Aproximar o público da arte, da história, do conhecimento e da cultura de uma forma lúdica e participativa é o intuito das visitas mediadas oferecidas pelo Memorial Vale a alunos e professores. Estas visitas propõem uma imersão no Memorial, um “museu de experiência” que integra tecnologias, ambientes sensoriais e atividades educativas para abordar diferentes temáticas. Durante a visita mediada ao Memorial, o público é estimulado a participar ativamente da construção de conhecimentos a partir do diálogo, de entendimentos, conceitos e trocas de vivências dos envolvidos no processo da visita. Para participar é necessário agendamento prévio pelo telefone (31) 3343-7317 ou no site do Memorial Vale. A visitação mediada ocorre sempre às quartas, quintas, sextas e sábados a partir das 9h.
O Memorial Vale é um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita. Saiba mais em https://memorialvale.com.br/pt/ .
Alunos de escolas públicas, privadas e federais (a partir da alfabetização), universidades e Educação de Jovens e Adultos (EJA), além de professores, fazem parte do público a quem se destina as visitas mediadas do Museu. Os participantes têm a oportunidade de conhecer exposições que combinam cenários, luzes, sons, vídeos, imagens, algumas obras e objetos de época, a fim de recontar a Minas Gerais dos séculos 18 ao 21. Nas salas, eles interagem com os elementos formadores da cultura mineira, em um ambiente próprio à experiência e ao aprendizado pessoal.
Durante as visitas mediadas são oferecidos serviços de intérpretes de Libras e de línguas nos idiomas espanhol e inglês. Os visitantes passam pelas exposições permanentes e temporárias do Museu, percorrendo os percursos temáticos de visitação para grupos: Artes, Africanidades, Mineiridades ou República.
Percursos temáticos
O primeiro deles, Artes, reflete a respeito do significado e do sentido da arte em Minas Gerais ao longo do tempo, da pré-história à arte contemporânea. Trabalha as relações existentes entre valores culturais encontrados na arte popular do Vale do Jequitinhonha, bem como dos movimentos modernistas que se sobrepuseram ao barroco, tão difundido na época e ainda legitimado como manifestação genuína do estado, graças à Aleijadinho. Neste percurso podem ser trabalhados tópicos como Arte popular x arte erudita, Arte contemporânea, Arte rupestre, Barroco e Fotografia.
Considerando que em Minas Gerais há mais de mil comunidades quilombolas, para dialogar sobre cultura mineira é preciso pensar em África e em Afro-brasilidades. E este é o intuito do segundo percurso, Africanidades. A africanização do território permite evidenciar – a partir das vozes e dos silêncios do acervo de longa duração – as produções de conhecimento, arte e tecnologia trazidos pelos africanos em diáspora. Reinos africanos, Tecnologias africanas, Conhecimentos ancestrais, Quilombos, Racismo e República são tópicos transversais que podem ser discutidos neste trajeto.
No percurso Mineiridades o foco da observação e discussão está na diversidade cultural de Minas Gerais, mobilizando elementos de suas tradições e apontando as transformações históricas e sociais da identidade mineira. Através das memórias do Estado, se propõem uma viagem por vilas e fazendas, apreciando suas culinárias, com seus aromas típicos e importância econômica. É possível ver o contraste entre o campo e a cidade, com sua diversidade religiosa, que perpassa pelos cultos Afro-indígenas e as religiões Cristãs que demonstram a rica diversidade cultural de Minas. Na pauta deste percurso estão temas como Culinária, Memórias coletivas e individuais, Economia, Cidades e Religiões.
A problematização da implantação da República no Brasil, identificando os conceitos, símbolos e espaços públicos que marcaram o ideal republicano em Minas Gerais, é o que oferece o percurso República. Este trajeto reflete sobre as noções de cidadania, liberdade e democracia, ressaltando-se a história de Belo Horizonte – símbolo da razão republicana, a identidade cultural mineira tão mobilizada no debate político e o episódio da Conjuração Mineira (mito fundador da República brasileira). Os ideais de Liberdade, O Sertão de Guimarães Rosa, Cidade de Belo Horizonte, Conjuração Mineira e O conceito de Mineiridade são tópicos que podem ser explorados neste trajeto.
Serviço: Memorial Minas Gerais Vale
Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi.
Horário de funcionamento: Quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Entrada Gratuita
Memorial Minas Gerais Vale
O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,4 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.
