Em homenagem a Stravinsky nos 50 anos da sua morte, a Filarmônica de Minas Gerais, sob regência do maestro Fabio Mechetti, apresenta um dos balés do compositor russo que revolucionaram a história da música: O pássaro de fogo: Suíte (versão 1919). A Nona de Beethoven completa o programa que encerra a Temporada 2021, numa ode à alegria e à fraternidade universal, com a participação da soprano Marly Montoni, da mezzo-soprano Ana Lucia Benedetti, do tenor Fernando Portari, do baixo-barítono Savio Sperandio e do coral Concentus Musicum de Belo Horizonte, sob a regência de Iara Fricke Matte.
As apresentações serão realizadas nos dias 16 e 17 de dezembro, às 20h30, e no dia 18 de dezembro (sessão extra), às 18h, na Sala Minas Gerais, com ocupação total da sua capacidade, 1.493 lugares. Os concertos encerram a Temporada 2021 da Orquestra e a venda de ingressos está disponível no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais. A apresentação de quinta-feira também terá transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube.
Para o maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais, “mesmo diante das restrições impostas pela pandemia, que praticamente paralisou as orquestras internacionais, a Filarmônica de Minas Gerais conseguiu manter em 2021 sua planejada programação, com algumas inevitáveis modificações. Graças ao investimento realizado em 2019, conseguimos contemplar nosso público com transmissões diretas de praticamente todos os concertos apresentados na Sala Minas Gerais, atingindo dezenas de milhares de pessoas no Brasil e no exterior. Além dos concertos em si, a Filarmônica iniciou, no segundo semestre, um dos projetos mais sonhados desde sua criação: a Academia Filarmônica, que, desde agosto, vem oferecendo a jovens instrumentistas conhecimento prático e teórico que consolidará cada vez mais suas chances de se tornarem músicos sinfônicos qualificados. Esperamos que 2021 tenha representado o fim de uma crise sem precedentes na qual a música, e as atividades culturais em geral, conseguiram sobreviver, se reinventar e mostrar sua relevância enquanto instrumento essencial na sociedade, destaca Mechetti. A Temporada 2022 terá início em fevereiro, e as novas assinaturas estarão à venda de 15 de dezembro a 27 de janeiro.
Durante o intervalo das apresentações, serão realizados os Concertos Comentados, palestras em que especialistas comentam o repertório da noite. O palestrante da noite é Werner Silveira, curador do projeto e percussionista da Filarmônica de Minas Gerais.
Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Instituto Cultural Vale e Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular
Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.
Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é seu Regente Emérito. Regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.
Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello.
Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras.
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.
Marly Montony, soprano
Marly Montoni estreou no Theatro Municipal de São Paulo em 2017, como Leonora em Fidelio de Beethoven. No mesmo palco, interpretou também obras de Verdi, Puccini, John Adams, Andrew Lloyd Weber e Elodie Bouny. Em Belo Horizonte, foi a protagonista em Porgy e Bess de Gershwin, no Palácio das Artes. Integrou o elenco estável do Theatro São Pedro, e neste palco foi Odaleia em Condor, de Gomes e Wally em La Wally de Catalani. Na Série Concertos Internacionais do mesmo teatro, interpretou trechos de Don Carlo, de Verdi, ao lado do baixo italiano Roberto Scandiuzzi.Cantou também com a Orquestra Sinfônica de Campinas e atuou no Festival de Ópera do Teatro da Paz em Belém. Trabalhou com os diretores musicais Roberto Minczuk, Silvio Viegas, Luiz Fernando Malheiro, André dos Santos, Ligia Amadio e Pedro Messias, e os cênicos Caetano Vilela, William Pereira, Cleber Papa e Mauro Wrona. Marly Montony é Bacharela em Canto pela Universidade Cruzeiro do Sul. Aperfeiçoou-se com Antonio Lotti; atualmente prepara seu repertório com Rafael Andrade.
Ana Lucia Benedetti, mezzo-soprano
Natural de São Paulo, Ana Lucia estudou piano no Conservatório de Música Ars et Scientia e é Bacharel em Canto pela Faculdade Mozarteum, na classe de Francisco Campos Neto. Estudou também com Hildalea Gaidzakian, Marcos Thadeu, Regina Elena Mesquita, Gabriel Rhein-Schirato e Eliane Coelho. Desde 2010, obtém orientação vocal de Isabel Maresca. Foi 1º lugar no IX Concurso de Canto Maria Callas (2009), Melhor Voz Feminina no IV Concurso de Canto Carlos Gomes (2011), 3º lugar no IX Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão (2011) e finalista do VI Concurso de Interpretação da Canção de Câmara Brasileira (2004). Ana Lucia cantou as Sinfonias nº 2 e nº 8 de Mahler, a Sinfonia nº 9 de Beethoven, A danação de Fausto de Berlioz, o Réquiem de Verdi, o Magnificat-Aleluia de Villa-Lobos, sob regência dos maestros Roberto Minczuk, Silvio Viegas, John Neschling e Roberto Tibiriçá, entre outros. Destacou-se como Jacinthe e Ursule em Le Domino Noir de Auber; como Dorothea Frescopane em Le convenienze ed inconvenienze teatral de Donizetti; como Juno em Orfeu no inferno de Offenbach; e como Lola em Cavalleria Rusticana de Mascagni.
Fernando Portari, tenor
Fernando Portari cantou no mítico La Scala de Milão, em Fausto e Romeu e Julieta, de Gounod. Sob a direção de Daniel Barenboim e acompanhado da soprano Anna Netrebko, apresentou Manon Lescaut na StaatsOper de Berlim. Apresentou-se nos teatros La Fenice, em Veneza, na Ópera de Roma, no Teatro São Carlos de Lisboa, Massimo de Palermo, na Deutsche e Komische Oper em Berlim, Tokyo, Helsinki, Moscou e Varsóvia. Atuou em Anna Bolena, no teatro Massimo, de Palermo, e em La Traviata, na Ópera de Hamburgo e em Colônia. Apresentou-se em La Bohème nas cidades de Berlim e Sevilha, além de ter representado Werther no Teatro Bellini de Catania e em La Coruña. Em São Paulo, interpretou vários protagonistas, além de atuar nas estreias mundiais das óperas A Tempestade, de Ronaldo Miranda, sobre texto de Shakespeare, e Olga, de Jorge Antunes, baseada na vida de Olga Benario. Brasileiro, Fernando Portari recebeu o Prêmio APCA e, por duas vezes, o Prêmio Carlos Gomes.
Savio Sperandio, baixo-barítono
A voz e a presença cênica marcantes de Savio Sperandio o fazem um dos artistas mais solicitados do Brasil, tendo se apresentado em óperas nos teatros municipais do Rio de Janeiro e São Paulo, Theatro da Paz (Belém), Teatro Amazonas (Manaus), Palácio das Artes de Belo Horizonte, entre outros. No exterior, cantou como Bartolo em O barbeiro de Sevilha no Teatro Colón (Argentina), no Festival de Ópera de Ercolano (Itália) e no Teatro Real de Madrid (Espanha). Também se apresentou no Rossini Opera Festival, no Teatro Arriaga de Bilbao e no Palau de les Arts Reina Sofia de Valência, entre outros. Trabalhou com nomes como Emilio Sagi, Alberto Zedda e Roberto Abbado. Recentemente, participou das montagens de The Rake’s Progress, Nabucco, Romeu e Julieta, Aida, O barbeiro de Sevilha e La Bohème. Savio Sperandio é Bacharel em Canto e Violino pela Universidade Federal de Goiás.
Concentus Musicum de Belo Horizonte
O Concentus Musicum de Belo Horizonte estreou em 2016 junto à Orquestra Filarmônica de Minas Gerais na apresentação do Réquiem de Mozart, o que deu início a uma frutífera parceria com participações nas temporadas 2017, 2018 e 2019. Idealizado pela regente Iara Fricke Matte, é um grupo vocal e/ou instrumental misto formado por profissionais altamente qualificados – unidos pelo objetivo de contribuir para a difusão da música erudita em uma perspectiva historicamente embasada – que se dedica à interpretação obras de consagradas e inéditas dos períodos Barroco, Clássico e do Renascimento, bem como de um seleto repertório contemporâneo. O foco do seu trabalho de interpretação está na compreensão do discurso musical e sua relação com o texto poético, a sonoridade, a articulação e rítmica das palavras, e também com o contexto histórico das obras. Alguns de seus projetos incluem a montagem de peças de J. S. Bach, de seu contemporâneo Jan Dismas Zelenka e de compositores brasileiros coloniais, além de obras instrumentais do século XVIII e início do século XIX e, por fim, obras para coro e órgão de tubos de compositores modernos e contemporâneos.
Iara Fricke Matte, regente do coro
Regente coral e orquestral, Iara Fricke Matte dedica-se ao estudo e apresentação de obras dos períodos Barroco, Renascimento e Contemporâneo, com ênfase na performance historicamente embasada e na sua afinidade com a música de J. S. Bach. Professora de Regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é Pós-doutora em Regência pela University of Southern California; Doutora e Mestre em Regência Coral pelas universidades de Indiana e de Minnesota (EUA), com especialização em Música Antiga e História da Música. Durante seu período como regente titular e diretora artística do Ars Nova – Coral da UFMG, o coro realizou concertos no Brasil e no exterior e venceu o Troféu JK de Cultura e Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais. Dirige a Série Fermata, da UFMG. Foi diretora artística da Semana de Música Antiga da UFMG (segunda e terceira edições) e coordenadora geral da quarta edição do Festival Internacional de Música Antiga. Em 2016, idealizou o Concentus Musicum de Belo Horizonte. Em 2019, assumiu a regência e direção artística da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG.
Repertório
Igor Stravinsky (Oranienbaum, Rússia, 1882 – Nova York, Estados Unidos, 1971) e a obra O pássaro de fogo: Suíte (versão 1919)
Em 1910, aos 28 anos de idade, Igor Stravinsky escreveu a obra que o tornaria instantaneamente famoso em toda a Europa: o balé O pássaro de fogo. Os Balés Russos, liderados por Sergei Diaghilev, tinham feito seu début em Paris no ano de 1909. Para a temporada de 1910, Diaghilev propôs ao jovem Stravinsky escrever um balé baseado na fábula russa do Pássaro de Fogo. A estreia ocorreu em 25 de junho, na Opéra de Paris, sob a direção do grande Gabriel Pierné e coreografia de Mikhail Fokin. Stravinsky, no entanto, julgou que a dança não fazia justiça à música. Desejoso de mostrar ao mundo a universalidade de sua obra, criou, em 1911, uma suíte orquestral praticamente idêntica à partitura original. Mas, percebendo que, ao transformar um balé em uma obra de concerto, mais modificações deveriam ser feitas, ele recria a partitura e, em 1919, estreia aquela que seria a mais conhecida versão de concerto de O pássaro de fogo. Em 1945 ainda compôs uma terceira versão para concerto, dessa vez bastante fiel à partitura original do balé, a fim de assegurar seus direitos autorais, já que as leis americanas não reconheciam os tratados europeus. Embora fortemente influenciada pelas obras de Rimsky-Korsakov e pela tradição folclórica russa, O pássaro de fogo prima por uma originalidade sem precedentes na história. Música extremamente imaginativa, com atmosferas inusitadas, ritmos complexos, melodias sugestivas e efeitos orquestrais espetaculares.
Ludwig van Beethoven (Bonn, Alemanha, 1770 – Viena, Áustria, 1827) e a obra Sinfonia nº 9 em ré menor, op. 125, “Coral” (1818/1824)
Poucas obras de Beethoven tiveram gênese tão trabalhosa quanto a última das nove sinfonias. Ao que parece, a ideia de pôr música na Ode à Alegria de Schiller já aparece em 1792, poucos anos após o grande poeta romântico ter publicado seus versos. Em 1807, Beethoven concebe a Fantasia op. 80 para piano, coro e orquestra, concluída no ano seguinte, a qual revela aspectos que aparecem como uma espécie de ensaio para procedimentos que serão utilizados na Nona. Em 1823, Beethoven já havia composto os três primeiros movimentos da sinfonia, e, ao final desse mesmo ano, ganha corpo a ideia de concluí-la com o uso de vozes humanas e o emprego do poema de Schiller. Esse monumento da música ocidental só foi completado em 1824. A Nona foi estreada em maio do mesmo ano em Viena, no Theater am Kärntnertor, com a A Consagração da Casa, op. 124 e três partes da Missa Solemnis. Foi um evento emocionante, em que Beethoven, após doze anos sem subir ao palco, dividiu-o com o regente Michael Umlauf. Por esta, e pela obra, Beethoven foi várias vezes ovacionado!
PROGRAMA
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Série Allegro
16 de dezembro – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Vivace
17 de dezembro – 20h30
Sala Minas Gerais
Sessão Extra
18 de dezembro – 18h
Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
Marly Montony, soprano
Ana Lucia Benedetti, mezzo-soprano
Fernando Portari, tenor
Savio Sperandio, baixo-barítono
Concentus Musicum de Belo Horizonte | Iara Fricke Matte, regente do coro
STRAVINSKY O pássaro de fogo: Suíte (versão 1919)
BEETHOVEN Sinfonia nº 9 em ré menor, op. 125, “Coral”
INGRESSOS:
R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 60 (Balcão Palco), R$ 80 (Balcão Lateral), R$ 105 (Plateia Central), R$ 135 (Balcão Principal) e R$ 155 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
A partir de dezembro, a Sala Minas Gerais volta a trabalhar com a ocupação total da sua capacidade, 1.493 lugares, como está autorizado pela Prefeitura de Belo Horizonte. O uso de máscara é obrigatório.
Funcionamento da bilheteria:
A bilheteria funcionará em horário reduzido.
— De terça-feira a sábado – 13h a 19h
— Terça, quinta e sexta-feira com concerto – 15h a 21h
Cartões e vale aceitos:
Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa.
Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo.
Sobre a Orquestra
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação. Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas. O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, entre eles o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano. O CD Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, lançado em 2020 pelo selo internacional Naxos em parceria com o Itamaraty, foi indicado ao Grammy Latino 2020. A recente premiação dada pela Revista Concerto teve como tema “Reinvenção na Pandemia” e destacou as transmissões ao vivo de concertos realizadas pela Filarmônica em 2020, em sua Maratona Beethoven, e ações educacionais como a Academia Virtual.
Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, os Clássicos na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto. Além disso, desde 2008, várias cidades receberam a Orquestra, de Norte a Sul, passando também pelas regiões Leste, Alto Paranaíba, Central e Triângulo.
A Orquestra possui 9 álbuns gravados, entre eles dois que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty, com obras dos compositores brasileiros Alberto Nepomuceno e Almeida Prado. O álbum de Almeida Prado, lançado em 2020, foi indicado ao Grammy Latino de melhor gravação de música erudita. A Sala Minas Gerais, sede da Orquestra, foi inaugurada em 2015, em Belo Horizonte, tornando-se referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico e uma das principais salas de concertos da América Latina. A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Orquestra vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.