quarta-feira, dezembro 4, 2024
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Lenda viva da cultura mineira, Mestre Conga, Mãe Sessiluanvy, liderança do KilomboloManzo Ngunzo Kaiango e Pai Ricardo Moura participam de atividade cultural nestaterça-feira em Belo Horizonte

Evento integra as ações do Prêmio Zumbi de Cultura

A Cia Baobá Minas promove nesta terça-feira, dia 3 de dezembro, a Roda de Conversa sobre Tecnologia Ancestrais e a resistência dos grupos culturais. O evento será realizado às 15h no Centro Cultural São Bernardo e contará com a presença José Luiz Lourenço, o lendário Mestre Conga, de 96 anos; Mãe Sessiluanvy, mulher preta de tradição uma das lideranças do kilombo Manzo Ngunzo Kaiango e Pai Ricardo Moura, zelador da Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente. Haverá ainda exibição do vídeo do Prêmio Zumbi de Cultura – Cia Baobá Minas e performance da Cia Baobá de Minas

“Depois da solenidade do dia 28 do Prêmio Zumbi de Cultura, onde a gente homenageou 22 pessoas, foi maravilhoso, contamos com as apresentações do Samba na Gira, Companhia Baobá e Swing Safado. Agora vamos ter a continuidade com a roda de conversa, e é uma honra poder receber o Mestre Conga, que é parceiro do Prêmio Zumbi de Cultura – Cia Baobá Minas, ele participa desde o início das edições da premiação, inclusive já foi homenageado. Não tenho nem palavras para falar do Pai Ricardo.  Mãe Sessiluanvy, uma das lideranças do kilombo Manzo Ngunzo Kaiango porque o Manzo é outro parceiro nosso”, explica Júnia Bertolino, organizadora do evento.

Para ela, é sempre muito importante falar sobre tecnologia ancestral.  “Os elementos, do ferro, da água, da terra, do ar, está contida na religiosidade do terreiro e nos convidados tem muita propriedade para falar deste tema”, completa.

Mestre Conga –  Aos 96 anos, José Luiz Lourenço, mais conhecido como Mestre Conga, nasceu às vésperas do carnaval de 1927, em Ponte Nova, Zona da Mata mineira. Filho do lavrador e sanfoneiro Luiz Balduíno Gonzaga e de dona Cacilda Lourenço, Mestre Conga assina vários feitos ao longo de 76 anos dedicados ao mundo da música. Foi um dos fundadores, em 1950, do Grêmio Recreativo Escola de Samba Inconfidência Mineira, agremiação pentacampeã do carnaval de Belo Horizonte.A trajetória de Mestre Conga pela cultura popular, porém, remonta à década de 1930, quando passa a beber da fonte de matrizes afro-brasileiras, como o calango, a batucada, o samba rural e a congada, do qual vem o apelido que o marca pelo resto da vida.

Mestre Ricardo de Moura coordena a Associação de Resistência Cultural Afro-brasileira Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente (CCPJO), que atua desde 1966 no complexo da Pedreira Prado Lopes, em Belo Horizonte (MG). A Casa foi erigida pelo seu pai, Joaquim Camilo, e sua mãe, Maria das Dôres de Moura, ambos iniciados nas tradições afrobrasileiras de raiz banto. Pai Ricardo, como é conhecido na comunidade, herdou dos pais os conhecimentos sobre as ervas, os toques e cuidados com os tambores, as cantigas, as benzeções, rezas e consulta ao oráculo de búzios com fundamento na matriz Angola, saberes que ele busca preservar e difundir na cidade de Belo Horizonte. Também é Rei Congo da Guarda de São Jorge de Nossa Senhora do Rosário no bairro Concórdia.

Além de Mãe Sessiluanvy, mulher preta de tradição uma das lideranças do kilombolo Manzo Ngunzo Kaiango

Ações- A roda de conversa encerra as ações que a Cia Baobá Minas realizou no mês de novembro, que contou ainda com a entrega do 15º Prêmio Zumbi de Cultura, que foi realizado na quinta-feira, dia 28 de novembro, às 20h no Grande Teatro do Sesc Palladium. Considerado um espaço de troca, reflexão, aquilombamento, articulação e valorização dos fazeres artísticos e culturais dos negros, o Prêmio é entregue aos que se destacaram nos campos das artes, política e da cultura negra, em Minas e no Brasil.

O 15º Prêmio Zumbi de Cultura também a II Mostra Curtas Negras no dia 19 de novembro, no Cine Humberto Mauro/ Palácio das Artes. “O trabalho da Cia Baobá é dialogar com outros coletivos, sobretudo mostrar os trabalhos de audiovisual que eles desenvolvem”, Finaliza Júnia.

Sobre a Cia Baobá de Dança /Minas –  Criada 1999, busca abordar o cotidiano do negro, a cultura, ritmos, poesia e dança afro-brasileira do povo brasileiro no intuito de trazer a público uma imagem do negro em toda sua beleza e altivez. Além disso, mostrar a cultura popular das diversas comunidades do território nacional ressaltando valores e temáticas importantes nesta cultura como a oralidade, memória, ancestralidade e identidade, sobretudo notório saber dos mestres populares e a valorização da cultura de matriz africana.

Júnia Bertolino, idealizadora da Cia, é responsável pela direção e coreografia.  A companhia surgiu para resgatar no cenário das artes cênicas de Belo Horizonte a representação e valorização das matrizes africanas presentes na identidade do povo brasileiro, retratados através da dança, música, poesia e teatro, a partir de pesquisas sobre a presença dessas matrizes no caldeirão da cultura nacional.  A Companhia completou 24 anos de trajetória com diversos espetáculos dirigidos e coreografados por Júnia Bertolino.

Serviço: Roda de Conversa sobre Tecnologia Ancestrais e a resistência dos grupos culturais

Data: Terça-feira, dia 3 de dezembro

Horário:  15h

Local: Centro Cultural São Bernardo – Rua Édna Quintel, 320 – São Bernardo, Belo Horizonte

Leo Junior
Leo Juniorhttps://viralizabh.com.br
Bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário UNA, graduado em Marketing pela Unopar e pós graduado em Marketing e Negócios Locais e com MBA em Marketing Estratégico Digital, é um apaixonado por futebol e comunicação além de ser Jornalista certificado pelo Ministério do Trabalho.
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