sexta-feira, outubro 17, 2025
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Dona Onça tá na área: Gatilho Festival anuncia Mac Júlia na programação

Mac Júlia promete abalar as estruturas do Gatilho Festival transitando do trap ao funk. Com sucessos como “Sofá Breja”, “Netflix”, “Se Tá Solteira”, “Faixa Rosa” e “Xananan”, Mac Júlia se destaca entre as principais vozes femininas do Brasil. Além da artista, a programação, que acontece no Afro Galpão – Pequena África, em 18/10, às 20h, tem apresentação de All Ice (SP) com seu mais novo álbum “para os loucos e para os românticos”; da dupla Pamka Pauli (SP) com beats potentes de funk, jersey club e outras vertentes da música eletrônica; Dornelles (RJ), um dos funkeiros de maior projeção nacional com funk queer; Mano Feu (MG) e Marieh com o melhor do funk lésbico; Tetê (MG) travesti preta e periférica que transforma o palco em território de afirmação, desejo e resistência. Também se apresentam Tai (MG), NBaile (MG), coletivo de DJs trans e não bináries do funk e Pelas DJ (MG). O Gatilho Festival é gratuito com retirada antecipada de ingressos através do site: https://www.gatilhofestival.com.br/. Para mais informações e atualizações, acesse https://www.instagram.com/gatilhofestival/.

 

Construir memória coletiva sobre contranarrativa de gênero no cenário dos festivais é um dos objetivos do Gatilho Festival, que chega à segunda edição. O evento, que amplifica trabalhos de artistas LGBTQIAPN+ independentes da música de diferentes regiões do país, nesta edição exalta as vertentes periféricas do funk. Idealizado por pessoas jovens e trans, o festival é uma proposta bem intencionada de marcar a paisagem cultural da cidade com a presença de artistas independentes da comunidade LGBTQIAPN+. O Gatilho Festival foi criado a partir da observação da urgência de impulsionar artistas brasileiros LGBTQIAPN+ sentida pelo produtor cultural e cantor transmasculino, Lui Rodrigues. “A ideia central e o diferencial é uma curadoria atenta. O festival busca por trabalhos de artistas interessantes e independentes com trabalhos excepcionais que mais pessoas deveriam conhecer”, explica Lui que assina a coordenação geral do projeto.

 

Com a edição marcada pelo funk, Lui ainda explica que o evento desafia camadas de silenciamento, sendo, por tanto, uma resposta criativa às ausências: “Colocar o funk LGBTQIAPN+ no palco é desafiar algumas camadas a mais de silêncio e fortalecer a cultura como direito humano e de livre expressão. O objetivo é o fortalecimento de uma rede de artistas que têm sido historicamente marginalizados pelos grandes circuitos culturais e pelo mercado hegemônico”.

Funk é arte

Para Yunni Anumaréh, que assina a coordenação de produção, a ideia é expandir o significado do que é música boa e afirmação de uma nova cena de fazedores da cultura . “É um festival de música boa, onde a gente se reúne para ouvir uma nova cena, como por exemplo, Tetê e Tai vão lançar show de funk no Gatilho. Somos fazedores de cultura, arte e entretenimento, o festival segue afirmando nossas potências em todas as áreas, incluindo a música. Construir o festival Gatilho é demarcar nosso território na cidade diante de tantos retrocessos políticos para com a população LGBTQIAPN+, preta e indígena”.

 

A prisão de MC Poze do Rodo, em 2025, sob acusações de “apologia ao crime”, reacendeu o debate sobre a perseguição sistemática a expressões musicais negras e periféricas. Acadêmicos e juristas apontam que sua obra, longe de incentivar o crime, retrata realidades vividas -comportamento que jamais seria interpretado da mesma forma se idêntico fosse cantado por artistas de outras origens. Essa seletividade cultural reforça antigos padrões de racismo e controle social sobre corpos e linguagens marginalizadas. Como afirma Thiago de Souza, “Não falar de funk é não falar da realidade e funk é arte, não crime”.

 

Contexto dos Festivais de Música no Brasil – Em 2024, o Brasil sediou 364 festivais, segundo dados da plataforma Mapa dos Festivais. Os dados dão conta que, em relação a 2023, houve um aumento de 20% e com descentralização dos recursos e proposição de iniciativas novas. O Gatilho Festival é um projeto que propõe curadoria e giro econômico entre profissionais LGBTQIAP+ de todas as áreas. O Projeto “Gatilho Festival – 2ª Edição” é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura por meio do Edital Lmic 2024 – Multilinguagens – Modalidade Fundo (Nº 0457/2024).

 

FICHA TÉCNICA DO GATILHO FESTIVAL

Concepção e Coordenação Geral: Lui Rodrigues
Coordenação de Produção: Yunni Anumaréh
Coordenação de Comunicação: Isadora Fachardo

Coordenação Técnica: Hugo Zschaber
Assistência de Produção: João Maria, Cauã Drumond, Karoline Pilar
Cenografia: Beatriz Souza
Iluminação: Gato de Luz Iluminação
Designer: Lucas Fernandes
Filmagens: Ahzul
Fotografia: Matheus Calixto

Assessoria de Imprensa: Mariana Cordeiro

Responsável Contábil: Isamara Pedra

 

Serviço

 

Gatilho Festival

Evento gratuito

Data: 18/10/2025

Horário: às 20h

Local: Afro Galpão – Pequena África

Endereço: Av. Dom Pedro II, 2725 – Alto Caiçaras, Belo Horizonte – MG, 30710-535

Ingressos: https://www.gatilhofestival.com.br/.

Para mais informações e atualizações: https://www.instagram.com/gatilhofestival/

Leo Junior
Leo Juniorhttps://viralizabh.com.br
Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.
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