partida para ter um 2026 mais tranquilo”, afirma Marco Loureiro, sócio e líder Regional da XP em Minas Gerais.
O especialista dá orientações práticas para que as pessoas possam utilizar o recurso de forma consciente e estratégica. “O primeiro exercício é parar e fazer as contas: qual é a melhor destinação para cada real que entra? Muitas vezes, as pessoas pagam as dívidas da forma mais cara possível ou deixam de ganhar dinheiro por não comparar de forma estratégica as opções”, alerta.
“Para quem está endividado, a recomendação é usar parte desse recurso para reduzir ou quitar dívidas de juros altos, como cartão de crédito e cheque especial. Mas 2025 está mostrando um cenário diferente: com a inflação mais controlada e maior confiança na economia, quem conseguir colocar as contas em dia tem uma oportunidade única de promover uma virada nas contas e destinar uma parcela do 13º para investimentos ou começar com ele o planejamento de uma vida financeira mais equilibrada em 2026. Você pode começar destinando aquele dinheiro da parcela quitada ou dos juros para a formação de uma reserva de emergência, por exemplo, o importante é dar o primeiro passo”, recomenda.
O executivo orienta que a escolha da forma de pagamento, seja no dia a dia ou na compra de um produto/serviço de alto valor agregado, faz toda a diferença. “Cartão de crédito pode ser um aliado no dia a dia, desde que usado com disciplina e dentro de um limite que caiba no orçamento, aproveitando cashback, milhas ou parcelamento sem juros. Já para compras de maior valor, o pagamento à vista costuma garantir descontos reais. Mas é crucial fazer uma reflexão antes de tomar a decisão por essa forma de pagamento. Antes de financiar qualquer coisa, compare a taxa de juros do empréstimo com o retorno que você teria ao investir esse mesmo valor. Em muitos casos, aplicar o dinheiro rende mais do que o custo do financiamento (juros) – e ainda sobra lucro”, explica.
Para quem está com as finanças em dia e deseja aproveitar o 13º salário para projetos maiores, a recomendação do especialista é buscar orientação profissional para investir o valor. “Um assessor de investimentos pode organizar seu planejamento financeiro com base nas suas metas, perfil de risco e objetivos, garantindo decisões mais seguras e assertivas. A diversificação da carteira é sempre um dos melhores caminhos, pois combina diferentes produtos — com níveis variados de previsibilidade e risco — e ajuda a proteger o patrimônio diante das oscilações do mercado”, recomenda Marco Loureiro.
Mas, o líder da XP enfatiza que há diferença entre poupar e investir. “Poupar significa reservar recursos, geralmente em soluções de alta liquidez e rendimento mais limitado, como a conta corrente ou até mesmo a poupança — que tem rendimento, embora mais baixo. Já investir envolve aplicar o dinheiro em produtos capazes de gerar retornos potencialmente maiores ao longo do tempo, de acordo com a estratégia e os objetivos de cada pessoa”, esclarece Marco Loureiro, destacando que o mercado é democrático e há produtos para todos os perfis, objetivos e orçamentos.
Sobre a XP
A XP é uma das principais instituições financeiras do Brasil. Criada em 2001, nasceu com o propósito de transformar o mercado para melhorar a vida das pessoas — promovendo educação financeira e democratizando o acesso a investimentos de qualidade. Desde então, o Grupo XP lidera uma disrupção no setor ao construir um ecossistema completo de serviços financeiros, com soluções que vão de investimentos a crédito, seguros e banking, no Brasil e no exterior. Com foco em planejamento financeiro completo para investidores, a companhia investe na excelência em servir o cliente como a principal alavanca de crescimento. Esse compromisso com a qualidade já se reflete em reconhecimentos importantes: a XP foi eleita sete vezes consecutivas a Melhor Assessoria de Investimentos de São Paulo pela premiação “O Melhor de São Paulo”, realizada pela Folha de S. Paulo.
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