A noite no Estádio Nilton Santos começou com festa e emoção. Antes da bola rolar, a torcida do Botafogo abriu um novo bandeirão em homenagem a Savarino, gesto que aqueceu o coração dos presentes e reforçou a expectativa por mais um capítulo vitorioso no caldeirão alvinegro. Afinal, fazia um ano que o Glorioso não sabia o que era perder em casa.
Mas o futebol, mestre em subverter roteiros, tratou de mudar o clima. O Cruzeiro, sólido e confiante, mostrou logo no início que não estava no Rio para apenas se defender. Aos 22 minutos, Christian aproveitou uma falha do goleiro John e abriu o placar, esfriando o embalo da arquibancada. O golpe ficou ainda mais duro aos 40 minutos, quando Mateus Pereira, em jogada precisa, ampliou a vantagem.
O Botafogo tentou reagir, mas encontrou uma defesa bem postada e um adversário determinado a manter sua invencibilidade fora de casa. A cada ataque frustrado, crescia o nervosismo em campo e o descontentamento nas arquibancadas. Quando o árbitro apitou o fim do jogo, a vitória por 2 a 0 foi recebida com comemoração pelos cruzeirenses e vaias pelos alvinegros.
O resultado não foi apenas uma vitória para o Cruzeiro: foi o fim de uma marca expressiva do Botafogo e a confirmação de que a Raposa, como visitante, segue sendo uma das equipes mais difíceis de ser batida no Brasileirão.
THIAGO RIBEIRO/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO — 03.08.2025
