Neste Dia da Amazônia, 5 de setembro de 2024, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) se une a mais de 200 organizações, redes e parlamentares para assinar e lançar o Manifesto em Defesa da Amazônia. O documento denuncia a grave crise ambiental provocada pela atuação de grandes corporações dos setores de agronegócio, mineração e energia, que tem devastado a floresta e impactado diretamente a vida das populações locais, incluindo povos indígenas, ribeirinhos e a classe trabalhadora.
O MAB reafirma seu compromisso na luta por justiça ambiental, social e econômica, convocando a sociedade a resistir contra esse modelo econômico predatório que coloca o lucro acima da vida. Defender a Amazônia é defender a vida!.
Assine e participe: https://forms.gle/2pHKaz1uK2kAkBGT7
Manifesto em Defesa da Amazônia
Neste 05 de setembro de 2024, celebramos no Brasil mais um dia da Amazônia. Em vários locais de nosso país, haverá manifestações para chamar a atenção para o grave momento de crise ambiental e climática que estamos vivendo.
Há pouco a comemorar. Apesar de termos retomado a proteção das florestas, a reestruturação dos órgãos de controle e fiscalização, a crise climática que vivemos tem se intensificado nos últimos anos de forma nunca antes vista – sofremos com deslizamentos no litoral norte de São Paulo, as enchentes no Rio Grande do Sul, as ondas de calor no Rio de Janeiro, e agora estamos em meio à pior seca já registrada na bacia Amazônica e a fumaça que se se espalha por mais de 9 estados causada pelas queimadas.
Não é possível ficarmos alheios e nem sermos espectadores, é preciso ação.
Pelo menos desde 1972, com a Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente, conhecida como Conferência de Estocolmo, o mundo já conhece a relação entre a destruição ambiental e o aquecimento global. De lá para cá, a situação tem se agravado apesar de todas as conferências internacionais e discussões propostas pelos governos e estados. Os dados apontam que as emissões de gases de efeito estufa aumentaram de forma drástica nestes mais de 50 anos. Que as emissões previstas até 2050, com graves consequências para a humanidade, irão ocorrer até 2030, com vinte anos de antecedência, agravando a situação de vida de milhões de pessoas em todo o mundo.
Ao olharmos para esta história vemos que o atual modelo econômico baseado na acumulação de capital a qualquer custo está levando a humanidade à desgraça. Quem mais sofre é a classe trabalhadora, em especial aqueles mais pobres e precarizados, a população negra, indígena, com especial gravidade para a situação de mulheres e crianças, sobretudo nos países em desenvolvimento.
Ao fazermos manifestações neste dia da Amazônia, queremos contribuir para a elevação no nível da consciência do povo brasileiro, para que todos tenhamos mais informações sobre os fatos e os principais causadores desta grave crise ambiental e da destruição da Amazonia em particular. Estamos falando de setores muito poderosos de nossa classe dominante: o capital financeiro, o agronegócio, as transnacionais da mineração e da energia que privatizam nossos bens comuns, entre outros.
Quem desmata e queima nossas florestas queima nosso futuro, e esses são inimigos do povo brasileiro e inimigos da humanidade, e devem ser responsabilizados pelos seus crimes. Não falamos só de quem acende o fogo dentro da floresta ou nos campos, mas toda uma cadeia de interesses poderosa, com grande presença nas instituições políticas, que coloca o lucro acima de tudo e destrói nosso futuro comum. É o modelo econômico que precisa ser mudado.
É necessário incentivar programas de desenvolvimento social, cultural e tecnológico que contribuam para tirar nosso país das armadilhas do capitalismo dependente e que tenham como premissa básica o respeito à vida e ao meio ambiente de maneira integral. É necessário exigir que haja em nosso país um projeto pautado na soberania com distribuição da riqueza e controle popular.
Por fim, neste dia devemos nos comprometer a ampliar o trabalho organizativo, elevando o nível de consciência e de compromisso socioambiental de todo o povo brasileiro e de forma especial para todas as populações que vivem nas áreas mais atingidas pelos eventos extremos. Nos colocamos ao lado daqueles que historicamente são responsáveis pela defesa da vida e da Amazônia, os povos indígenas, ribeirinhos, extrativistas, camponeses, e também a classe trabalhadora urbana. Só o povo organizado, com unidade de projeto e em luta, é capaz de propor verdadeiras soluções.
Nos comprometemos a estimular, propor e cobrar dos governos e autoridades que assumam cada vez mais o seu compromisso com a justiça econômica, com a justiça social e a justiça ambiental com ampla participação e protagonismo de nosso povo.
E também cobramos dos organismos internacionais, dos governos e empresas dos países que historicamente geraram altos graus de poluição que agora paguem a conta pelo mal que fizeram a humanidade até o momento.
Neste dia da Amazônia, todos devemos assumir que defender a Amazônia é defender a vida.
Salve a Amazônia! Somos todos atingidos.
Acesso Cidadania e Direitos Humanos
ACME – Associação Coletivo Madeirista
AJD
AMB/PA – Articulação de Mulheres Brasileiras
Amigas da Terra Brasil
Arteiras pela democracia
Arteiras pela democracia
Articulação Antinuclear Brasileira
Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara – ABEFC
Articulação Nacional do 30º Grito dos Excluídos e das Excluídas Brasil
ASELCI – Associação Semeando Letras e Cidadania
Asiarfa – Associação Intermunicipal Ambiental ém Defesa do Rio Formate e Seus Afluentes
Associação Cultural e Sustentável da Amazônia
Associação Cultural Pirarucu do Madeira
Associação das Juízas e Juízes para a Democracia
Associação dos Movimentos de Moradia da Região Sudeste
Associação Filhas do boto nunca mais
Associação Juízas e Juízes para a Democracia(AJD)
AVE – Associação vilarejo Esperançar
Bancada Mulheres Amazônidas
C-PARTES – Coletivo de Pesquisa e Ativismo de Rondônia sobre Tecnologia, Estado e Sociedade
Câmara dos Deputados
Candidatura vereadora Rosimar Francelino
Cáritas Brasileira – Articulação Noroeste
CÁRITAS BRASILEIRA REGIONAL NORTE II
CÁTEDRA LIBRE DE DDHH UNIVERSIDAD NACIONAL DE LA PATAGONIA
Central Única dos Trabalhadores no Estado do Pará
Centro de Defesa dos Direitos Humanos
Centro de Educación y Promoción para el Desarrollo.Sostenible (Ceprodeso)
Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos
Centro Memorial Dr Martín Luther King, Jr
Centro Oscar A Romero – Cuba
Centro Palmares de Estudos e Assessoria por Direitos
CEPIS – Centro de Educação Popular do Instituto Sedes Sapientiae
Ceprocig – Centro de Promoção Resgate a Cidadania Grajaú Paulo VI
Círculo Palmarino
CMMLK CUBA
CMP – Central de Movimentos Populares
CNTE – Confederação Nacional dos trabalhadores em Educação
Coletivo Arewá
Coletivo Feminista Lugar de Mulher é onde ela quiser. Rio Preto SP
Coletivo LGBTQIAPN+ Somar de Porto Velho/RO
Coletivo Popular Direito à Cidade de Porto Velho-RO
Colônia de Pescadores Z-2/RO Guajará-Mirim
Comissão Episcopal para Ação Sociotransformadora -CNBB
Comitê Chico Mendes
Comjnidade Terra Mãe de Ibirá
Comunidad indigena guaitecas patagonia chile
COMUNIDADE CIDADÃ LIVRE (COMCIL)
Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) Colegiada das CEBs, Estado de São Paulo.
Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) Regional Sul 1
COMVIDA – Comitê de Defesa da Vida Amazônica na bacia do Rio Madeira
CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE
Consejo del Pueblo Maya CPO
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
Conselho Pastoral dos Pescadores – Regional Sul
Contrahegemoniaweb – Colectivo de Comunicación
Coordenação das Associações Remanescente de Quilombos do Pará (MALUNGU)
Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas
CPP – Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras
CTB/PARÁ – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Cubasolar
Deputado Federal Nilto Tatto
Deputado Marcon
EFA JAGUARÉ
Escola de Formação Sindical Chico Mendes na Amazônia
FAOR – Fórum da Amazônia Oriental
FASE/FUNDO DEMA
FECUARON
FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS NA AGRICULTURA FAMILIAR NO TOCANTINS – FETRAF- TO
Federação Interestadual Trabalho Urbano (GO;MT;TO;MS;DF)
Federacion Costarricense para la Conservacion del Ambiente (FECON)
Fetagri
FOBOMADE – Foro Boliviano sobre Medio Ambiente y Desarrollo
FONSANPOTMA – Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana
Fórum Amazônia por Verdade, Justiça e Reparação
Fórum das pastorais sociais
Fórum das Pastorais Sociais da Área Pastoral de Vitória
Fórum Justiça no Rio Grande do Sul
Fórum Popular em Defesa de Vila Velha
Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira – FUNBOSQUE
Fundacion costera patagonia
FUP
Grupo de Estudos de Ações Coletivas, Conflitualidades e Territórios
Grupo de investigación y Editorial Kavilando // Red Interuniversitaria por la Paz REDIPAZ // Grupo de Investigación GIDPAD Universidad de San Buenaventura Medellín
GT Meio Ambiente lapenna
GUARDIÃS DO TERRITÓRIO
Igreja católica Apostolica Romana
Igreja Presbiteriana Unida do Brasil IPU
IMV – Instituto Madeira Vivo
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares daUniversidade Federal de Rondônia
INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos
Instituto de Desenvolvimento Ambiental Raiumundo Irineu Serra – IDARIS
Instituto EcoVida
Instituto Missões Consolata Comissão Justiça e Paz e Integridade da Criação JPIC
Instituto Omolara Brasil
Irmã Tereza Rita Gomes Cárita
Justiça Global
Livraria Xingu
MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
Marcha Mundial das Mulheres
MCP – Movimento Camponês Popular
Missão Tabita
MMC – Movimento de Mulheres Camponesas
Movimenta Feminista Negra
Movimento de mulheres solidaria do Amazonas (Musas)
Movimentomento dos atingidos por barragens
Movimiento Amplio por la Dignidad y la Justicia
Movimiento Amplio por la Dignidad y la Justicia [MADJ)
Movimiento de Usuarios del Biogas y otras fuentes renovables de energía
Movimiento Rios Vivos de Costa Rica
Movimientos Concertacion Universitaria.
MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores
MST – Movimento Sem Terra
MTC – Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo
MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
MULUCA
NARA Núcleo de ação pela reforma agrária
nucleo de CEBS
OLMA – Observatório de Justiça Socioambiental
Partido dos Trabalhadores
Partido dos Trabalhadores no DF
Pastoral afro-brasileira
Pastoral Operária
Pastoral Operária – São Paulo
PJRS
Plataforma dos Movimentos Sociais por Outro Sistema Político
Programa Planeta Amazônia
Ptzao
Red de Educadores Populares de Camagüey , del Centro Martín Luther King
Red de Información y Acción Ambiental de Veracruz/ México
Red de Protección y Defensa del Territorio Patagonia- Chile
Red nacional en Defensa del Agua Panamá
Rede Eclesial Panamazônica – Brasil
Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares
REPODH-RO – Rede Popular de Direitos Humanos de Rondônia
Revista y colectivo editorial Herramienta
Sindicato
Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado do ES
Sindicato dos Trabalhadores em Educação Municipal
Sindipetro ES
SPM – Serviço Pastoral dos Migrantes
Terra de Direitos
Trinchera Utopía Biblioteca Popular Coyhaique Chile
UNEFAB – União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas
União da Juventude Comunista de Rondônia
União nacional por Moradia popular -UNMP
Unidade Negra Capixaba
UNIPOP – Instituto Universidade Popular
Universidade Federal de Ouro Preto
Universidade Federal do Pará