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20.06_CCBB BH – Estreia espetáculo “Q BRÔ”_com Dudude Herrmann e Lina Lapertosa

Duas mulheres se movem pelo desejo de seguir dançando. O clássico e o contemporâneo se fundem até que isso não tenha mais a menor importância. Em cena, grandes referências da dança em Belo Horizonte constroem, aos olhos da plateia, um espetáculo poético e vibrante, apoiado na improvisação. A direção e idealização são de Dudude Herrmann e a assistência de Margô Assis.

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No dia 20 de junho, sexta-feira, Dudude Herrmann e Lina Lapertosa – expoentes da dança em Belo Horizonte – se encontram no palco do CCBB BH para a estreia de “Q BRÔ”. Com direção de Dudude Herrmann e assistência da artista de dança Margô Assis, o espetáculo traz para a cena a fricção e o jogo de improvisação entre os corpos de bailarinas veteranas e suas trajetórias singulares. A obra fica em cartaz de 20 de junho a 7 de julho, de sexta a segunda, às 19h, no Teatro II do CCBB BH. No domingo, 06/07, a sessão tem acessibilidade em audiodescrição. Os ingressos para a temporada custam R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada), com desconto de 50% para clientes que realizam o pagamento com cartão Ourocard, e estarão à venda a partir do dia 11/06 (quarta), na bilheteria do CCBB BH e pelo site ccbb.com.br/bh.

Associada à temporada, será realizada, com a presença do público, uma programação gratuita com três rodas de conversa sobre arte contemporânea, logo após o espetáculo. No dia 21/06, sábado, as artistas de dança Dudude Herrmann, Lina Lapertosa, Margô Assis e Thais Mol se reúnem para falar sobre o processo de criação do espetáculo. No dia 28/06, sábado, é a vez do multiartista Marcos Paulo Rolla, que traz o tema “A natureza da arte”. E no sábado, dia 05/07, outra grande referência da arte produzida hoje, Ione de Medeiros, fala sobre “Ecologia das artes”, abordando a criação teatral em diálogo com outras linguagens. Mais Informações no site ccbb.com.br/bh, nas redes sociais: instagram.com/ccbbbh | facebook.com/ccbbbh, ou pelo telefone (31) 3431-9400.

Este projeto 1240/2022 tem apoio do Centro Cultural Banco do Brasil e é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, com Patrocínio da SmartFit e Queima Diária.

Em cena, duas artistas da mesma geração que, durante o aprendizado, tiveram percursos distintos. Dudude é artista de dança “e derivantes”, como gosta de dizer, e teve sua formação no Trans-Forma Centro de Dança Contemporânea criado, na década de 70, pela bailarina Marilene Martins, renovando a cena belo-horizontina. Já Lina, que além de bailarina é médica ginecologista, vem do balé clássico, atuando na Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes-BH como estudante, professora e primeira bailarina da companhia de dança Palácio das Artes.

Mesmo com caminhos diferentes, suas histórias se cruzam na década de 80 e, há anos, ambas nutrem um desejo recíproco de criar um trabalho em comum. “Não queremos falar sobre as mulheres maduras. O assunto aqui é arte: como conversam e se aventuram, em cena, esses corpos treinados diariamente por toda uma vida e que não pararam de estudar. Não nos interessa a escola de onde vieram ou há quanto tempo dançam, mas como se encontram no espaço do dançar”, comenta Dudude Herrmann.

Segundo a artista Margô Assis, assistente de direção do trabalho, logo que o espetáculo inicia e as duas aparecem em cena, é inevitável não prestar atenção nas singularidades de cada artista. “Elas estão falando ‘estamos aqui’, insistindo, existindo. Dois lugares distintos e muita experiência, coabitando em um mesmo espaço. É clara a diferença, mas isso com o passar do espetáculo deixa de ser importante. Não propomos uma divisão do espaço, nem uma demonstração de habilidades e virtuosismo, porque estamos falando do que decorre desse encontro”, comenta.

No palco, uma mesa e duas mulheres. Elas aguardam o tempo, as horas, as memórias de um dançar escapulido do corpo. De dentro, alargam a “querência” de viver uma duração por meio das sensações que as visitam.  “Permanecer, durar, ficar, são questões do viver e da arte. ‘Q  BRÔ’ trata dessas e de tantas outras questões intrínsecas. Desenha um caminho torto, com desvios, imperfeições, um reconhecer-se, cumplicidade, extravios, desistências, insistências, projetos por terra. Quebram-se taças, copos, pratos, palavras, sonhos, a travessia das artistas. Apesar dos acidentes nesse longo percurso e da descontinuidade das políticas públicas, insistimos no desejo de seguir o oficio, de dançar nesse país”, afirma Dudude.

Em cena, ações de quebrar, separar, partir, escancarar, insistir e romper estão incorporadas ao ato de dançar. A dramaturgia, apoiada na improvisação e utilizada como estratégia pela direção para instigar artistas e público, cria uma cena viva e vibrante. “Na improvisação a gente fica nua. Se uma cai no buraco, a outra está sustentando e dando energia. O que faço com o que eu tenho e como o meu movimento reverbera na Dudude e o dela no meu: a gente equaliza o tempo inteiro, no palco”, comenta Lina Lapertosa.

Sobre o ato de improvisar, Dudude acrescenta: “A gente vai editando a intensidade, o humor, a frequência, as imagens da cena. Claro que temos nossos códigos de manutenção da qualidade do movimento. Mas, como eu e Lina vamos fazer no momento da apresentação, vai da nossa sensibilidade e de um estado de prontidão: ‘orelhas em pé’ e percepção dilatada. Uma folha cai, e a gente percebe”, diz a artista.

Para Margô Assis, que há anos conhece e convive com as duas artistas, “neste trabalho, a dança de Lina e Dudude atualiza sensações de vazio, de amparo, de ética, de integridade, construindo um fluxo em que o mover gera paisagens e instala uma ambiência acordada de intensidades, volumes, pausas e fluxo. ‘Q  BRÔ’ toca, comove e tece imagens que capturam o espectador”, afirma Margô Assis.

FICHA TÉCNICA

Direção/Idealização: Dudude

Assistência de direção: Margô Assis

Intérpretes criadoras: Lina Lapertosa & Dudude

Assistência de Arte/ Registro Fotográfico/ Videográfico: Thais Mol

Roupagem da cena:  AUÁ / Patrícia Guerra e Fred Paulino (objetos)

Cenotécnico: Nilson Alves dos Santos

Edição / Trilha sonora: Luiz Naveda

Voz: Margô Assis

Gravação voz: Frederico Herrmann

Arte Gráfica: Viviane Gandra

Desenho: Luz Maria Clara Mariano

Técnico: Edimar Pinto de Oliveira

Comunicação: Rizoma Comunicação & Arte – Beatriz França, Letícia Leiva e Renata Rocha

Assistência de produção: Ítalo Augusto

Coordenação Produção: Patrícia Matos


SERVIÇO

 “Q BRÔ”, COM DUDUDE HERRMANN E LINA LAPERTOSA

20 de junho a 7 de julho de 2025

Sexta a segunda, sempre às 19h

Sessão de 06/07, domingo (com audiodescrição)

Local: Teatro II do CCBB BH

(Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – BH/MG)

Ingressos no site ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB BH, a R$30 e R$15 (meia-entrada),

 com desconto de 50% para clientes que realizam o pagamento com cartão Ourocard

Mais informações no site ccbb.com.br/bh

Classificação indicativa: 10 anos | duração: 55 min | Gênero: improvisação em dança

BATE-PAPOS GRATUITOS

Abertos ao público, logo após o espetáculo, no Teatro II do CCBB BH

21/06, sábado – “Processo de criação da obra”, com

Dudude Herrmann, Lina Lapertosa, Margô Assis e Thais Moll

28/06, sábado, “A natureza da arte”, com Marco Paulo Rolla

05/07, sábado, “Ecologia das artes”, com Ione de Medeiros

Mais informações: (31) 3431 9400

instagram.com/ccbbbh | facebook.com/ccbbbh | E-mail: ccbbbh@bb.com.br

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